segunda-feira, 31 de março de 2008

Disgusting

Por vários motivos não pude estar presente no Restelo, embora não fosse determinante um deles, a sensação de que poderia sair defraudado, atendendo por exemplo ao sucedido que o Pedro bem referiu, no jogo da primeira volta no Dragão (o tal fora de jogo recordista - o maior não assinalado nos últimos anos).
Ainda assim, tive a oportunidade de ligar a SportTV, já na 2ª parte, para ver como corriam as coisas. Lance pela lateral, Lizandro empurra Rolando e puxa-lhe a camisola, o árbitro nada assinala e, na sequência, jogada de grande perigo para a nossa baliza, protagonizada pelo dito. "Já vi tudo", pensei eu, e poucos minutos mais aguentei.
Vim a saber o resultado mais tarde e a conhecer as demais "peripécias" arbitrais através do vizinho CFBelenenses, bem como pelo artigo que o Pedro aqui postou.
Gamados, roubados, espoliados. Aliado a actos de delinquência ocorridos em Belém, mais fez parecer a coisa com a passagem de Vândalos e Alanos por estas nossas paragens. Enfim, visitas que não se desejam nem são bem-vindas.
Não sei se terá sido, como diz o Pedro, para auxiliar a equipa B (que em bom rigor nos seus próprios jogos não me parece ser especialmente beneficiada), ou se terá sido pelo mero capricho de marcar a festa para o próximo jogo no Dragão (o que pode parecer incrível, mas à custa do Belenenses tudo é possível, sem grande escândalo público).
É este tipo de coisas e de pessoas que fazem pensar se o futebol é mesmo para todos, ou se os honrados e civilizados só terão a ganhar se dele se afastarem... e da canalha que o domina.

Infelizmente, é o Belenenses. Imaginam se o Sr. Lucílio não tivesse marcado o penalti? Se calhar, pela sua saúde, integridade física e carreira, não terá ele feito senão bem?

Moral da história, até agora o único "grande" que se safou no Restelo fê-lo à custa do apito. Mas agora temos de pensar no resto, porque há muitos jogos para ganhar. E que tal se mais ninguém saísse do Restelo com pontos? Força Belém!

O gamanço habitual

O Belenenses, que já havia sido prejudicado no Dragão onde teria vencido por 1-0 não se desse o caso do bandeirinha - um qualquer aldrabão cujo nome não recordo - não ter visto um fora de jogo do Postiga do tamanho de um Airbus destes mais recentes, voltou a ser roubado em jogos contra o campeão em título, com uma grande penalidade inexistente extraordinariamente assinalada já para além do tempo de descontos por um interveniente cuja presença no Restelo se dispensava. Com efeito, e para além dos atributos naturais de Lucílio Baptista que passa por ser um dos mais habilidosos árbitros tugas (e um dos mais "admirados" por essa virgem tão séria quanto intocável que responde pela graça de Vítor Pereira), havia outro factor que hoje desaconselharia a sua nomeação: a proveniência. É que o cavalheiro é de Setúbal e ao Vitória desaproveitava naturalmente que o Belenenses pontuasse, mas enfim, neste luso futebol tudo se engole sem grandes considerandos.
Ora, com pontos arrancados desta maneira já cansa dizer o que quer que seja sobre os nossos jogos. Não há táctica, técnica nem profissionalismo que resistam a aldrabices. Aplausos para Júlio César - agrada-me dizê-lo, a mim que já aqui o critiquei. Esteve bem e transmitiu segurança, restando apurar o "golpe de vista" que já não é a primeira vez que quase o trai. Aplausos também para um excelente pontapé de Zé Pedro a merecer golo e para a oportunidade que, na sequência de uma óptima jogada, Weldon não deixou passar em claro. Não era má ideia exercer o direito de opção...
E pronto, a Europa ficou mais longe mas não é impossível. Três pontos no Estádio do Mar são bem capazes de inverter o meu cepticismo.

