Pontapé de saída
Desde que me recordo - e por acaso calha lembrar-me dos primeiros anos da internet em Portugal - nunca neste mundo virtual o Belenenses ficou a dever à concorrência o que quer que fosse, antes pelo contrário. Nos primórdios, alguns de nós defendiam o Belenenses nos então famosíssimos newsgroups, consócios vários arquitectavam pequenas páginas de difusão do clube e outros chegaram a conhecer-se na sequência do contacto internético apesar de frequentarem o mesmo estádio com convicção de obrigatoriedade; nasceu também uma lista de correio que ainda hoje subsiste à força dos tempos. No entretanto apareceram os blogues e, mais uma vez, também neste campo o Belenenses nada tem a aprender com os três auto-proclamados todo-poderosos que, mesmo com falta de assunto, enchem as capas (e as páginas) da nossa imprensa desportiva. Os blogues azuis estão aí bem vivos e recomendam-se, servindo tantas vezes de compensação de motor de um Emblema que muitos desejavam mais adormecido.
É nesse quadro que surgem estas "Torres de Belém", mais um blogue azulão a marcar presença na firme defesa das nossas cores e apenas isso, aberto a todos, cumprimentando calorosamente quantos já por cá andavam antes desta chegada e convidando-os a debater, também aqui, o nosso Belenenses. Aliás, alguns amigos já nos conhecerão destas andanças e a esses, permitam-me a desigualdade, daqui abraçamos com especial amizade.
É este um espaço que vai tratar de bola - e não apenas da de futebol -, de bola e de História, essa mesma História que não deixa de fazer a ponte com o futuro. Acrescente-se que muito nos orgulha a denominação adoptada, na medida em que evoca um trio mítico da História do Belenenses. Nessa medida, de algum modo é este nome uma homenagem tão simples quanto sincera àquela defesa fantástica composta por Vasco, Capela e Feliciano, uma espécia de terceto indomável que na década de 40 tinha por hábito e teimosia secar, entre outros, o famoso Peyroteo. Coisas do tempo do amor à camisola, essa mesma Camisola azul de Cruz de Cristo ao peito que prometemos defender arduamente. E agora blogue-se... blogue-se, e que toque o Hino!