terça-feira, 31 de julho de 2007

Operação Corunha - protocolos e bilheteiras

Vai estando pronto o programa das festas do Torneio Teresa Herrera, que tem, como se pode constatar, um ambiente próprio que confere ainda maior prestígio aos participantes:

Como es tradicional, el próximo martes 7 de agosto tendrán lugar los actos protocolarios previos a la disputa del Trofeo Teresa Herrera, que en la 62 edición reúne en A Coruña al Deportivo como equipo anfitrión, al Real Madrid, Atalanta y Os Belenenses.

A las 11.30 será la ofrenda floral a Teresa Herrera en la Iglesia de San Nicolás. Una hora más tarde, a las 12.30, los equipos participantes serán recibidos por la Corporación Municipal en el Palacio de María Pita. Por fin, a las 14.00 horas será la comida oficial en el Hotel Meliá María Pita, a los clubes y medios de comunicación.

El Real Club Deportivo ya puso a la venta las entradas y abonos de público para el trofeo, que están disponibles en la Oficina de Atención al Socio y Accionista, de lunes a viernes de 10.00 a 19.00 horas. Los precios son los siguientes:


LOS SOCIOS DEL DEPORTIVO NO TENDRÁN QUE PAGAR suplemento alguno para presenciar los partidos del trofeo.

Futsal prepara-se

O nosso Futsal prossegue a preparação para a próxima época em grande ritmo, tendo surgido nós últimos dias algumas novidades, como a contratação do experiente Miguel Cautela, a renovação e promoção a capitão de Drula e ainda a renovação e promoção ao plantel sénior de Marco Mateus e Ricardo André.

Eis algumas palavras proferidas pelos atletas:

Marco Mateus - É um grande orgulho continuar no Clube de Futebol "Os Belenenses". Era esse o meu objectivo. Vou continuar a trabalhar como até aqui, arduamente e com vontade e humildade, para ajudar a Equipa a alcançar os seu objectivos. Acima de tudo espero evoluir, e que semanalmente possa ser uma opção válida, para a escolha dos Treinadores.

Ricardo André - Em primeiro lugar queria agradecer a todas as pessoas responsáveis pela aposta que fizeram em mim, quer no passado, quer agora. Não me esqueço de nenhuma delas. Depois queria deixar bem explicito que jogar no Belenenses é jogar num Grande Clube, e que muito me satisfaz continuar a vestir esta camisola. Acredito que muitos queriam estar no meu lugar, e o meu desejo é agarrar com muita força esta oportunidade.
Em relação á próxima época, desejo que seja de sucesso, tanto a nível individual como colectivo

Cautela - Representar «Os Belenenses» é para mim um orgulho muito grande. Muito grande mesmo. É um namoro antigo, que se tornou agora em casamento. Finalmente virou realidade.
Nesta altura importante da minha carreira, não queria deixar de agradecer ao Núcleo Sportinguista de Tires e em especial ao seu treinador André Guimarães pela compreensão demonstrada.


Relativamente ao Drula, o Belenenses enaltece a atitude deste jogador, pois recusou uma proposta tentadora proveniente de um clube estrangeiro de certa dimensão.

Fala-se também na contratação de dois jogadores brasileiros, Vinicius e Marcelinho, notícia que ainda não conseguimos confirmar.

De assinalar ainda que o inicio dos trabalhos para a época 2007/2008 está agendado para o próximo dia 10 de Agosto com a apresentação de todo o plantel.

P.S.: agradecemos a divulgação feita pela Secção, que inclusive não deixa a imprensa sem matéria-prima. Para estas e outras novidades também já sabem, podem visitar o Júlio Futsal CFB...

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Mete nojo

Sobre a nossa vitória de ontem, os jornais A Bola e O Jogo publicaram artigos dos seus enviados especiais (um repórter cada, sem direito a repórter fotográfico). No entanto, nas capas, só a Bola dedica um quadradinho. O Jogo, como o Record, nem em letra miúda.
Na imprensa "generalista", só o Jornal de Notícias escapa.
Na TV, só mesmo para esquecer.

E afinal, a que é que dão destaque? Quase exclusivamente, perfeitas BANALIDADES.
Da parte do clube, pouco se pode fazer para amenizar. De qualquer maneira, não era mal pensado fazer uma conferência de imprensa no Restelo para apresentar o troféu aos adeptos.

domingo, 29 de julho de 2007

O Belenenses venceu o Torneio do Príncipe Herdeiro Moulay El Hassan!

Ora aí está, o primeiro troféu da época e um regresso fantástico aos grandes torneios internacionais! É sem dúvida prestigiante e coloca de novo o nome do nosso Clube nas bocas do Mundo!

Em Casablanca vencemos a difícil equipa tunisina do Club Africain por 2-0, com golos de Zé Pedro (35 min.) e Mendonça (90 min.). De referir ainda que o Zé Pedro foi eleito como o Melhor Jogador da competição!

Resta desejar um óptimo regresso aos nossos rapazes, que lá deram uma prenda de anos atrasada ao treinador, e à D. Ana Linheiro, a alegria de ter mais um grande troféu para compôr a nossa esplêndida sala!

Entretanto poderão ver imagens do 1º jogo, contra o combinado WAC/Raja (sobretudo imagens da bancada de adeptos do WAC), colocados no YouTube por um adepto "wydadi":
http://www.youtube.com/user/rachidos1
Ambiente fantástico!

P.S.:´lá consegui uma imagem do troféu. É o maior na foto, obviamente!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Belenenses na final do Torneio do Príncipe Herdeiro Moulay El Hassan

Sempre fomos mais fortes que o combinado WAC/Raja e em Casablanca seguimos para a final, contra o adversário previsto, o Club Africain. Será um bom jogo, mas temos um belo troféu à vista, a prenda atrasada para Jorge Jesus!
Para a história fica já o triunfo de 0-1, com golo de João Paulo.

Dúvidas e esperanças para a nova época futebolística

Acho que a derrota com o Estoril, no passado dia 24, veio em boa altura. Tendo em conta as expectativas altas que se têm criado para a época que aí vem, perder um jogo acaba por constituir um travão a euforias desmedidas.
Todos esperamos um Belenenses pelo menos ao mesmo nível da época passada. Tendo em conta que até andámos metade do campeonato na segunda metade da tabela, até que a equipa decididamente engrenou numa espectacular dinâmica de vitória, é até legítimo pensar-se que se pode começar logo de início nos primeiros lugares e de lá não sair.
Vários factores terão de se ter em conta:
- os nossos adversários já esperam que o Belenenses seja um osso duro de roer e não serão apanhados desprevenidos; possivelmente algumas das equipas que lutam para não descer terão connosco, mesmo em casa, uma postura mais cautelosa do que seria normal contra nós;
- no campeonato tradicionamente mais fechado do mundo, em que o título é coutada de três clubes, quem procura levantar muito a cabeça já sabe o que o espera; o Braga bem o sentiu na pele há duas épocas atrás, onde valeu tudo, até um golo do Paços numa jogada em que a bola esteve meio metro para lá da linha de fundo;
- não obstante o ponto anterior, a época passada mostrou que o clube da cidade dos arcebispos até pode beneficiar das graças do sistema, delas se tendo valido para ficar injustissimamente à nossa frente na tabela; o Braga terá percebido que, se ficar quietinho a lutar pela UEFA, longe do pódio, até pode receber um doce;
- clubes (que nem sempre equipas) normalmente ambiciosos, como o Guimarães, o Marítimo e o Boavista, podem regressar aos bons tempos e dar-nos uma luta que no ano passado só sentimos da parte do Braga e pouco mais, tal a distância a que o sexto lugar ficou;
- e, claro, saber se as mudanças que estão a ocorrer no plantel não fazem mossa; não sou muito adepto de se fazerem grandes mudanças em equipas que mostraram o seu valor; por vezes a chegada de jogadores de bom nível não significa uma boa integração e consequente sucesso de resultados. Pelo que os jogos de preparação já deram a entender, os novos nomes prometem, inclusive a maior parte dos golos facturados pertence-lhes: Roncatto, Rafael Bastos (com 2), João Paulo Oliveira e Nicolas Muñoz, face a Fernando (com 3) e Silas.
Por último, a confiança que noventa e muitos por cento dos nossos adeptos depositam em Jorge Jesus funcionará como um factor de determinação numa época que pode vir a ser a melhor dos últimos vinte anos.
Assim seja!

quinta-feira, 26 de julho de 2007

A viagem a Marrocos - uma antevisão

Está o plantel um pouco mais folgado (ontem apenas teve um treino, à tarde) mas já a fazer as malas para a viagem a Marrocos.
Uma vez além-estreito, o que podemos esperar? Desde logo, é um destino relativamente próximo, pelo que a viagem em si não deverá ser desgastante. Quanto às condições climatéricas, prevê-se bastante calor para o fim-de-semana (temperaturas pouco abaixo dos 40 graus), mas, à hora do primeiro jogo (19:30 de Marrocos, 20:30 de Portugal), não deverá haver problema (já o jogo para 3º e 4º lugares é mais cedo).

Quanto às equipas, devemos começar obviamente pela de "Casa" (diminutivo comum para Casablanca). Será um combinado - inédito - entre o Wydad Athletic Club e o Raja Club Athletic, os grandes rivais da cidade. Em separado, são adversários difíceis, embora a última época não tenha sido particularmente brilhante para ambos.
O Wydad, treinado pelo nosso compatriota Nelo Vingada, detém mais títulos nacionais e parece estar mais forte. O Raja, com um melhor palmarés pan-africano (2 Ligas dos Campeões e uma Taça dos Campeões Africanos), teve na época de 2006/07 uma das piores da sua história. Mas a grande questão, levantada pelos adeptos de ambos os clubes, é como se irá comportar a equipa "mista". Não se entendem quanto à sua composição e têm dúvidas quanto à sua verdadeira força.
Não obstante, jogando em casa, perante os seus compatriotas, num torneio em honra do seu Príncipe... vão esquecer as rivalidades, penso eu.