sábado, 29 de março de 2008

A Final Four já cá canta

Um Belenenses muito desfalcado foi à Sobreda vencer o Benfica por 31-16, com o regressado capitão João Uva - com uma força e concentração extraordinárias - a fazer a diferença, marcando só por si quatro ensaios que trazem para o Restelo mais um ponto bónus. Sendo assim, o Belém instala-se no terceiro lugar, ultrapassando o Benfica na tabela e somando agora 35 pontos, mais três do que os encarnados, pelo que o jogo deste sábado terá representado o tão desejado carimbo no passaporte para as meias-finais da prova.
A duas jornadas do final da fase regular, resta ao Belenenses uma deslocação ao Porto e a recepção ao Cascais, dois jogos em que a vitória está ao alcance dos azuis e em que a ausência de deslizes será suficiente para segurar o terceiro lugar. Veremos se é ainda possível algo mais em função dos pontos que eventualmente venham a ser atribuídos no âmbito do "processo Pedro Leal" mas, de qualquer modo, o primeiro objectivo já está conquistado: a Final Four está mesmo aí à porta!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Na hora do voto

Só hoje lobrigo disponibilidade para aqui alinhavar dúzia e meia de frases versando as eleições que este sábado elevarão o Engº Fernando Sequeira à categoria de novíssimo presidente do Belenenses.
E desde já abro o jogo: não vou votar. E não o farei porque se é certo que a candidatura não logrou por razões diversas convencer-me da sua bondade, também não entendo ser útil embarcar em catrastofismos antecipados - e não me parece que o candidato seja merecedor de uma espécie de "pré-moção de censura", mais que não seja pela disponibilidade manifestada. No fundo e independentemente das simpatias de cada qual, defendo o que defendi para os anteriores candidatos: justifica-se, no mínimo, o benefício da dúvida, o cerrar de fileiras em volta do Belenenses e, não menos relevante, a ausência de uma oposição sistemática e menos responsável. Acresce que, à semelhança dos seus antecessores, será credor da minha colaboração se algum dia, eventualmente, a entenda de alguma utilidade.
Num outro plano, lamento profundamente a ausência de alternativa com a consciência tranquila de para ela não ter contribuído. Essa ausência desaproveitou desde logo ao Clube, que assim deixou passar em claro um período de um mês que deveria ter sido propício à discussão de estratégias, de prioridades, de ideias. Foi pena. Uma vez consagrada a candidatura como única a apresentar-se à votação, não teve o Engº Fernando Sequeira a mais pálida necessidade de dizer ao que vinha e, sobretudo, de aprofundar o seu pensamento não tanto em matéria de finanças mas sobretudo em questões desportivas. Convirão os meus caros consócios que, na verdade, um jantar de apoiantes e uma conferência de imprensa no espaço de um mês são coisa pouca para dar a conhecer uma ideia de Clube.
Mas, mais grave do que o que antecede, há aqui algo que me assusta e esse algo é a relação com a imprensa. Ora, é sobejamente conhecida a minha discordância com o nosso consócio JSM - uma das pessoas que gosto de ler e que melhor pensa o Belenenses em convicção e coerência -, no que respeita à gerência de Cabral Ferreira; mas isso em nada impede que sugira a leitura atenta deste postal que, com mestria, coloca excelentes questões e dá que pensar. Não sei a quem aproveitam as notícias mas permito-me preocupação em voz alta: eu estranho que os jornais debitem diariamente notícias - pseudo-notícias, encomendas de alguém...? - que aparentemente não batem certo com as declarações "oficiais" do Engº Sequeira e que este, ao que se lê, nada diga, nada desminta, não dê um murro na mesa. Convenhamos que a insistência constante dos pasquins na redução do salário de Jorge Jesus (quando é amplamente conhecida a lista de interessados no técnico) é no mínimo incómoda e que as linhas dadas à estampa no Jogo de sexta-feira versando eventuais desenvolvimentos de uma auditoria evidenciam, a serem verdadeiros - e eu não quero acreditar que sejam! -, exactamente o contrário do que a candidatura vem proclamando. Enfim, resta acreditar que se trata de uma falta de hábito ao nível da relação com a imprensa desportiva que julgo que o presidente Fernando Sequeira se verá forçado a corrigir rapidamente.
Isto dito, importa esclarecer que quem quiser votar o poderá fazer no Pavilhão Acácio Rosa entre as 10h00 e as 22h00, nestes termos. Aproveito a ocasião para desejar ao Engº Fernando Sequeira votos dos maiores sucessos, sendo certo que os seus êxitos constituirão a nossa alegria. E permitam-me que o faça na pessoa do Dr. Jaime Vieira de Freitas, o único dos seus pares que conheço pessoalmente.
Queira Deus que daqui por 13 meses eu esteja profundamente arrependido de faltar à votação deste sábado.

