domingo, 30 de setembro de 2007

Dramas andebolísticos

Os jogos de andebol entre Belenenses e Benfica são frequentemente dramáticos, com incerteza no resultado até ao fim. Foi assim em 1994, quando um erro da equipa de arbitragem quase permitia ao Benfica empatar a partida nos últimos instantes e retirar-nos o título que veio a ser nosso; foi assim na época passada, com um livre directo a nosso favor no último segundo e a bola a embater na trave e no poste direito da baliza benfiquista e a não desfazer o empate no marcador; e foi assim também ontem, com Tiago Fonseca a ter o sangue frio suficiente para converter um livre de sete metros a oito segundos do fim, permitindo à equipa azul averbar a primeira vitória na edição presente da I Liga, ao cabo de três jornadas.
O destaque da partida vai para o nosso guarda-redes Hugo Figueira, que defendeu uma mão cheia de livres de sete metros. Os melhores marcadores do nosso lado foram Pedro Neto, Nelson Pina e Nicola Miricki, com 4 golos.
Ultrapassando com galhardia dois adversários - os salários em atraso (outro drama do nosso andebol) e um adversário complicado -, estão de parabéns os nossos rapazes, motivo permanente de orgulho para os adeptos belenenses.
Na próxima jornada deslocação ao recinto do Águas Santas, jogo com transmissão em directo na Sporttv (domingo dia 7, 16h05).

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Assembleia Geral Extraordinária é hoje

Convocatória: Nos termos conjugados dos Artigos 70º, 72º nº 1 e 76º nº 1 alínea a) dos Estatutos do Clube, convoco a Assembleia Geral Extraordinária a realizar no dia 27 de Setembro de 2007 (Quinta-feira), pelas 20.30 horas, no Pavilhão Acácio Rosa, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 – Discussão e aprovação da alteração ao artº 36º dos Estatutos do Clube.
2 – Nos termos do artº 84º do Estatutos, submeter à discussão e aprovação da Assembleia a concessão de autorização para a Direcção contratualizar com o PEC o pagamento faseado das dívidas à Segurança Social.

De acordo com o estipulado no Artº 73º dos Estatutos, se a Assembleia Geral não puder iniciar-se à hora marcada, por falta de número legal de Sócios, realizar-se-á meia hora depois com qualquer número de Sócios.

Lisboa, 10 de Setembro de 2007
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Profº José Manuel Morais Anes

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Portimonense, 1 - Belenenses, 1 (5 -4 após G.P.)

Onze inicial: Marco Gonçalves; Amaral, Rolando, Hugo Alcântara e Gonçalo Brandão; Gavillan, Silas, Rafael Bastos e Fernando; Evandro e João Paulo.

No banco: Tiago Schmidt, Rodrigo Alvim, Ruben Amorim, Weldon, Zé Pedro, Mendonça e Roncatto.

Incidências:
Cerca de 2.000 espectadores.
Com 20 minutos de jogo registam-se 6 remates, 4 dos quais a favor do Belenenses. AInda assim, o lance mais perigoso terá sido favorável ao Portimonense, com André Coelho a rematar um pouco por cima da barra.
23 min. - golo anulado ao Portimonense (fora de jogo correctamente assinalado).
31 min. - cartão amarelo a Emídio Rafael.
36 min. - o Belenenses dá mostras de querer pegar no jogo.
45 + 1 min. - intervalo. Segundo o Mais Futebol o Belenenses tem tido o controlo do jogo com Silas a evidenciar-se.
46 min. - recomeça. Weldon substitui Evandro.
57 min. - jogo prossegue sem grandes lances de perigo.
58 min. - cartão amarelo para Gabriel Gómez.
60 min. - saídas de Rafael Bastos e Silas; entradas de Roncatto e Ruben Amorim.
67 min. - GOLO DO BELÉM! Fernando!
71 min. - Weldon falha na cara do guarda-redes...
78 min. - cartão amarelo para Fernando
83 min. - GOLO DO PORTIMONENSE em falhanço incrível da defesa do Belenenses.
88 min. - aproximam-se as grandes penalidades...
90 min. - 4 minutos de compensação. Cartão amarelo para Hugo Alcântara.
90 + 4 min. - termina o tempo regulamentar. A eliminatória decide-se na marcação de grandes penalidades.