Quanto ao Club Africain, da Tunísia, vem de um excelente 2º lugar no respectivo campeonato, que é actualmente um dos mais fortes de África (com reflexos na Liga dos Campeões, onde os clubes tunisinos têm chegado frequentemente à final, bem como a nível de selecção). A encontrarmos este adversário, será bem difícil.

Por fim, a Selecção dos Camarões, que afinal comparece numa versão algo depauperada. Contará exclusivamente com jogadores a actuar no país, na sua maioria pouco habituados a estas andanças. Os próprios camaroneses afirmam não esperar bons resultados. Mas quem sabe, se não aparecem individualidades de valor? (olho neles!)


É difícil prever qual será o desempenho do Belenenses. Caso estivéssemos numa fase mais adiantada da preparação, com os reforços melhor integrados e a condição física mais apurada, diria que éramos claros favoritos para vencer o torneio. No entanto, temos possibilidades para tal, pois com os jogos já realizados Jesus poderá ter as ideias mais assentes. Para além de que, tratando-se de um torneio, todos vão jogar para ganhar, o que nos poderá ser favorável (não serve de muito a "retranca").

Logo veremos, que frutos traremos na celebérrima viagem de Casablanca a Lisboa (imortalizada por Ingrid Bergman e Humphrey Bogart - este último ficando em terra).

Caso queiram espreitar:
- O último dérbi WAC-Raja
- Os "tiffosi" rajaouis, em grande
- Uma "super-produção" wydadi, com música a preceito
Como se pode ver, gostam de bola e não é pouco! Esperemos que fiquem bem impressionados com o Belenenses... como os seus avós.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Rugby Belenense com novo site


Conforme nos indicou o caro consócio Rui vasco, a nossa Secção de Rugby já tem um site próprio, no seguinte endereço (tomem nota): http://belenensesrugby.com.sapo.pt

Na esteira de outros projectos, "não oficiais", esta nova página promete ser local de passagem obrigatória, uma referência para todos os Belenenses mas também, sem qualquer exagero, para todos os amantes da modalidade, que tem um historial riquíssimo no nosso Clube.
A visitar.

De qualquer forma aproveito para referir outros dois sítios dedicados a duas outras secções que se têm destacado pela sua pujança e pela forma como promovem o nosso Clube: o Andebol Belenenses e o Júlio Futsal CFB.
São projectos que merecem atenção, apoio e visitas regulares.


terça-feira, 24 de julho de 2007

Parabéns Jorge Jesus!

É já com algum atraso, mas, já agora, que sirva para amenizar os efeitos da primeira derrota da pré-época, com o Estoril. Os jogadores faltaram com a prenda...
Agora em Marrocos só podemos lutar pelo troféu!

Correcção

No post dedicado ao historial dos nossos encontros com o Real Madrid referi, por lapso, que o próximo jogo seria o oitavo desse historial, e não o nono, como de facto é. Passando pelo Belém até Morrer dei conta que me tinha esquecido de um jogo, o mais recente (em 1980).
Agradecendo a lembrança, informo os estimados leitores e leitoras que actualizei o artigo em causa (abaixo) com um pequeno resumo dedicado a esse jogo.

Confiantes

Gostei de ler as declarações do Fernando à imprensa, carregadas de optimismo e de motivação. Tem motivos pessoais para estar assim, mas parece que o "astral" da equipa, em geral, mantém-se elevado.
Não precisamos de discursos miserabilistas, mas também não precisamos de falsas expectativas. Precisamos de confiança, genuína e sentida... prestes a transbordar para o campo.
Há que ter bons jogadores, mas melhor ainda é ter jogadores que, acreditando nas suas capacidades, acreditam também que os bons resultados dependem acima de tudo do seu trabalho e da sua entrega... desejando esses bons resultados mais do que ninguém...
O nosso dever, como adeptos, é acompanhar os nossos jogadores, apoiando-os. Leram bem, apoiando-os. Activamente, com entusiasmo, mas também com aquela força extra quando as coisas não correrem tão bem. Todos tropeçam, mas os mais fortes são os que se levantam mais depressa. Com APOIO!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Nós, Pastéis, e os Merengues

Magnífica a notícia de que iremos participar no importantíssimo torneio Teresa Herrera, onde teremos a oportunidade de defrontar de novo o gigante Real Madrid. Sem desprimor para o "Depor" - valoroso anfitrião - o jogo com os "merengues" é obviamente mais sonante, por variadas razões. Será o nosso 9º encontro com os "madrileños"!
A propósito, "repesquei" um texto (entretanto revisto) que escrevi há tempos sobre este historial comum. Para qualquer equipa, é uma honra jogar com o Madrid. Mas como poderão ver, um Real Madrid - Belenenses... tem outra importância! Aqui vai:

A 14 de Dezembro de 1947, o Belenenses foi o Clube convidado pelo Real Madrid para a inauguração do seu novo estádio de Chamartin (o actual Santiago Bernabéu). Nem mais, nem menos.
Mas este não foi o princípio nem o fim da história. Foi sim um momento marcante, que liga os dois emblemas de forma muito especial.

Os primeiros encontros entre Belenenses e Real Madrid tiveram lugar praticamente na fronteira entre os dois países, em Ayamonte, com o pretexto de inaugurar o Estádio Municipal, juntando assim duas das equipas mais fortes da península. Era uma espécie de "Taça Ibérica", e aconteceu em Setembro de 1930. O Belenenses tinha sido campeão de Lisboa e de Portugal na época 1928/29 e, na época de 1929/30, campeão de Lisboa em todas as categorias (três). O Real Madrid, curiosamente, ainda não tinha conseguido ser campeão da 1ª divisão espanhola (iniciada em 1928), mas era já uma equipa fortíssima.
No primeiro jogo, a 7 de Setembro de 1930, o Real Madrid levou a melhor, vencendo por 5-0. Dois dias depois (dia 9 de Setembro), porém, conseguimos a primeira vitória, vingando bem o desaire inicial: marcámos três golos sem resposta!
Em Ayamonte alinharam pelos nossos: João Tomaz, João Belo, Américo Antunes, João Silva Marques, César de Matos, Alfredo Ramos, José Manuel Soares (o inesquecível "Pepe"!), Júlio de Sousa, Raúl, Bernardo e José Luís. O treinador era ainda o grande Artur José Pereira, nosso principal fundador e homem habituado a grandes desafios internacionais havia décadas.

Mas, com a falta de meios e a terrível Guerra Civil espanhola (1936-39), os dois clubes tiveram de esperar algum tempo até se encontrarem de novo.

O reatar e intensificação da relação entre os clubes ocorreram em 1945, ano em que dirigia os destinos do Clube o Dr. Octávio de Brito, tendo por Vice-Presidente Acácio Rosa (se o que vamos contar não basta, lembre-se ainda que o Dr. Octávio de Brito é o único Presidente a ter conseguido no seu mandato a conquista do Campeonato Nacional da 1ª Divisão!).
Recorde-se que, na altura, não existiam ainda competições europeias de clubes, pelo que os desafios internacionais se resumiam a jogos não oficiais, jogos "amigáveis". Desta forma, o "jogo" em si - o futebol - desenvolvia-se de forma distinta nos vários países, não existindo ainda uma percepção clara de quais os países onde estavam as melhores equipas ou o melhor "futebol".

Os primeiros jogos entre Selecções, no entanto, iam fornecendo algumas indicações. Os encontros entre Portugal e Espanha eram exemplo disso, sendo já nessa altura dos mais antigos e numerosos.
Precisamente em 1945 disputaram-se dois deles, em Lisboa (empate a 2-2) e na Corunha (derrota por 2-4), contando - claro - com a presença de um significativo contingente "azul" (5 jogadores!). Se a isto juntarmos o facto de o Belenenses ser uma das equipas mais fortes de Portugal (no Campeonato de 44/45 foi 3ª, em igualdade de pontos com o SCP e a 3 pontos do primeiro [SLB], contando com o 2º melhor ataque e a 2ª melhor defesa), o interesse em intensificar as experiências no estrangeiro aumentou.
Devemos realçar ainda que este interesse não era exclusivo do futebol. Também em 1945 (Fevereiro) deslocou-se a Madrid uma Selecção de Lisboa de Andebol, contando com 4 jogadores Belenenses e o próprio Acácio Rosa como Seleccionador. A iniciativa teve um impacto significativo, mesmo no país vizinho. Para mais os portugueses saíram vencedores por 6-4!
Foi neste contexto que o Belenenses decidiu aceitar o convite para se deslocar a Madrid, não sem ponderar muito bem a "novidade". Transcrevemos em seguida um comunicado do nosso Presidente, justificando precisamente a suposta "audácia" mas comentando também o desfecho, que, como veremos adiante, foi bem auspicioso:

"A saída do primeiro grupo do Belenenses para jogar em Madrid com uma das melhores, senão a melhor equipa de Espanha, representou um empreendimento que não classificaremos de audacioso, porque foi conscientemente ponderado e medidos todos os riscos que se corriam. Possuidores duma turma de jogadores que sabem praticar bom futebol e que se aplicam, quando preciso, com o brio e pundonor de verdadeiros desportistas, nunca duvidámos de que eles não dessem boa conta de si em terras estrangeiras, mesmo quando são bons e carinhosos amigos, como é o caso de Espanha.