Na caminhada para a Final Four

Este sábado, pelas 12h30, no campo da Sobreda [transmissão na SportTV 1], o Belenenses visita o Benfica em mais um jogo em que uma vitória pode determinar o apuramento para a Final Four do Campeonato Nacional. Mais uma vez, é um quinze desfalcado o que tentará repetir o êxito da primeira volta, desta feita prejudicado pelas ausências dos internacionais Diogo e David Mateus, Sebastião da Cunha e Pedro Silva - todos eles ao serviço da selecção nacional de sevens que se encontra em Hong Kong. Apesar disso, este desafio marca o regresso após castigo (cumprido) do capitão João Uva.
Em resumo, um jogo de elevado grau de dificuldade, positivamente decisivo em caso de vitória azul. Quem puder que marque presença na Sobreda!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Parabéns, Nelson

Nelson Pina foi considerado o MVP da final do Torneio de Lisboa em andebol, prova organizada pelo Passos Manuel e disputada este fim de semana no Pavilhão Municipal do Casal Vistoso. Derrotando no sábado o clube organizador por 40-21, a nossa equipa defrontou ontem o Sporting (vencedor do Benfica por 34-23) na final, perdendo, após prolongamento, por 36-34.
Embora dando oportunidade a jogadores normalmente menos utilizados, os dois técnicos não terão deixado de tirar ilações para o play-off entre ambas as equipas, que começa no domingo dia 30 (Pavilhão Acácio Rosa, 18h00), continua no Casal Vistoso no dia 2 (21h30) e, se necessário, terá um terceiro jogo, novamente no Restelo (dia 6, 18h00).
Espera-se rápida recuperação para os nossos lesionados: Bruno Moreira (o caso mais complicado), Pedro Matias, Pedro Gama e Pedro Neto.

domingo, 16 de março de 2008

Vitória suada

Escrevi há dias neste espaço, referindo-me ao jogo frente ao Onze Unidos para a Taça de Portugal em futsal, que «há que precaver o estímulo que este encontro dará ao adversário, para além da qualidade que o seu percurso no campeonato deixa antever». E, na verdade, foi tudo menos fácil a passagem aos quartos de final. Por culpa do adversário e por culpa própria.
O adversário, realmente, é uma equipa de grande valor, e não por acaso é sério candidato à subida ao segundo escalão. Alguns jogadores têm excelente técnica e são muito rápidos no contra-ataque. Já o Belenenses teve uns primeiros dez minutos de grande nível, facturando quatro golos e sofrendo um (aliás espectacular, de Barros). A partir daí assistiu-se à enervante troca de bola entre os nossos jogadores, na qual são exímios mas prejudicando sobremaneira o espectáculo. Momentos aliás recebidos com estrondosos assobios dos ruidosos (e numerosos) adeptos da casa (entre os quais alguns benfiquistas, que insultaram o nosso emblema). O 2-4 antes do intervalo não era tranquilizador.
A segunda parte foi ainda pior para o Belém, com perdas de bola, maus passes e enorme lentidão. Tendo o adversário pouco mexido no "cinco" era de antever a sua quebra física, no entanto a forma lenta como os azuis abordaram a etapa final manteve a genica do Onze Unidos que, já com guarda-redes avançado, reduz para 4-5 a menos de um minuto do final. Seguiram-se segundos de angústia perfeitamente evitáveis se os azuis tivessem tido outra abordagem ao jogo (e, já agora, se alguma das três bolas ao poste tivesse entrado). O empate seria justo prémio para a qualidade e entrega do Unidos, aliás reconhecidas com merecidas palmas por parte das centenas de adeptos azuis.
Os principais eventos da partida podem aqui ser analisados. O sorteio dos quartos de final é na próxima terça-feira.