Nós sabemos que, para o grande público, conta mais o resultado do que a qualidade do futebol produzido. E a excelência deste nem sempre se traduz em pontos marcados. Certo é porém, que se tornava necessário fazer sair o grupo para os primeiros contactos internacionais e o jogo com o Real Madrid oferecia uma oportunidade a todos os títulos inigualável.
Os nossos rapazes não desmereceram do que deles havíamos esperado. Exceptuado um pequeno periodo de nervosismo, explicável pela estreia e que, só por si, justifica a necessidade e a vantagem do contacto com grupos estranhos, superiorizaram-se na qualidade do futebol que produziram e não se esqueceram da finalidade do jogo : marcar.
A segunda parte do desafio acreditou em Madrid o Belenenses como uma equipa de jogo excepcional e verdadeiramente científico. E bem merecido foi o conceito.
Raras vezes nos será dado ver uma tão perfeita harmonia entre todos os compartimentos da equipa e um brilhantismo de execução que foi inigualável.
O cavalheiresco público madrileno sublinhou o esforço e o valor dos nossos rapazes com aplausos frenéticos de indubitável sinceridade e que quase nos fizeram esquecer de que nos encontráva-mos em pais estranho, embora verdadeiramente amigo.
As apreciações que ouvimos depois do desafio a categorizados dirigentes espanhóis, e que eram despidas de todo e qualquer propósito de cumprimento, encheram-nos de orgulho pelo comportamento admirável desses rapazes, a maioria deles estreantes em desafios de responsabilidade jogados em casa alheia.
Por todos os títulos o baptismo foi auspicioso e abre aos Belenenses largas perspectivas de intercâmbio internacional, tão propícias para o aperfeiçoamento e melhoria do nosso futebol, que se acredita já como um dos melhores da Europa.
É claro que as nossas responsabilidades aumentaram enormemente e precisamos, da compreensão e do auxílio, de todos os Belenenses para as enfrentarmos com coragem e decisão iguais áquelas com que nos batemos em Chamartin no dia 15 passado.
No próximo dia 31 repete-se no Estádio José Manuel Soares o encontro jogado em Madrid. Vai-nos ser oferecida uma oportunidade de mostrarmos aos nossos amigos espanhóis todo o nosso reconhecimento pelo cavalheirismo e excepcional amizade com que nos receberam.

No campo de jogos disputar-se-á, estamos disso certos, um partido entusiástico, cheio de vigor e de beleza.
E só nos resta aguardar o futuro cheio de confiança com a certeza de que nos caberá uma parte importante da honrosa tarefa de, prestigiando as côres do nosso clube conquistarmos em países estrangeiros os triunfos que sirvam, acima de tudo, para honrar o desporto português."

O jogo em causa (em Madrid) foi disputado a 15 de Maio de 1945, com um espectacular e animador resultado: um empate a 2 bolas. O motivo principal do desafio foi uma homenagem ao jogador espanhol Alonso, que se encontrava lesionado há algum tempo. Aliciados pelo curriculum "azul", fortalecido pelos 5 internacionais que haviam jogado (e impressionado) em Madrid pela Selecção, os madrilenos acorreram em massa, esgotando a lotação do seu estádio de então (o Chamartin "antigo"). Antes de se iniciar a partida os dirigentes trocaram lembranças - Octávio de Brito e o próprio Santiago Bernabéu!, enquanto os jogadores de Belém (pelas mãos do grande capitão Mariano Amaro) ofereceram uma caravela de filigrana ao jogador homenageado.



Vejamos agora o relato da partida feito por Cândido de Oliveira, figura ímpar do futebol e da imprensa nacional (basta lembrar que foi co-fundador do Jornal "A Bola", do qual se retirou o excerto):

"Os quatro “goals” da partida
Sob a direcção do conhecido árbitro internacional Ramon Melcon os grupos alinharam:
Real Madrid – Bañon, Querejeta e Corona, Berridi, Ipiña e Huete, Alsua, Rafa, Barinaga, Borbolla e Vidal
Belenenses – Capela, Vasco, Feliciano e Serafim, Amaro e Gomes, Mário Coelho, Quaresma, Armando (Elói), José Pedro e Rafael. [no banco ficaram ainda Acácio e Mário Sério, enquanto o treinador era Augusto Silva, co-adjuvado por Rodolfo Faroleiro - dois "monstros" do futebol Belenense]
O jogo principiou às 19 horas com a saída do Madrid que joga contra o vento que sopra com violência.
Jogo equilibrado, com maior, ainda que pouco, domínio territorial por parte do grupo espanhol que obriga, logo de entrada Capela – que se mostra nervoso e pouco seguro – a duas intervenções a bolas perigosas.
Há a sensação de que o ataque Belenenses não tem consistência para bater a defesa adversária, ao contrário dos dianteiros madrilenos. O trio Vasco, Feliciano, Serafim, anula, porém, as investidas dos “merengues”.
E aos 23 minutos, Madrid marca o primeiro ponto. Capela, que tem saído das redes a destempo, mais uma vez abandonou as redes e isso custou-lhe o “goal”. Berridi que estava um pouco adiantado centrou sobre a baliza – Capela saíu, salta mas não agarra a bola que passa sobre ele e Rafa com oportunidade rematou para as redes.
Cinco minutos depois Madrid faz 2-0, num remate de Alsua. Capela batido pela defesa que fizera dum primeiro remate, não conseguiu evitar que a recarga do extremo direito do Madrid atingisse as malhas.
No segundo tempo há modificações nos dois “onzes”. Na linha do Madrid, Muñoz substitui Rafa, e no Belenenses, sai Armando para dar lugar a Quaresma, entrando Elói para o posto de interior direito.
O domínio que na primeira parte pertencera ao Madrid, que mercê da exibição acertada, conseguiram obter o empate.
No primeiro quarto de hora – aos 11 minutos – o Belenenses diminuiu a desvantagem e este “goal” foi o melhor dos quatro marcados. Amaro, que captara a bola mandada por Capela atira-a para Quaresma; este passa a José Pedro que cruza para Elói; o interior direito lança Mário Coelho que, em corrida lança um potente “shot” e a bola entra nas redes com força, pelo lado direito.
O Belenenses anima e pratica um jogo agradável, de passe raso, em contraste com o do Madrid, com a bola por alto. Passam-se quase trinta minutos sem mais “goals”, mas a cinco minutos do fim os “azuis” estabelecem o empate. A jogada tem semelhanças com a que deu o primeiro ponto. Vasco “pára” uma avançada madrilena e manda a bola para o seu ataque; Quaresma capta-a, “dribla” vários adversários e centra para Mário Coelho que “dispara” um pontapé forte e aí vai a bola vertiginosamente para as redes. Desta vez Bañon ainda tocou na bola mas não evitou que ela entrasse.
A terminar
Bom resultado e um grande jogo do Belenenses no segundo tempo, superando-se a si próprio. O futebol português deve, por certo, ter conquistado muitos adeptos entre o público madrileno. Como afirmação de possibilidades e de sólido nível técnico do nosso futebol julgamos que esta jornada foi decisiva e valiosíssima e, por certo, isto será assinalado pela crítica espanhola. Parabéns ao Belenenses e ao futebol português."

Mais palavras... para quê? Apenas mais estes "ecos", também do Jornal "A Bola":

"Parabéns Belenenses!
O honroso empate de 2-2 conseguido em Chamartin pelo Belenenses, deve encher de satisfação não só a massa associativa do popular clube, como todos aqueles que acompanham de perto a marcha do futebol português.
Depois da consoladora impressão deixada na Corunha pela selecção nacional, com o excelente trabalho produzido na primeira meia hora do encontro, este resultado de agora, em Chamartin, contra o 2º classificado da Liga de Espanha, por muitos críticos considerado como o clube que pratica melhor futebol no seu país, só pôde reforçar essa impressão de acentuada melhoria, especialmente sob o aspecto de organização tática do conjunto.
Não nos arrependemos de ter escrito ainda há pouco, que, nesse capítulo nada tínhamos que aprender com os espanhóis[!].
Os habituais detractores do nosso futebol e os engraçados do "ganhámos moralmente", devem ter ficado bastante surpreendidos com o desfecho da partida de Chamartin, e nota-se já uma ligeira evolução nos comentários feitos, concedendo-se pelo menos que a toada de conjunto se vai revelando mais perfeita de época para época...
Parabéns sinceros aos jogadores do Belenenses pela boa conta que deram de si e do futebol nacional.
Os números do resultado não interessam sobremaneira. Interessa mais a certeza das possibilidades afirmadas para um contacto internacional mais frequente e mais regular, condição indispensável para ganhar classe.
O projecto da “Taça Ibérica” tem agora horizontes mais rasgados na sua frente, e pode defender-se com argumentação mais sólida e mais eloquente.
Foi essa a grande virtude do encontro “Belenenses-Real Madrid”."

Na retribuição da visita, novo êxito, desta vez com uma vitória! A 31 de Maio de 1945 o Belenenses venceu nas Salésias o Real Madrid, com um golo de Rafael.
Estavam lançadas as bases da amizade entre os dois Clubes.

Na época de 1945/46 o Belenenses confirmou a sua superioridade também a nível nacional, conquistando o Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Embora a época seguinte (1946/47) viesse a ser considerada como uma desilusão relativa pelos dirigentes (4ª lugar atrás do FCP!), para a época de 1947/48 renovaram-se as esperanças na equipa. Tendo isto em conta, bem como os agradáveis antecedentes de 1945, parece que não surgiram grandes dúvidas quando os dirigentes do Real Madrid resolveram convidar o Belenenses para a inauguração do seu novo estádio de Chamartin, obra máxima de Santiago Bernabéu, ainda Presidente dos "merengues" (tal como Octávio de Brito dos "pastéis"). De tudo isto mesmo nos deu conta Acácio Rosa:

"O maior estádio, do maior clube da península ibérica, foi inaugurado pelo Belenenses!


As boas relações que a gerência do Dr. Octávio de Brito deixara firmadas aquando da deslocação a Madrid em Maio de 1945, tornaram possível que fosse a equipa do Belenenses a escolhida para o honroso encargo de inaugurar o novo campo de Chamartin (Estádio D. Santiago Bernabéu) [como veio a ser chamado pouco tempo depois], o maior da Península e um dos mais grandiosos estádios pertencentes a agremiações particulares.
A recuperação revelada pela equipa favoreceu a deslocação, pois, por maior que fosse a vontade dos dirigentes do Real Madrid em distinguir os Belenenses, tornar-se-ia inviável a colaboração do Clube se se possuisse uma equipa semelhante à da época passada, reveladora de incapacidade que não permitiria jogos de tão grande responsabilidade.


A representação e o valor da equipa do Belenenses constituiu um êxito e prestigiou-se em todos os aspectos porque possa ser considerada."

O resultado, infelizmente, não foi o melhor: derrota por 3 bolas a 1. Mas a exibição da equipa foi soberba, de tal forma que o reconhecimento por parte da imprensa espanhola foi total e indubitável. Aliás o "caseirismo" do árbitro (e, em parte, o mau estado do terreno) foi o principal factor de influência do resultado, circunstância reconhecida pelos próprios espanhóis. Conclusão? Vejamos em primeiro lugar um artigo da revista portuguesa "Stadium", que resume perfeitamente os sentimentos "nacionais":

"A MELHOR EQUIPA EM CHAMARTIN NÃO VENCEU!
O Belenenses colocou-se muito bem vindo à capital espanhola como veio, no traço de generosidade e solidariedade desportiva que guia os seus passos. Por esta sua acção ganhou ou aumentou o seu prestígio na Península, e o Real Madrid que reconheceu o facto na hora presente – deverá confirmá-lo no futuro, e comportar-se como mandam as boas normas.


Certamente – cada povo tem as suas normas e os seus hábitos. Quanto mais vimos ao estrangeiro – mais gostamos do nosso país, e maios apreciamos o carácter, a lisura e a maneira de receber e tratar da gente portuguesa. Mas não há dúvida que um grande carinho envolveu a equipa de Belém nesta sua deslocação a Madrid.
E para tal contribui poderosamente - seria injusto negá-lo! – a forma de proceder dos seus dirigentes (se os jogadores honraram no rectângulo de luta o desporto, os dirigentes fizeram o mesmo no seu campo de actividade!).


Todos os directores, mas principalmente o Sr. Octávio de Brito, num aprumo e num trato inexcedíveis de correcção, diplomacia e desportivismo, colocaram o Belenenses num plano muito alto. Falando na Emissora de Espanha, no banquete oficial ou assistindo à missa de benção do Novo Estádio de Chamartin, o presidente do Belenenses foi um dirigente à altura do momento.
Escrevemos ainda sentindo a impressão em carne viva de um resultado que não corresponde à verdade do futebol e dos factos. Foi pena que tal tivesse sucedido!


Porque, caso contrário, teríamos escrito uma das páginas mais belas de todos os tempos. Mas a Sorte não o quiz. Seria superior às nossas forças sofrermos em silêncio. É preciso dizer bem alto que, devidamente acauteladas as deslocações, podemos vir a Espanha na certeza de sair do campo de rosto erguido e coração alto. Exigindo, no entanto, arbitragens neutras.
A impressão foi verdadeiramente desoladora para os espanhóis! Eles venceram – mas nós fomos os triunfadores. Por vezes, não ganha quem marca mais golos – mas sim quem pratica melhor futebol.
Para alguma coisa serve jogar bem! E o público espanhol sentiu tão profundamente a diferença de nível entre as duas equipas – que nem soube ser justo. Ficou colado, estético, insensível ao golo português, e na mesma postura quando os rapazes de Belém descreviam alguns trechos tendo por baixo a assinatura de verdadeiros mestres. Os adeptos sentiram a mágoa proveniente da superioridade portuguesa e impeliram o árbitro para o mau caminho.


Quanto mais recordamos o jogo e melhor analisamos a arbitragem – mais motivos de censura encontramos. Dir-se-ia que a orientação do juiz foi doseada – conforme o resultado e a evolução da partida. Ainda a meio-campo – tudo correu mais ou menos bem, com a folga própria do futebol associação. Mas no risco da grande área – fomos punidos muitas vezes, e ainda e agora perguntámos aos nossos botões, porquê?
- Porque não podíamos ganhar, embora fôssemos superiores. E a nossa superioridade resultou precisamente da disciplina e harmonia do conjunto, em luta contra onze individualidades. De um lado – um quadro moderno do jogo. Do outro – um team nas melhores praxes que, desejando evolucionar, não o conseguiu ainda...
O Belenenses colocou em plena inauguração de Chamartin - o qual esteve até sábado, pelas 15 e 30, para não se verificar, por a vistoria assim o entender! – um espelho enorme para todos verem os nossos progressos, posto que revelasse exageradamente um dos grandes defeitos lusitanos – a falta de remate. Digam o que disserem, os espanhóis compreenderam que já não se pode jogar como ainda jogam – atrasados uma dezena de anos [!]...


Não foi apenas o mérito da boa lição do sistema de marcação que os portugueses puseram no rectângulo, mas ainda o seu esforço – admirável esforço!- de boa execução e de articulação de movimentos, ao ponto de não haver defesas, médios e avançados, mas só jogadores capazes de fazer qualquer lugar e de desempenhar todas as funções. Os Belenenses traçaram futebol rasteiro e preciso, jogando maginificamente até à área da verdade – para depois se perderem... Claramente, nem todos jogaram bem; um ou dois actuaram, mesmo, manifestamente mal, mas o que pretendemos agora é dar uma ideia do conjunto, e o bem é muito superior ao mal.
Estamos a ver uma objecção. Poder-se-á argumentar que, apenas da sua inferioridade tactica, e mesmo do seu carácter individual, os espanhois atacaram algumas vezes, e com perigo, visto a linguagem dos golos ser eloquente e expressiva. Ninguém lhes tira o valor do remate, e decerto eles não têm culpa que os belenenses da frente teimassem em não fazer gols.
Teimosia pura! O que impressionou e feriu a sensibilidade do publico foi a diferença do nivel futebolistico entre os dois grupos.
Lutámos contra a arbitragem - talvez fosse pior se os jogadores portugueses não tivessem protestado contra as injustiças'! - e havermo-nos com um relvado de inferior qualidade, escorregadiço e pouco uniforme, constituindo um handicap sério para quem pretende fazer futebol de precisão e de qualidade."

E agora, como resumiram Cândido de Oliveira e Tavares da Silva (outra grandiosa figura do nosso futebol):

Cândido de Oliveira (A Bola): "Em conclusão, o Belenenses jogou melhor, mas perdeu. É isto frequente no futebol e até de certo modo é lógico, se examinarmos uma partida não pelo que ela teve de mais saliente em todo o terreno, a atacar e a defender, mas perto da área da baliza das duas equipas."
Tavares da Silva (Diário de Lisboa): "Os grandes adversários dos Belenenses no desafio que ontem disputaram em Chamartin foram sem dúvioda o árbitro e o terreno. Principalmente a arbitragem de Pedro Escartin foi “patriótica” de uma maneira incrível."

Se porventura se poderá suspeitar dos relatos "nacionais" (embora os padrões jornalísticos estivessem muito acima dos de hoje), fiquemos então com diversos relatos dos próprios jornais espanhóis. Não deixam muitas dúvidas sobre o nosso valor e até a modernidade do nosso futebol:

El Pueblo (Madrid):
"(3,30 de la tarde)
El Madrid venció 3-1 a los belenenses en la inauguración del nuevo Chamartín.
Barinaga logró el primer gol en el nuevo terreno
Alonso, autor de otros dos tantos, fué la figura del partido – el equipo portugués hizo gran juego
GRATA IMPRESIÓN: Os Belenenses causaron una grata impresión. Sus hombres, son prueba eficiente de la mejora de futbol portugues. Su colocación es magnifica, hija de una preparación técnica envidiable. Nos pareció fIojo el portero Serio; Vasco y Feliciano forman una pareja asombrosamente agil dado su peso. De los medios destaca el pesar facil y la inteligente colocación del centro, Figueiredo. Los alas, Amaro y Serafim, sirven magistralmente al ataque y tienen ductilidad para replegarse a la defensa. La delantera es una unidade admirable, formada por “ligeros” que dominan el cuero, el dribling y el pase y tienen ese sprint corto que es imprescindible en los delanteros."

Marca (Madrid):
"Para nosotros no es una novedad el adelanto técnico del futbol portugués. Llevamos unos años diciéndolo. Un equipo de clube, éste del Belenenses, confirmó su actual puesta de relieve frente a España en los últimos encuentros internacionales. El domingo, en el estadio de Chamartin el Belenenses, al estilo del San Lorenzo [o mítico San Lorenzo de Almagro, da Argentina] – a una apreciable distancia de aquellos formidables jugadores -, nunca envió el balón hacia delante a lo que salga. Siempre intentó entregarlo por bajo de un jugador a otro, en pases cortos o largos, buscando constantemente el desmarque.
Y al igual que en toda Europa, empleó el sistema de los tres hombres atrás. Estos jamás se adelantaban. Buena técnica en el conjunto, entrenado a conciência por el preparador argentino Scopelli. Y un defecto en su juego. Falta de dureza y de facilidad en el disparo. Los delanteros se movian y combinabam excelentemente, pero no disparaban. Asi el Madrid pudo ganar.
De este cuadro, cuya mejor cualidad fue su homogeneidad, no sobresalieron individualidades. Quizá destacaran entre sus internacionales el interior Quaresma, con la agilidad de su juego, y el futbol sólido del defensa Feliciano, aunque a veces lo burlara Barinaga."

Informaciones (Madrid):
"(...) Después – a los veintinueve minutos – el interior izquierda, desde lejos, largó un tiro por alto, que sorprendió al arquero madrileño, y que llegó al fond de la red; pero Escartin no dio por válido este gol; él sabrá por qué… [ora aqui está o reconhecimento do prejuízo "arbitral"]

También le fue anulado al Madrid otro gol marcado por Barinaga. En paz? No, porque esta vez si que hubo fuera de juego. En la segunda parte, Ortiz sustituye a Pont en el grupo madridista. Con esto se pretende ayudar a Ipiña, que ya no está para pelear con chavales. Pero los del Belenenses, merced a su excelente preparación física, corretean por todo el campo de un lado a otro, como gastando la polvora en salvas…"

Ora aqui temos: O Belenenses a jogar um futebol moderno, em linha com a vanguarda na Europa, de fazer corar os madridistas. Para isto muito contribuiu o técnico de então e "mito azul", Alejandro Scopelli. Foi ele que introduziu em Portugal o sistema WM, que como se pode ver surpreendeu até os espanhóis nesta visita do Belenenses. O Belenenses, à frente do Real Madrid!
Para que conste, aqui fica a equipa do Belenenses que alinhou nesse dia de 14 de Dezembro de 1947: Sério, Vasco, Feliciano, Serafim, Figueiredo, Mariano Amaro, Rocha, Quaresma, Teixeira da Silva, Pereira Duarte e Narciso. Artur Quaresma foi o autor do nosso golo (o único validado), tornando-se assim no primeiro estrangeiro e adversário do Real Madrid a marcar na sua nova casa!
Devemos referir também que a equipa de Basquetebol do Belenenses também acompanhou a comitiva a Madrid, obtendo resultados espectaculares: duas vitórias (34-51 e 31-35), conseguindo o troféu em disputa. Não esqueçamos a força do basquetebol do Madrid, patente até aos nossos dias!