sábado, 15 de março de 2008

Triste fado

E pronto, quando mais uma vez podemos dar o salto classificativo há algo que falha quase mecanicamente... Este fado de Coimbra é na verdade facílimo de resumir, dividindo a exibição - fraquinha - em duas metades: a primeira vai até à extraordinária expulsão de Cândido Costa, que só não é inacreditável porque eu, para ser franco, já acredito em quase tudo. Nesse período, de cerca de sessenta minutos, vimos um Belenenses apático e, estranhamente, com muitas dificuldades em conseguir transições ofensivas frente a uma equipa bem orientada mas que, em boa verdade, é muito fraquinha. Mesmo para um Belenenses em dia não exigia-se muito mais...
Já a segunda metade ocupa sensivelmente os últimos 30 minutos de jogo, mostrando um Belenenses que, não sendo muito melhor do que havia sido até então, foi pelo menos pragmático e objectivo em busca do ponto que representava o mal menor. Júlio César esteve bem.
Certo é que, se queremos verdadeiramente chegar de novo à Europa, temos que jogar bastante mais. Podemos até começar já por despachar, daqui por quinze dias, o campeão anunciado. Até porque menos do que isso torna o caminho difícil.

Quando se sente a falta d'Os Lobos

Um Belenenses onde me parece que poderão ter pesado em demasia as ausências dos internacionais Diogo Mateus e João Uva foi surpreendido no Restelo pelo Direito - nosso competidor directo no acesso à Final Four - que logrou vencer a partida por 33-22. Os visitantes entraram bem, muito auxiliados por uma estranha apatia que na primeira parte tomou conta dos nossos atletas, chegando aos 15-0 "sem espinhas" e com o contributo manifesto dos respectivos "Lobos". Na segunda parte, o Belenenses entrou bem e cedo deixou bem clara a vontade de dar a volta ao jogo, mas a distância que o marcador assinalava ao intervalo dificultava a tarefa. Para mais, duas penalidades não convertidas - uma delas de forma escandalosa... -, em nada ajudaram aos propósitos dos azuis. Eis um aspecto do jogo do Belenenses que me parece não andar especialmente famoso, visto que já na recepção ao CDUL as penalidades falhadas ditaram o resultado final.
Enfim, complicámos as contas do apuramento num jogo em que o poderíamos ter assegurado - mas nada está perdido. De resto, justifica-se, isso sim, um maior apoio dos sócios nesta fase decisiva da temporada. Pessoalmente, esperava hoje mais público no relvado nº 2 do Restelo, tanto mais que falamos de um dos poucos espectáculos - talvez mesmo o único! - a que estranhamente se pode assistir sem gastar um tostão que seja.
Duas notas finais: a positiva para Sebastião da Cunha, internacional de grande qualidade e que me pareceu um dos mais dinâmicos e inconformados atletas da casa. A negativa para o bandeirinha do lado da bancada - do árbitro parece-me não valer a pena falar -, cujo nome aliás desconheço: não é preciso ser entendido em rugby para distinguir uma disputa de bola de uma castanhada valente, ainda para mais quando tudo se passa a dois palmos do seu nariz.

Informação adicional: o Belenenses jogou sob protesto.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Rugby: rumo à Final Four!

É já este sábado, pelas 12h30 - transmissão em directo na SportTV que não dispensa forte presença no Restelo! -, que o Belenenses recebe o Direito em jogo a contar para a 11ª jornada do Nacional de Rugby. Trata-se de um desafio de enorme importância e que, em caso de vitória, por certo carimbará a passagem à Final Four de discussão do título nacional - e que bem nos ficaria somar o sétimo campeonato já este ano...!
À partida e de acordo com a convocatória, o Belenenses não poderá contar com o titularíssimo Diogo Mateus (por lesão), estando ainda em dúvida a utilização do capitão João Uva. Mais duas razões para dizermos presente, inclusivamente porque termina bem a tempo de dar um salto a Coimbra.

Vem aí o Onze Unidos

É já neste domingo pelas 16hoo, no Pavilhão do Casal Vistoso (Olaias, Lisboa), que se defrontam Belenenses e Onze Unidos para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal em futsal.
Encontram-se, assim, o líder da I Divisão e o líder da III Divisão Série C. A equipa da Portela derrotou na eliminatória anterior a Casa do Benfica de Barcelos (actual 7º classificado da Série A da III Divisão) por 3-4, ao passo que os azuis ganharam ao Vitória de Setúbal (III Divisão Série D) por 6-3.
Todo o cuidado é pouco nestes encontros, tanto mais que o adversário lidera a sua série com 14 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, tendo marcado 135 (!) golos e sofrido 62. Se Alípio Matos tem uma oportunidade para dar mais minutos aos jogadores menos utilizados há que precaver o estímulo que este encontro dará ao adversário, para além da qualidade que o seu percurso no campeonato deixa antever. Os mais curiosos podem consultar aqui a constituição do plantel do Onze Unidos.
Os bilhetes para os belenenses custam 5€ e podem ser adquiridos na secretaria do clube.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Os eixos prioritários da candidatura de Fernando Sequeira