Entretanto, nos anos seguintes, os "destinos" dos dois clubes foram divergindo significativamente. Poucos anos depois despediam-se do futebol Amaro (de forma infeliz), Artur Quaresma e Rafael, por exemplo. Para a época de 50 valeu ainda a chegada de outros excelentes jogadores, como Matateu, Di Pace ou Vicente.

Em 1954/55, curiosamente, Belenenses e o Real Madrid encontraram-se de novo, desta vez nas suas respectivas estreias em competições internacionais europeias. Foi a pioneira Taça Latina, tendo os "merengues" vencido em Paris por 2-0 (no outro jogo o Belenenses perdeu com o Milan - em Milão - por 3-1). O jogo teve lugar no dia 22 de Junho de 1955, no Parque dos Príncipes.
De qualquer forma, nesse torneio, Di Stefano e os seus companheiros não foram o maior alvo de atenções. Foi Matateu! Para a imprensa estrangeira, em unanimidade, foi ele a sensação da Taça Latina!
A equipa do Belenenses presente em Madrid foi a seguinte: José Pereira; Francisco Pires, Serafim Neves, Raul Figueiredo, Vicente Lucas, Di Pace, Dimas, Matateu, Ricardo Perez, Alberto Tito e Carlos Silva (recentemente falecido).

No ano seguinte começaria a disputa da Taça dos Campeões Europeus, cujas 5 primeiras edições foram conquistadas... pelo Real Madrid!

Avançando no tempo, veio uma década de 60 particularmente má para o Belenenses, enquanto o Real Madrid alcançava a sua 6ª Taça dos Campeões, em 1966. Era o fantástico Madrid "ye-ye" (por alusão à música dos Beatles - "She loves you, yeah yeah"), onde pontuavam Puskas, Amancio, Pirri ou o seu lendário capitão, Francisco ("Paco") Gento, que elevou o novo troféu.

E veio a ser o próprio Paco Gento o alvo de uma grande homenagem de despedida... em coincidência com o 25º aniversário da inauguração do Bernabéu! E ao pensar na equipa a convidar para tamanha festa, os dirigentes do Real Madrid parece que não perderam muito tempo. Escolheram a equipa que, 25 anos antes, tinha inaugurado o Santiago Bernabéu: o Belenenses.
Era na altura Presidente o Major Baptista da Silva... e, curiosamente, a equipa de futebol, novamente sob o comando do "regressado" Scopelli, estava a fazer uma época brilhante, um "oásis" no meio de épocas obscuras. Com efeito viria a obter melhor classificação dos últimos 51 anos, o 2º lugar! Talvez a boa época (em curso na altura) tenha pesado na decisão dos madridistas... apesar de tudo.
A equipa do Belenenses era de facto excepcional, contando com muitos dos melhores jogadores da nossa história mais recente, alguns dos quais indirecta ou directamente afamados no futebol português, por outras "andanças": Mourinho, Parreira, Calado, Freitas, Pietra, Murça, João Cardoso, Quinito, Alferdo Quaresma (o capitão, recentemente falecido), Godinho, Laurindo, Luis Carlos, Eliseu e Gonzalez (inesquecível e mágico paraguaio). Pese a modernidade do futebol de então, estes jogadores eram ainda - e são na sua maioria, felizmente - grandes Belenenses, com um amor à camisola impressionante.
A 14 de Dezembro de 1972 realizou-se então o jogo de comemoração das Bodas de Prata do Bernabéu com a grandiosa homenagem a Paco Gento. O público encheu 60.000 lugares do estádio para mais um grande jogo de futebol. Devemos referir que, dado o estatuto de Paco Gento, o Real Madrid viu-se "reforçado" para esta festa com outros grandes jogadores da época, como Dobrin (Rússia), Bené (Hungria), Djaric (Jugoslávia) e... Eusébio.


O resultado foi uma derrota por 2-1 - por si só menos má - mas a exibição foi também muito honrosa, um autêntico brilharete. Gento, o homenageado, saíu aos 28 minutos, não sem antes marcar o seu último golo pelo Real Madrid, na marcação de uma grande penalidade (se foi justa, não sei). Aliás, o público do Bernabéu gritou em coro o seu nome para que marcasse o referido penalti.
Chegados ao intervalo o Belenenses perdia por 2-0, acrescendo um outro golo do Madrid (por Pirri).
Na 2ª parte foi Quaresma que marcou o golo de "honra", honrando assim o Clube bem como a amizade de décadas para com o grande Real Madrid.

Mais tarde, em 1980 (14 de Agosto), as duas equipas voltaram a encontrar-se, na disputa do XXIIº Torneio da Cidade de Palma, em Palma de Maiorca. No estádio Lluis Sitjar (do RCD Maiorca) os "merengues" venceram apenas por 2-1, pese a diferença de valor das equipas (talvez a maior neste historial).
Alguns dos nomes madridistas ainda estarão bem presentes na nossa memória (inclusivé por terem integrado a Selecção anfitriã do Mundial de 1982, em Espanha): Santillana, Angel, Gallego, Juanito, Camacho (que já foi treinador em Portugal)...
Do lado do Belenenses alinharam: Delgado; Lima, Alhinho, Tózé, Carlos Pereira, Nogueira (Pinto da Rocha), Isidro, Baltasar, Djão, Moisés e Gonzalez. Djão foi o nosso marcador de serviço (não era de estranhar).
Dois dias depois o Real Madrid venceria este torneio, derrotando a Real Sociedad (horas antes o Belenenses teve de se contentar com o 4º lugar, ao perder com o Bohemians de Praga - da então Checoslováquia).

Foi assim que o Belenenses teve o privilégio de participar em grandes momentos de um dos melhores clubes do Mundo, dignificando por sua vez as suas cores e o valor do futebol português.

sábado, 21 de julho de 2007

Belenenses no Teresa Herrera


Num ano que parece fazer questão de marcar o regresso do Belenenses aos grandes palcos nacionais e internacionais, está já confirmada a presença do Belenenses na 62ª edição do mítico Torneio Teresa Herrera, troféu que disputará no relvado do Riazor com o Deportivo La Coruña, Real Madrid e Atalanta.
O Belenenses inicia a sua participação no dia 8 de Agosto, quarta-feira, pelas 21h00 (locais), frente ao Real Madrid; e logo no dia seguinte haverá novo desafio, pelas 18h30 ou pelas 21h00 consoante dispute o apuramento do terceiro classificado ou a final do troféu.
Em período de férias para muita gente, é este um excelente momento para que um grande número de belenenses marque presença na Corunha, mostrando também nas ruas e nas "gradas" do Riazor porque somos um dos grandes emblemas de Portugal e por isso seu justíssimo representante.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A próxima época de basquetebol

O site oficial do Belém faz um ponto de situação sobre o plantel principal e respectiva equipa técnica para a próxima época de basquetebol. São várias as boas notícias: continuam a envergar a Cruz de Cristo ao peito Diogo Carreira, Daniel Monteiro, Paulo Simão e Artur Cruz. Os dois bases estiveram em boa forma na época transacta, de tal forma que Luís Silveira podia alterná-los na equipa sem que a qualidade de jogo se ressentisse. Já Simão e Cruz, jogadores com larga experiência, foram mais irregulares, não deixando de ter tido um papel importante em alguns jogos.
Também contaremos com os jovens Aylton Medeiros, Nuno Monteiro, Bruno Tomé e António Joaquim, e provavelmente também Josimar Cardoso, que tão brilhantemente disputaram o CNB2, tendo também feito parte do plantel da equipa principal.
Já Miguel Salvador, que foi pouco utilizado e ruma a Espanha, e Mário Jorge, que ingressa no CAB Madeira, abandonam o Restelo. É pena que Mário Jorge, cujo papel defensivo foi tão importante, saia, mas só lhe podemos, como ao Miguel, desejar as maiores felicidades.
Também é pena que os três americanos, Brian Robinson, Jason Robinson e Cameron Echols, que estiveram todos em excelente plano, não continuem (já era de esperar que Quincy Davis, que veio apenas disputar os jogos do playoff a custas do nosso patrocinador Hyundai, não ficasse). Os adeptos do Belém não esquecerão este trio de qualidade. Mais exuberantes os dois primeiros, mais discreto mas bastante forte por baixo das tabelas o terceiro, todos deram um toque de qualidade à nossa equipa. Para os substituir o clube procura agora três estrangeiros, sem entrar em loucuras.
Numa época marcada pela contenção, ter chegado à final da Taça de Portugal, ter ficado em 5º lugar no campeonato e ter visto a equipa B subir ao CNB1, foi muito bom e só aumenta as expectativas para o próximo ano. Que a extraordinária capacidade de luta, que permitiu reviravoltas incríveis, se mantenha!

Novidades do rugby

A nossa equipa de rugby venceu o I Torneio de Rugby de Praia Benfica / Cofidis, derrotando na final o clube organizador. Nas palavras do autor do blogue do CDUL, «o destaque principal vai naturalmente para o Belenenses que apresentou uma equipa jovem, muito bem preparada fisicamente e a jogar o bonito rugby que é apanágio das escolas de Belém. Não deram qualquer hipótese em nenhum jogo. Parabéns ao Salvador Cunha, João Mirra, Banana, Miguel Fernandes, Nica (...)»
Entretanto é já neste sábado, dia 21, que os nossos rapazes participarão em outro torneio de praia, desta vez na Figueirinha, perto de Setúbal. A notícia é do site oficial, que aproveita para anunciar o próximo treinador: trata-se do neozelandês Bryce Bevin, cujo currículo podem conhecer aqui. Oxalá a genialidade dos All Blacks inspire os nossos rapazes e lhes permita fazer uma época em grande!

Escola de formação do Andebol


As nossas tradições (grandes tradições) no Andebol devem muito à formação, e parece que nesse domínio são para continuar as iniciativas interessantes e inovadoras, com resultados que parecem ser animadores. O "Torres" recebeu da nossa Secção de Andebol a seguinte notícia:

O Clube de Futebol Os Belenenses, através da sua Secção de Andebol, vai alargar a experiência de colaboração protocolar estabelecida com a Escola Domingos Saraiva do Algueirão, a outros estabelecimentos de ensino. Experiência que resultou plenamente nesta época desportiva que agora termina e que na prática se traduziu em mais cerca de duas dezenas de novos praticantes com a devida integração nas equipas de formação do Clube.
Realizou-se no passado dia 13 de Julho, mais uma reunião de lançamento de novos pólos, desta feita com escolas da zona da Damaia e Amadora. As escolas Roque Gameiro e Pedro d’Orey da Cunha estão bem encaminhadas para abraçar o projecto na próxima época. Representaram o Belenenses na reunião de trabalho o Vice-presidente para as Amadoras Vítor Ferreira, o Técnico Principal do Clube João Florêncio e o Coordenador da Escola de Formação, Prof. Carlos Garcia.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Banca de quinta-feira

-> Dady pode falhar início de época;
-> Areias operado vai parar 6 semanas;
-> Marco Gonçalves: “Não parto em vantagem pela titularidade”;
-> Gonçalo Brandão: “Trabalhar para ficar com a vaga de Nivaldo”;
-> Romenos insistem, presidente recebe apoio e Teresa Herrera aceite.

Escrita em dia

Em vésperas de veraneio importa deixar a secretária arrumada pelo que me escasseia o tempo. Por entre novidades próprias do defeso que nos chegam do rugby, do futsal e do basquetebol, palpita-me o coração por um central de categoria idêntica à de Nivaldo, esse mesmo, o que confessou à Bola de ontem ter de facto recebido uma proposta do FC Porto antes de optar - e bem - por se transferir para França.
Com efeito, mais do que uma eventual saída de Dady, preocupa-me o eixo da defesa, visto que, revendo-me de algum modo nas virtudes do calcio, se me afigura inegável que as grandes equipas são construídas de trás para a frente. E nesse plano, se é verdade que me parece que Devic é mesmo reforço e que Rolando é um central interessante, creio ser avisado encontrar par para um deles, par que entre outras características reúna, de preferência, uma que apreciava particularmente em Nivaldo: a rara capacidade de não inventar, o que nos tempos que correm não é coisa pouca. Sossega-me a ansiedade saber que a SAD e Jorge Jesus não estão a dormir em serviço e que a esta altura, enquanto eu escrevinho estas linhas, devem estar os responsáveis a tratar de me serenar as preocupações.
Já quanto a Dady o caso é diferente. Gostava evidentemente de o ver de camisola azul na época que se aproxima mas, em não sendo possível e entrando os tão badalados três milhões de euros... temos substitutos com fartura e, digo eu... à altura. Diz-me o meu companheiro Flávio Santos que o Roncatto é mesmo vedeta e não é por aí que a coisa vai correr menos bem. De momento, importante mesmo é um central de grande categoria, desses que não precisam de grandes adaptações, que não inventam, que são exemplares no trato e no profissionalismo. Um outro Nivado, portanto.
Nivaldo a quem aliás aproveito para agradecer o muito que em apenas uma época deu ao nosso Belenenses. Foi feliz, fez-nos felizes, não andou a apregoar a vontade de "dar saltos" e assim deveria acontecer sempre. E aproveitando os "aproveitamentos", daqui também lanço o maior desejo: votos de rápidas melhoras, presidente!

Butt rir um bocado

Não resisto. Já ouviram falar no Butt, o novíssimo - salvo seja - guarda-redes dos vermelhos da segunda circular? Ora então vejam lá as capacidades do rapaz...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Breves notas de férias

Estando de férias em destino que me é habitual (por razões familiares - a Madeira), não consegui, como também é habitual, esquecer o nosso Belenenses.
Junto ao Largo do Município funchalense abri o Jogo (calhou ser esse), numa das raras ocasiões em que compro jornais desportivos, para dar de caras com a entrada de 3 Milhões de Euros nos cofres da nossa SAD. Apesar de perdermos um jogador de grande nível, a minha primeira reacção foi suspirar de alívio. Mais ainda porque o Nivaldo não vai para nenhum adversário nosso, coisa que me custaria ver (e que muito dificilmente renderia algo de jeito).

Nos antípodas daquela notícia estiveram as declarações do Ruben Amorim, que, sem qualquer polimento, espera sair do Belenenses e que esta última época o "ajude" a "saltar" para certo clube.
No meu mester, isto seria como se o rapaz já tivesse saído, havendo apenas que cumprir com o contratado em termos de remunerações (mas também nos deveres mínimos do jogador).
Não sei se terá sido contagiado pelo síndrome de imbecilidade que pela mão de certo pseudo-treinador assolou as nossas selecções jovens, o facto é que a figura é triste, mesmo para jogadores jovens que se pensam ambiciosos. Diria mais, sobretudo para estes.
O Nivaldo, sabemos já, vale mais de 3 Milhões de Euros. O Ruben, pelos vistos, não, e é dos primeiros a pensar assim. É pena, mas já deve ido nalguma cantiga.

Bom, isto do que se passou por cá enquanto estava eu lá.
Por lá, foi com um grande sorriso que, num quiosque funchalense, ao pedir certo artigo em côr azul, ouvi: "É do Belenenses ou do Porto?". Esclareça-se que o senhor do quiosque não era dos nossos.
Há quanto tempo não ouvia isso, mesmo ao pé de casa ou até do Restelo. Pode parecer perfeitamente banal, banalíssimo, mas não é. Por agora já estamos a dar nas vistas, de novo. Mas não basta voltar a estar "na moda"... e não bastará, quero querer, aos nossos jogadores, salvo raras excepções (como os que anseiam pelo "salto").

Noutro registo, acompanhei a certa distância a realização de dois treinos de captação para miúdos madeirenses promovidas por... Sporting e Benfica. No caso deste último, em renovada parceria com o Andorinha, clube onde apareceu o Cristiano Ronaldo e que por acaso até já foi nossa filial, em tempos. Ainda nos falta organização e a resolução de outras questões mais urgentes, mas é sempre muito importante saber o que os outros fazem e perceber a distância a que (ainda) estamos deles.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Sorteio da Liga de Andebol

Está já disponível o calendário da I fase da Liga Halcon 2007/2008 em andebol. Os nossos rapazes entram em acção no dia 15 de Setembro contra o FC Porto, no Acácio Rosa; segue-se uma ida à Madeira e a recepção ao Benfica. Um começo complicado, dirão alguns. Não há razão para alarmes: em primeiro lugar, se a nossa equipa quer lutar pelo título não tem que temer os adversários; depois, na época passada ganhámos em casa ao FC Porto, num encontro épico (5 golos de desvantagem recuperados nos últimos dez minutos), fomos vencer ao terreno do Madeira SAD e empatámos em casa com o Benfica (e só não ganhámos porque no último segundo a bola embateu na trave e num poste!). Já na deslocação a Águas Santas (este ano vamos lá na 4ª jornada) perdemos, já para não falar no compremetedor empate em Espinho, que nos impediu de disputar o playoff com uma equipa menos complicada que o ABC.
Tal como em outras modalidades é muitas vezes nos jogos aparentemente mais fáceis que se perdem pontos comprometedores. Por isso não há qualquer motivo para não encarar o calendário com enorme confiança. O título escapa-nos há doze anos, está na altura de celebrar!
(Entretanto, como era de esperar, a comunicação sucial destacou os confrontos entre aqueles que define como os quatro grandes do andebol, esquecendo não só o nosso clube como o próprio vice-campeão, o Madeira SAD!)

domingo, 15 de julho de 2007

Um olhar Azul sobre o Vitória

O meu amigo Vimaranês convidou-me a escrever um texto para o seu excelente blogue. O objectivo era descrever como é que um adepto do Belenenses vê o Vitória Sport Clube. Foi assim que nasceu "Um olhar Azul sobre o Vitória". Se quiserem vão até comentar, assim ficaremos com mais olhares azuis sobre o grande clube minhoto.

sábado, 14 de julho de 2007

Os números dos craques

1 - Marco
2 - Amaral
3 - Areias
4 - Rodrigo Alvim
5 - Rúben Amorim
6 - Gabriel Gomez
8 - Tiago Figueiredo
9 - João Paulo Oliveira
10 - Silas
11 - José Pedro
12 - Marco Pinto
13 - Rolando
14 - Mano
20 - Hugo Leal
21 - Roncatto
22 - Rafael Bastos
23 - Sandro Moreira
27 - Cândido Costa
28 - Gonçalo Brandão
29 - Carlos Alves
30 - Dady
33 - Devic
41 - Mendonça
73 - Costinha
77 - Fernando

Nicolás Muñoz é reforço


Aí está Nicogol, internacional panamiano, novo e inesperado reforço para o sector ofensivo, evidência de que o Belenenses não só continua atento ao mercado como permanece com o continente americano debaixo de vista. Assim se confirme a permanância de Dady no plantel e parece-me que quanto a pontas de lança estamos já muito bem conversados.

Nome: Nicolás Muñoz - "Nicogol"
Nascimento: 21/12/1981 (25 anos)
Naturalidade: Panamá
Posição: Avançado
Altura: 1,77 m
Peso: 72 kg
Clube anterior: CD Águila (El Salvador)

E cá vai um gol de... Nicogol!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Devia dar direito a indemnização...