Mais um excelente serviço público do Belém Até Morrer: desta feita foi publicado o discurso de Fernando Sequeira - próximo presidente do Clube - no encerramento de um jantar de campanha anteontem levado a cabo. Uma boa oportunidade de tomar contacto com os seis eixos fundamentais que governarão o Belenenses nos próximos 13 meses.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Tudo é possível

Frustração é o sentimento natural que por esta altura nos atinge. Mais uma vez e como tem sido recorrente nos últimos anos, a equipa falha no exacto momento em que é possível dar um salto de gigante. E desta feita, para baralhar ainda mais o quadro, nem sequer é possível dizer que os profissionais não lutaram até ao fim. Pelo contrário: entraram bem no jogo, não lhes faltou garra nem vontade de matar um borrego que já vai estupidamente longo e ainda tiveram tempo para sofrer mais uma partida da arbitragem, incapaz de observar (?) uma grande penalidade clara já na segunda parte. Acresce que apesar do adversário estar muitos furos acima do futebol que vinha mostrando na primeira volta, é claramente inferior ao Belenenses.
Sucede que nada disto explica os três golos sofridos, mesmo deixando de parte a infelicidade de Cândido Costa que só não acontece a quem não está lá dentro. Já os outros dois... no primeiro ainda estou para perceber o que raio pretendeu fazer o guardião; e no segundo, minha Nossa Senhora... sem comentários. Deixem-me lá ser teimoso, mas insisto no que já aqui escrevi uma mão cheia de vezes: quando o Costinha está apto, porque é que joga outro? Coisas do domínio do insondável...
E assim, sem grandes explicações lógicas, se verifica que nos últimos dois jogos em casa uma defesa segura tenha sofrido seis golos! Jorge Jesus, não tenho disso grandes dúvidas, acabará por desvendar o mistério.
Olhando a tabela, o Belenenses está (com ou sem os célebres seis pontos) completamente embrulhado no lote de equipas que luta pelo acesso ao sexto lugar - que de momento, e até prova em contrário, nos pertence -, ou mesmo ao sétimo, agora que há quatro interessados no acesso à UEFA via Intertoto. Pelo que tudo é possível, ainda mais possível quando a oito jogos do fim estão 24 pontos em disputa. Independentemente da derrota de hoje e tirando as brincadeiras a que temos sujeitado a defesa das nossas redes, não vejo razões objectivas que nos afastem de um rápido regresso aos palcos europeus. Assim a nossa equipa continue a mostrar a vontade que tem ultimamente colocado em campo e já lá estamos.

Vitória natural... e histórica

O título deste postal parece contraditório mas não é: atendendo ao percurso de Belenenses e Sporting no Nacional de Futsal deste ano a vitória dos azuis nada tem de inesperado; mas o que é certo é que ontem pela primeira vez a equipa da Cruz de Cristo venceu o seu rival em casa. Assim, no seu terceiro ano na I Divisão, o Belenenses finalmente bateu o Sporting no Restelo.
E teve a estrelinha que acompanha os campeões: após o empate relâmpago do SCP, com Deo (a exemplo do que fizera na época passada no nosso pavilhão) a semear o pânico na nossa defesa, o remate deste ao poste livrou os azuis de terem de recuperar de uma desvantagem.
E depois o dedo de Alípio, ao fazer entrar o experiente Drula: desde a saída de Cautela que o Belenenses tinha ficado apenas com o veterano capitão como referencial de maior experiência, algo que se afigura fundamental em momentos críticos de jogo; e Drula não defraudou, desfazendo a igualdade com um belo movimento técnico.
De resto, surpreendente só o primeiro golo consentido por Marcão, desculpável a quem nada se tinha a apontar em 14 jogos (nos três primeiros do campeonato foi Nuno Almeida o titular das redes). Marcelinho e Jardel foram os jogadores mais em destaque, lamentando-se que Paulinho não tenha jogado mais tempo pois a sua rapidez e técnica partem qualquer defesa.
Foi pena que a assistência, embora excelente para um jogo da modalidade, não tenha sido superior à registada no confronto contra o SL Olivais: se os adeptos adversários se representaram por pouco menos de uma centena, ainda assim se esperaria mais que 900 espectadores afectos ao Belém. Esta equipa, o espectáculo que proporciona e a perspectiva de dois possíveis títulos este ano mereciam mais atenção.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Eu mandava-os passear