São duas e quarenta da manhã e resisti até agora observando os sub-20 portugueses que se arrastaram pelo Canadá num mundial onde já vi Portugal dar cartas. Num futebol totalmente transformado em indústria, os clubes deviam ser os primeiros a lutar contra a política de tachos que parece tudo poder no seio da FPF, visto que são manifestamente prejudicados por essas teias de capelinhas. Verdade, verdadinha, é que no espaço de um mês esse extraordinário José Couceiro conseguiu dar uma forte machadada na reputação do futebol português enquanto futebol de boa formação e, no nosso caso, ainda logrou desvalorizar (pela segunda vez) três jogadores. É pena, porque Mano, Rolando e Ruben Amorim não têm culpa de tamanha incompetência. E o Belenenses também não.

Calendário da Liga

01ª - 18 AGO - Naval x Belenenses
02ª - 28 AGO - Belenenses x Braga
03ª - 02 SET - Sporting x Belenenses
04ª - 16 SET - Belenenses x U .Leiria
05ª - 23 SET - Maritimo x Belenenses
06ª - 30 SET - Belenenses x P. Ferreira
07ª - 07 OUT - Boavista x Belenenses
08ª - 28 OUT - Belenenses x Académica
09ª - 04 NOV - Porto x Belenenses
10ª - 11 NOV - Belenenses x Leixoes
11ª - 25 NOV - Belenenses x E. Amadora
12ª - 02 DEZ - V. Setubal x Belenenses
13ª - 16 DEZ - Belenenses x Benfica
14ª - 28 DEZ - V. Guimarães x Belenenses
15ª - 06 JAN - Belenenses x Nacional
16ª - 13 JAN - Belenenses x Naval
17ª - 27 JAN - Braga x Belenenses
18ª - 03 FEV - Belenenses x Sporting
19ª - 17 FEV - U .Leiria x Belenenses
20ª - 24 FEV - Belenenses x Maritimo
21ª - 02 MAR - P. Ferreira x Belenenses
22ª - 09 MAR - Belenenses x Boavista
23ª - 16 MAR - Académica x Belenenses
24ª - 30 MAR - Belenenses x Porto
25ª - 06 ABR - Leixões x Belenenses
26ª - 13 ABR - E. Amadora x Belenenses
27ª - 20 ABR - Belenenses x V. Setubal
28ª - 27 ABR - Benfica x Belenenses
29ª - 04 MAI - Belenenses x V. Guimarães
30ª - 11 MAI - Nacional x Belenenses

Numa primeira análise não desgosto; no final da segunda jornada, por exemplo, já levamos mais seis pontos do que o Arsenal da Pedreira, além de que os craques não se poderão queixar muito do desgaste das viagens de autocarro: estão bem espaçadas. Para mais, há que tirar partido de duas séries de dois jogos seguidos em casa - episódios de baixa complexidade que valem 12 pontos. Em todo o caso, para quem possa estar mais receoso, deixo uma convicção pessoal: não há ciclos infernais. E quando há, por regra, até teimam em ser os que correm melhor.
Único aspecto que se me afigura negativo é o facto de jogarmos em casa frente ao U. Leiria e Paços de Ferreira - dois jogos para ganhar - nas vésperas das duas mãos da 1ª eliminatória da Taça UEFA. Compete a Jorge Jesus explicar à rapaziada que quem não comer a relva no fim de semana anterior... também não brinca às quintas-feiras.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Nivaldo a caminho do Saint-Étienne

Já é oficial: Nivaldo vai ingressar no Saint-Étienne, o histórico clube francês. Confirmam-no, laconicamente, o site oficial do Belenenses e também o do clube stéphanois, que salienta que o defesa central é bastante atlético (1,87 m, 75 kg). Já o L'Équipe dispensa-se de referir a que país pertence o nosso clube, o que é sempre agradável de testemunhar. O Público adianta alguns pormenores: o negócio terá envolvido mais de três milhões de euros e a realização de dois jogos particulares, com datas ainda por definir.
Por um lado é com satisfação que vemos um activo do nosso clube valorizado desta forma, com um encaixe financeiro que muito jeito dará às nossas finanças; por outro há alguma apreensão quanto à capacidade de se encontrar um substituto à altura do ex-jogador do Coritiba. Inteligente, com boa colocação no terreno e excelente leitura de jogo, Nivaldo é simples de processos e terrivelmente eficaz. Pelo profissionalismo de que sempre deu provas só lhe podemos desejar toda a sorte do mundo.
À bientôt!

Belenenses vence Liga de Verão em basquetebol

Na foto vemos os nossos Diogo Carreira e Mário Jorge após o triunfo no passado domingo na final da Liga de Verão em basquetebol frente ao vice-campeão nacional F.C. Porto, por 38-29, após já termos batido o campeão Ovarense na meia-final, por 34-31. Na final Diogo foi o MVP, com 16 pontos. Este foi o culminar de uma época que superou claramente as expectativas, num contexto de emagrecimento de custos na secção.
Parabéns aos nossos jogadores e à equipa técnica.
(Foto: site da Liga).

Ponto de situação nas contratações do futsal

Os sites especializados em futsal têm-nos trazido mais notícias sobre as contratações para a próxima época do que o clube. A contratação de Paulinho anunciada ontem (ver postal abaixo) é, assim, apenas a segunda oficialmente já assumida, depois da de Pedro Cary. O retrato dos dois como jogadores é feito no site não oficial do Belenenses (aqui e aqui).
O site Futsal.com adianta que as contratações de Cautela (ex-Santa Susana), William (ex-Boticas), Mate (ex-UTAD), Nito e Tuka (Unidos do Cacém) serão anunciadas muito em breve. De destacar a entrada de Cautela no plantel às ordens de Alípio Matos. Este já o treinou no Benfica (onde foram campeões nacionais) e no Atlético mas o atleta tem ainda passagens pelo Sporting, Correio da Manhã, Odivelas, Piedense, Santa Susana e Pobral e também pela selecção nacional.
Significativo que a secção afirme que Pedro Cary é conhecido pelo «seu espírito guerreiro e combativo» o qual se «adequa na perfeição à filosofia que os responsáveis da Secção querem devolver ao futsal de osbelenenses», assumindo que foi em parte isso que faltou na época finda.
Parece clara a aposta num misto de jogadores experientes (Jardel, Drula e Nuno Almeida, que transitam da época passada, e Cautela) e outros mais jovens e irreverentes. A nova época promete.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

O "rumor" Nivaldo

Falava eu curiosamente hoje de manhã com um nosso consócio e, comentando a transferência de Pepe para o Real Madrid, calhou dizermos ambos qualquer coisa como "tomara que o FC Porto não se lembre agora de vir buscar o Nivaldo". Nem de propósito, acabo de ler isto: Nivaldo na rota do Dragão. Bem sei que a imprensa já nos vendeu várias vezes mais do que meia equipa e quase sempre sem qualquer fundamento, mas pela primeira vez um rumor deste tipo parece-me ter algo de lógico ou, pelo menos, de sustentável. Ainda para mais e ao contrário de outras "vendas potenciais", este negócio, a confirmar-se, obriga-nos claramente a ir ao mercado porque os estragos seriam grandes. Não tenho dúvidas de que o Belenenses deve procurar uma boa oportunidade de fazer dinheiro com um dos seus activos, mas Nivaldo e Alvim são exactamente os dois últimos que eu, em mandando, deslocalizava...

Paulinho reforça futsal azul

O futsal do Belenenses tem a partir de hoje um novo reforço:Paulo Martins - Paulinho - assinou por um ano, com outro de opção. Ficha do jogador:

Nome: Paulo Jorge Camões Martins (Paulinho)
Data Nascimento: 12/03/1983
Altura: 1,63m
Peso: 56kg
Número da Camisola: 9
Posição: Ala

Paulinho é proveniente do Fontaínhas de Albufeira e merece do técnico Alípio Matos os comentários que seguem:
"O Paulinho é um jovem talentoso, habilidoso, rápido a executar e nas transições. Vem da 2ª divisão, e por isso precisa de evoluir em vários aspectos do jogo, mas tem grande margem de progressão".

terça-feira, 10 de julho de 2007

Formação no Belenenses

Uma das formas de contribuir para a grandeza do nosso clube é incentivando os escalões de formação, de preferência levando as nossas crianças a aquilatar os seus dotes para a prática de determinada modalidade. Aqui abaixo têm duas sugestões relativas ao andebol e ao rugby, dois dos desportos com maior tradição no Belenenses.

Formação - Andebol

O departamento de Andebol do C. F. "os Belenenses" realizará no mês de Julho treinos de captação para os seus escalões de formação.
Minis nascidos em 1997 e 1998: Quarta-feira, dia 11, das 18:30 as 20 horas. Sexta-feira, dia 13, das 18:30 as 20 horas.
Infantis nascidos em 1995 e 1996: Quarta-feira, dia 11, das 18:30 as 20 horas. Sexta-feira, dia 13, das 18:30 as 20 horas.
Iniciados nascidos em 1993 e 1994: Segunda-feira, dia 9, das 19 horas as 20 horas. Quarta-feira, dia 11, das 19 horas as 20 horas.
Os atletas participantes deverão comparecer no Restelo (Pavilhão Acácio Rosa) atempadamente e munidos do necessário equipamento de treino (ténis, calções e camisola)
Para mais informações: 965373726 ou pedroasdomingos@gmail.com.

Formação - Rugby

(Imagem pilhada ao blogue amigo Belenenses XV.)