A SIC(K), esse canal supostamente empenhado em divulgar o futsal e que prefere transmitir um Nogueirense-Benfica a um Belenenses-Freixieiro, decidiu alterar a data de transmissão do Belenenses-Sporting, inicialmente agendado para sábado às 15.20, obrigando à mudança para domingo pelas 15 horas.
E os clubes intervenientes acederam! Já é altura de acabar esta ditadura do pequeno écran; enquanto os clubes aceitarem ser o capacho das televisões não se podem queixar dos inconvenientes que causa ao público e aos atletas a realização de jogos a horas e dias impróprios, ou a mudança súbita da data da sua realização.
Já é altura de os clubes perceberam que sem eles não há espectáculo desportivo na televisão e que é esta que se tem de moldar aos interesses daqueles e não o contrário.
Eu mandava-os passear e... que transmitissem o Alpendorada-Benfica; quem sabe o clube duriense consiga repetir os 8-1 com que presenteou há três semanas o outro clube da Segunda Circular.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Grandes... em pequeno

Uma boa notícia da formação! Calhou no passado fim de semana estar de passeio na bela cidade de Tomar (profusamente adornada com Cruzes de Cristo desde há séculos), onde dei de caras com equipas do Belenenses preparadas para disputar o já tradicional Torneio Internacional Palmo e Meio.
Eram os nossos briosos jovens pertencentes ao escalão de Infantis e das Escolas (isto é, da Escola Matateu), mais a respectiva comitiva (técnicos, pais e adeptos), devidamente munida de material do nosso Clube.

Pois bem, concorrendo com Vincennes (França), Benfica, União de Leiria, SC Ferreira do Zêzere, Escola de Futebol de Tomar e União de Tomar (nossa filial, antiga delegação, salvo erro e se nada se passou de anormal entretanto), os nossos conquistaram o "caneco" nos dois torneios disputados, conseguindo o domínio completo. Uma demonstração de categoria!

Poderão saber mais neste simpático blog dedicado às Escolas, já por nós "linkado" anteriormente: Os Pastéis.

A rever

Coisas que me aborrecem profundamente:

Protocolo com o Balantas de Mansoa na área da formação

O Benfica e o Balantas de Mansoa, da Guiné-Bissau, assinaram hoje no Centro de Estágio do Seixal um protocolo relacionado com a área do futebol de formação. Os dois clubes decidiram fazer um protocolo depois da transferência do jogador Mamadou Djaló para a equipa de juvenis dos encarnados.

“Desde Outubro que decorriam conversas com o Benfica e chegamos por fim a um entendimento estabelecendo um protocolo. O Benfica vai ajudar-nos na estruturação da nossa escola de formação, com a presença de dirigente e técnicos nossos no Seixal e em contrapartida fica com o privilégio dos direitos de formação dos nossos jogadores”, disse à Lusa Mussa Baldé, secretário técnico do Balantas de Mansoa.

O responsável pelo clube africano anunciou também que o protocolo é valido por três temporadas e que o Benfica vai pagar 5.000 euros para ajudar a formação do clube, referindo que o entendimento é benéfico para ambas as partes. “Assim, de forma organizada, o Benfica recebe os nossos jogadores e depois do período de testes toma uma decisão.

Podem não ficar e serem colocados noutros clubes em Portugal ou mesmo regressar à Guiné, mas assim estamos no caminho certo para que tudo decorra de uma forma organizada”, explicou.

Mussa Baldé lembrou que o Balantas de Mansoa, filial do Belenenses, é um clube com tradição na formação de futebolistas, explicando que estão a actuar nos escalões jovens em Portugal oito jogadores oriundos dos seus quadros, em clubes como FC Porto, Braga ou Naval. “Existe muita potencialidade em África e os jogadores que temos em Portugal vão dar que falar no futebol português.

O Benfica tem sete jogadores oriundos da Guiné, apesar de não serem todos do nosso clube, e aconteceu mesmo um caso de um miúdo que foi emprestado ao Oeiras e que agora já regressou ao Benfica”, afirmou. A terminar, o responsável defendeu que é necessário “potenciar” os jogadores guineenses pois existe qualidade para conseguirem singrar em Portugal.

Nós não temos centro de estágio, protocolos (ou pelo menos muitos) nem apoios para dar às filiais. Não é que, como se pode pensar, não haja dinheiro. Ele há, desde há bastante tempo, mas tem sido gasto, não há dúvida. Em coisas mais importantes, seguramente. Oh, quantos 5.000 Euros se gastam...

Bem sei que Matateus há poucos (ou melhor, não há mais nenhum, mas faço-me entender), não se trata de nenhum maná... mas pura e simplesmente não estar lá...

terça-feira, 4 de março de 2008

Minuto de silêncio

O nosso amigo Miguel Amaral publicou aqui ao lado as imagens televisivas que testemunham o minuto de silêncio ontem vivido no Estádio da Mata Real em memória do presidente Cabral Ferreira. Para quem não teve ainda oportunidade de ver, recomenda-se vivamente. Quem já viu, nada perde em ver de novo. Obrigado, Miguel.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Força Belém


Não foi um "passeio no parque" (ou na Mata), como se esperava, e a emoção era muita.
De todos os minutos de silêncio, o nosso foi, muito naturalmente, o mais sentido e doloroso.
Tivémos felicidade, entre tantas contrariedades, mas esta tinha de ser nossa.
Vamos continuar a mostrar a nossa fibra, a garra do verdadeiro Belenenses!

Obrigado Jesus, Obrigado aos jogadores, estamos convosco na luta que acaba de começar.

BELÉM, BELÉM, BELÉM!

Conferência de Imprensa da SAD

Belenenses reage terça-feira:

O Belenenses reage esta terça-feira, em conferência de imprensa aprazada para as 15 horas, no Estádio do Restelo, à decisão da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional relativa ao «caso» Meyong. (...)
O clube do Restelo dispõe agora de sete dias para apresentar recurso no Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, razão pela qual a execução da decisão só será efectuada depois de transitar em julgado.

Belenenses perde 6 pontos

Como era previsível, a Liga entendeu pilhar ao Belenenses seis pontos. Mais do que o recurso que se segue e que certamente dará em nada, importa registar aqui o extraordinário timing do anúncio da decisão, a poucas horas de um desafio em que o adversário, em caso de derrota, passa a estar ainda mais condenado. Enfim, o futebol português no seu melhor:

A Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) já decidiu. O Belenenses foi castigado com a derrota no jogo com a Naval, por utilização irregular de Meyong, e viu-lhe ser subtraído ainda mais três pontos.
No total, portanto, o Belenenses perdeu seis pontos e vai baixar para o 10º lugar. Os azuis passam a contabilizar 23, curiosamente, os mesmos da Naval 1º de Maio, a equipa directamente beneficiada pelo imbróglio jurídico que envolveu Meyong.
Nuno Mateus, responsável pelo gabinete jurídico da Naval, confirmou à Agência Lusa que o emblema da Figueira da Foz já recebeu o acórdão da Liga que confirma a pena a aplicar ao emblema da Cruz de Cristo.
Meyong foi punido com uma partida de suspensão e 625 euros de multa.

Mais do que nunca, é importante cerrarmos fileiras em torno dos nossos profissionais. Força Belém, ganhando mais logo estamos de novo a quatro pontos da UEFA!

domingo, 2 de março de 2008

Comunicação do consócio Patrick Morais de Carvalho

Do consócio (e, "declaração pessoal de interesses", meu grande amigo) Patrick Morais de Carvalho, e respeitando ao acto eleitoral que se aproxima, recebemos o seguinte comunicado que transcrevemos na íntegra:

Solicitei, como é do conhecimento público, no passado dia 28 de Fevereiro de 2008 ao Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Clube de Futebol “Os Belenenses” o alargamento do prazo de apresentação das listas candidatas às eleições para a Direcção do Clube.

Fi-lo por um imperativo de consciência.