Meyong fica em Espanha

Abel cuenta con él pese a los pocos minutos que le dio; Meyong logra una segunda oportunidad:

Era uno de los favoritos para la lista de descartes de este verano, pero finalmente Meyong tendrá una ‘segunda vida’ en el Levante. El camerunés se ha pasado casi toda la temporada inédito, únicamente ha hecho un gol, y con Abel jugó incluso menos que con López Caro. Pese a todo, el técnico toledano ha visto una progresión en su actitud desde su llegada al banquillo levantinista. (...)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Arranca a segunda semana

Arrancou hoje num Restelo em obras a segunda semana dos trabalhos do futebol profissional do Belenenses, estando já à disposição de Jorge Jesus um grupo de trabalho muito aproximado daquele que tomará em ombros a tarefa de realizar uma grande época em 2007/08. Na verdade, a uma semana do início do estágio em Sintra, terminaram as (curtas) férias de Rolando e Ruben Amorim, ao mesmo tempo que Devic já chegou, viu... e treinou. Pelo meio, e na semana em que será sorteado o calendário da Liga (dia 12 às 18h30), temos 5 dias para dar uma primeira vista de olhos aos reforços que, a fazer fé na imprensa, são mesmo reforços.
Paralelamente, também a equipa técnica foi reforçada com a contratação de Marco Pedroso que terá a função de observador dos adversários e apoio tecnológico.
E de caminho, a administração não vendeu o passe de qualquer atleta, situação que, confesso, me surpreende - mas ainda bem que assim vem sendo e oxalá tal feito se possa manter! Inclusivamente, a imprensa do fim de semana fazia referência à recusa em vender Sandro Moreira para Espanha, mais propriamente para o Villareal B. Uma coisa é certa: se bem que a avaliação do grupo terá que ser feita de forma constante até ao "encerramento do mercado", este Belenenses parece mesmo muito mais forte do que o da época passada.

Caras novas no Futsal

Conhecem-se já algumas das caras novas que vão fazer parte do plantel de futsal do Belenenses para a próxima época. Os mais conhecidos são Pedro Cary e Maité; o primeiro regressa de uma experiência em Espanha, no Melilla, enquanto que o segundo vem do recém promovido UTAD, equipa que de resto foi uma das sensações do futsal nacional ao chegar à final-four da Taça de Portugal, além de se ter sagrado campeão nacional da II Divisão. Menos conhecidos são Tuka e Nito, que segundo consegui apurar vêm de equipas dos distritais de Lisboa.
Os dois primeiros alinharam já no torneio Rui Costa, disputado na Amadora nos dias 29 e 30 de Junho. A nossa equipa disputou a final com o recém campeão nacional Benfica (que apresentou na equipa principal quatro dos habituais titulares mais Rui Costa), tendo perdido por 3-2. Pelas nossas cores facturou Drula (na foto). Jogaram de cruz de Cristo ao peito Nuno Almeida, Drula, Jardel, Pedro Cary, Maté; Paulinho e Ricardinho.

sábado, 7 de julho de 2007

Mudanças no futsal

Os nossos dois ex-jogadores de futsal Pedro Caetano e Carlo ingressam no Sassoeiros, emblema regressado à I divisão (e que na época finda nos eliminou da Taça na primeira eliminatória para equipas da I divisão). A ambos desejamos boa sorte, excepto nos encontros em que defrontarem o Belém. O mesmo que desejamos a Miguel Fernandes, que vai alinhar no SL Olivais.
Entretanto, António Salvador, presidente do SC Braga, pondera acabar com a secção, após a descida à II Divisão. Projecto mal pensado, reais problemas financeiros - ou grandeza com pés de barro?...

A 1ª Final da Taça de Portugal

Faz hoje anos que o Belenenses disputou a sua primeira final da Taça, logo na segunda edição de tão importante prova, corria o dia 7 de Julho de 1940. Lamentavelmente e apesar daí ter escrito mais uma relevantíssima página do seu historial, não se pode dizer que tenha entrado com o pé direito visto que foram os azuis derrotados pelo Benfica, no velho campo do Lumiar, por 3-1. Para a História, fica o 11 que disputou esse primeiro "mata-mata": Salvador Jorge, Francisco Gatinho e Tárrio; Mariano Amaro, Gomes e Alberto; Perfeito, Artur Quaresma, Tellechea, Scopelli e Rafael Correia - que assinou o nosso golo de honra. Em jeito de acrescento, note-se que para chegar à final o Belenenses eliminou Sporting e FC Porto, respectivamente nos quartos de final e nas meias finais.

Rumo a Marrocos

Informação pilhada no blogue do Luís Lacerda, concretizações em Viagens Marsans. Calor não deve faltar... se der para acrescentar uma extensão a Agadir - e o caneco para a Sala de Troféus! - é um interessante programa de veraneio.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Areias apresentado hoje

Rodrigo Alvim já tem companhia na luta pela titularidade na lateral-esquerda: Areias é hoje apresentado no Estádio do Restelo, ele que na época passada esteve ao serviço do Celta de Vigo por empréstimo do FC Porto, utilizando a camisola nº 6, depois de uma passagem pouco feliz pelo Standard de Liége. Nascido no Porto em 2 de Junho de 1977 (30 anos), Areias tem 1,89m e 82 kg, tendo também passado pelo Beira-Mar e pelo Boavista. Que tenha sucesso de azul vestido!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Marco Pinto no Europeu de sub-19

O seleccionador nacional Edgar Borges divulgou hoje em conferência de imprensa a lista dos 18 jogadores que disputarão a fase final do Campeonato da Europa de Sub-19, que vai decorrer na Áustria. Marco Pinto, o jovem guarda-redes do Belenenses, marca presença entre os eleitos e, em consequência, entre as oito melhores selecções europeias da categoria. (fonte)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Curiosidades

Na foto vemos o nosso ex-jogador Fábio Januário, quando foi apresentado, há meses atrás, como novo jogador do clube iraniano FC Foolad, cujo treinador é o nosso ex-técnico Augusto Inácio. O avançado brasileiro, por quem sempre tive estima dada a sua dedicação e empenho nos jogos, não conseguiu evitar a descida da sua equipa à II Liga iraniana, apesar de ela ter tido apenas mais dois golos sofridos que o campeão, Saipa Teerão. Na próxima época juntar-se-á a Januário no Foolad Sandro Gaúcho.

Boa exibição de Mano na selecção sub-20

A selecção de futebol de sub-20 de Portugal, na sua estreia no Mundial da categoria, no Canadá, bateu ontem a Nova Zelândia por 2-0, com dois golos de Bruno Gama. O "nosso" Mano foi titular, cumprindo com mérito o lugar de defesa-direito. Decidido a defender, com bom toque de bola e objectividade a servir os colegas mais avançados, o jovem jogador comprovou as qualidades que na época passada os adeptos puderam verificar no jogo de Setúbal. Assim continue e poderá disputar a titularidade na equipa principal do nosso clube.

Avançado Roncatto ingressa no Belenenses

Com a discrição que já é sua imagem de marca, a SAD de "Os Belenenses" assegurou a contratação do internacional brasileiro Roncatto para a época que se vai iniciar. Contando já com umas impressionantes 49 internacionalizações, o jovem avançado, formado no Guarani (até hoje o único campeão brasileiro do interior), parece constituir uma indiscutível mais-valia para o plantel azul. Espreite aqui a pinta do craque.
O plantel conta neste momento com os seguintes elementos:
EQUIPA TÉCNICA:
Jorge Jesus (treinador), Raul José (treinador-adjunto), Figueiredo (treinador de guarda-redes) e Mário Monteiro (preparador-físico).
GUARDA-REDES:
Marco Gonçalves, Costinha e Marco Pinto.
DEFESAS:
Rodrigo Alvim, Amaral, Rolando, Nivaldo, Gonçalo Brandão, Carlos Alves e Devic (ex-Beira-Mar).
MÉDIOS:
Ruben Amorim, Mano, Silas, José Pedro, Cândido Costa, Sandro Moreira, Tiago Figueiredo, Gabriel Gómez (ex-Independiente Santa Fé, Colômbia), Fernando, Rafael Bastos (ex-Bahia, Brasil) e Hugo Leal (sem clube desde Janeiro deste ano).
AVANÇADOS:
Dady, Roncatto (ex-Ipatinga, Brasil), João Paulo Oliveira (Grémio Esportivo Glória, Brasil) e Mendonça (ex-Varzim).
O Belém aposta, definitivamente, em tornar-se uma presença habitual nos lugares cimeiros do campeonato: trabalho continuado com um treinador que já provou o seu mérito, manutenção da espinha dorsal da equipa e contratações de vulto.

Dady renova com o Belenenses

Quem diria que o jogador desengonçado que há uns tempos evoluía no Estoril viria a ser um dos melhores avançados da I Liga? Dady, com 12 golos no Campeonato e 3 na Taça, foi uma das revelações da época transacta e é com natural satisfação que os belenenses tomam conhecimento da renovação do seu contrato, por período não revelado.
Parabéns à SAD pelo sucesso e, claro, a Jorge Jesus, que soube polir o diamante em bruto. Agora há que manter o nível exibicional e impedir vedetismos da parte do jovem caboverdiano.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Futebol apresenta-se

Num dia em que várias equipas da I Liga (ou lá como é que se chama) se apresentaram, isto foi o que consegui encontrar na comunicação sucial relativamente à apresentação do nosso clube. Já referências à "alegre" cor do novo equipamento dos encarnados da Luz não faltam.
Coisas tristes à parte, os sócios que se deslocaram ao estádio puderam ver algumas das novas caras: Mendonça, João Paulo Oliveira, Rafael Bastos, Hugo Leal e Gabriel Gomez. Para mais tarde, Dervic, dois ou três reforços desejados por Jesus (incluindo um novo guarda-redes?) e, espera-se, a confirmação de Ruben Amorim e Dady na nossa equipa para 2007/2008. Ao contrário do anunciado, o extremo Fernando deve continuar no Restelo.
Jesus repetiu o discurso, que começa a ficar algo estafado, da dificuldade em fazer tão bem como na época finda. A prudência é desejável mas não se deve baixar as expectativas dos próprios jogadores, já para não falar dos adeptos, sempre exigentes. Enfim, Jesus já mostrou que consegue gerir as ânsias dos adeptos e responsáveis. Quantos de nós não ficaram aterrorizados quando o técnico considerou o empate caseiro com a Naval (no 50º aniversário do estádio!) como um bom resultado? É o seu estilo, que já deu provas.