Durante as duas últimas semanas, e à medida que se perspectivava cada vez como mais provável o cenário de lista única, fui recebendo vários apelos no sentido de me candidatar.

No entanto, sempre entendi que havia pessoas com mais “responsabilidades” que as minhas que deveriam avançar com as suas ideias e programas no sentido de oferecerem uma solução alternativa aquela que solitariamente se perfilava.

Por razões diversas esses consócios não apresentaram os seus projectos e candidaturas.

Da minha parte, apenas à ultima hora se me tornou claro que a minha candidatura seria a única que poderia permitir o debate de ideias sobre o futuro do clube e uma alternativa que a massa associativa pudesse sufragar. Ao mesmo tempo, nessa altura, senti verdadeiramente o apelo das bases e uma energia clara por parte de figuras que respeito no Clube e que me manifestaram o seu apoio.

Por isso, pedi mais tempo, a quem de direito, no sentido de poder cumprir as formalidades exigidas pelos Estatutos.

Tal não foi concedido.

Todavia, não posso deixar de assinalar a boa vontade e cortesia demonstradas pelo Senhor Professor José Manuel Anes, digníssimo Presidente da Mesa da Assembleia Geral do nosso Clube, que tratou de todo o processo imbuído do mais elevado e nobre espírito associativo, pelo que, a ele e aos restantes membros da Mesa não poderá, em bom rigor, ser assacada qualquer responsabilidade pelo facto de haver apenas uma lista candidata.

Posto isto, nas últimas horas, fui surpreendido por vários telefonemas, inclusive de jornalistas, no sentido de apurarem se seria eu o responsável pela entrega ao Senhor Presidente da Mesa de um pedido de esclarecimento/impugnação relativamente à validade da lista apresentada pelo único candidato que se apresentou.

Sobre este assunto quero deixar bem claro o seguinte:


1 - Nada tenho que ver, directa ou indirectamente, com este pedido.

2 - Não me revejo em questiúnculas de baixa política e não estou, nem estarei, disponível para manobras desta natureza que apenas servirão para prejudicar a imagem e os verdadeiros interesses do Clube.

3 - Outrossim, um dos princípios basilares da minha putativa candidatura seria a pacificação interna do Clube, pelo que, à luz do mesmo princípio me oponho frontal e claramente contra esta tentativa de enfraquecimento de uma candidatura que legitimamente se apresentou para sufrágio da Assembleia Eleitoral.

Aproveito para desejar felicidades à futura Direcção do Clube no sentido de que consiga uma verdadeira comunhão entre a estabilidade financeira e os sucessos desportivos que todos almejamos.

Viva o Belenenses!

Patrick Morais de Carvalho, sócio nº 6406

sábado, 1 de março de 2008

Haja vergonha!

Que dizer de uma equipa que joga (?) tão mal, como a nossa de basquetebol? Que dizer de um jogo como o desta tarde frente ao Lusitânia (67-87), tão mal jogado?
Quando, no segundo período, os azuis começaram a defender com agressividade e, em consequência, passaram para a frente do marcador, parecia que iríamos assistir ao regresso às vitórias - e à garra. Puro engano.
Liderados por um treinador que pode saber muito da modalidade mas que parece não ter mais nada para lhe oferecer e que ainda aposta em nulidades absolutas como Anderson Ferreira e os dois pré-reformados Paulo Simão e Artur Cruz, os azuis mostraram uma indigência de jogo que faria corar de vergonha qualquer jogador com um mínimo de dignidade.
Acreditem que, para além de inúmeros lançamentos falhados (e tantos deles sem qualquer oposição defensiva do adversário) por todos os jogadores, de desatenção ou puro desleixo nos ressaltos, se pôde ver o referido jogador (?) brasileiro a tentar um afundanço fácil e a atirar a bola para... o banco.
O desnorte culminou com a presença em campo de três bases (autêntico!), no último período, que de resto não vi até ao fim pois abandonei o pavilhão indignado a 5 minutos do fim do jogo.
O basket azul precisa de uma varridela, a começar na equipa técnica e a acabar no plantel (onde só deveriam ficar Daniel Monteiro, Nuno Monteiro e Ailton Medeiros, entrando a rapaziada que actua no CNB1). Já chega de humilhações e ofensa ao emblema da Cruz de Cristo. Haja vergonha!