Penalties: Portimonense, 4 - Belenenses, 3 (Ruben, Roncatto, Gómez - falharam Rolando e Weldon)

Pobreza... tristeza

Ranking das assistências médias da Liga

1º FC Porto - 44 114
2º SL Benfica - 43 588
3º Sporting CP - 32 214
4º SC Braga - 18 427
5º V.Guimarães - 16 205
6º Leixões - 7 095
7º Académica - 5 108
8º Maritimo - 4 857
9º Boavista - 4 416
10º Nacional - 3 330
11º V.Setubal - 2 846
12º E. Amadora - 2 657
13º P.Ferreira - 2 337
14º U. Leiria - 2 210
15º Stª Clara - 1 982
16º Varzim - 1 928
17º Belenenses - 1 870
18º Vizela - 1 585
19º Trofense - 1 312
20º Gil Vicente - 1 194
21º Naval - 1 179
22º Beira-Mar - 1 151
23º Portimonense - 999
24º Rio Ave - 970
25º Freamunde - 964
26º Gondomar - 908
27º Olhanense - 880
28º CD Fátima - 740
29º Aves - 657
30º Penafiel - 592
31º Feirense - 578
32º Estoril - 399

Está bem que alguns clubes têm a conta inflacionada, quando ainda decorreram poucas jornadas, pois já receberam visitas de um dos três "estarolas". Ainda assim, é deprimente, porque nós não deveríamos precisar disso.

Isto sem deixar de olhar para o panorama geral, que é deveras patético. Assim vai o nosso futebol...

Dados da LPFP

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Serviço público


Esta não diz directamente respeito ao Belenenses mas, em boa verdade, também diz. Encerrado o capítulo da primeira participação num mundial de râguebi, a Selecção Nacional regressa a Lisboa esta quarta-feira no voo BLE 358 (Blue Line) proveniente de Toulouse, aterrando no aeroporto da Portela pelas 16h00.
Os Lobos fizeram a parte deles. Era bonito que também os adeptos fizessem a sua.

Ecos da Madeira & algo mais

Coisa estranha esta de um jogo de futebol do Belenenses sem televisão e, para mais, com relato apenas intermitente. Salvou-nos da penumbra informativa o magro resumo televisivo e o que nos chegou do nosso agente no Funchal, belenense ilustre que defendeu as nossas cores nas bancadas dos Barreiros. Diz-nos ele que o cansaço era evidente em algumas pernas (Cândido Costa e Hugo Alcântara, por exemplo) e que o esforço defensivo que Silas mostrou em Munique foi coisa que não se viu na Madeira. Zé Pedro voltou a deixar nota de que tem pés diferentes dos outros, mas sendo constante na sua habitual inconstância. Ainda assim, parece certo que o resultado é injusto e que o Belenenses esteve sempre dentro do resultado, convicção que no final dos 90 minutos era partilhada por convictos adeptos dos locais. Para o futuro mais próximo, importa rodar a equipa em Portimão porque domingo é para ganhar e, de preferência, sem espinhas.

No entretanto, surpreendo-me n' A Bola de hoje: relata a página 23 que a Naval 1º de Maio estabeleceu um protocolo com o Clube de Futebol "Os Balantas" de Mansoa, time da Guiné-Bissau que passa por ser a nossa filial nº 13. Estranho na minha ignorância que uma nossa filial no estrangeiro faça uma parceria com um adversário do Belém mas enfim, deve ser isto a globalização...

No mesmo jornal, diz-se que a Liga de Basket está falida e que, até ao momento e a acrescentar à falta de interessados, apenas quatro clubes fizeram prova do cumprimento dos requisitos. Nem de propósito, a página ao lado dá conta de falta de liquidez no andebol do Belenenses, com ameaças menos bonitas que o jornal atribui ao técnico João Florêncio. Por acaso calhou eu imaginar que até pode haver algo de comunicante entre as duas páginas, que no fundo poderão remeter mais para a estrutura e erros de organização do desporto português do que para a capacidade financeira do clube, mas nessa contabilidade não quero meter-me agora. Já me permito estranhar, isso sim, que nas notícias que li em parte alguma tenha observado que o jornalista tentou chegar à fala com o vice-presidente responsável, o meu muito estimado Vítor Ferreira.

Terminando: despedem-se hoje "Os Lobos" frente à Roménia (SportTV1, 19h00), mais uma vez com honrosa representação do râguebi belenense. Independentemente do resultado de mais logo, são já credores dos nossos mais do que merecidos parabéns.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Grande espectáculo de futsal no Restelo

Assistiu-se ontem no Pavilhão Acácio Rosa a um magnífico encontro de futsal entre as duas equipas que mais deram nas vistas na primeira jornada: Belenenses (9-3 em Pombal) e Sassoeiros (3-2 frente ao Sporting). O leitor que não assisitu ao encontro fique sabendo que o jogo foi trepidante, não havendo momentos de pausa, um ritmo diabólico que empolgou os cerca de quinhentos espectadores presentes (uma centena veio de Sassoeiros).
Ao contrário do que era hábito na época passada, não houve grandes alterações na equipa do Restelo ao longo da partida, sendo a formação-base constituída por Nuno Almeida, Pedro Cary, Maté, Jardel e Cautela. Pedro Cary confirmou a classe que o levou a ser convocado recentemente para a selecção nacional, Maté mostra ser um bom valor e Cautela tem consigo uma enorme experiência e classe. Nuno Almeida e Jardel são já valores seguros bem conhecidos dos adeptos.
Quem viu a excelente exibição da equipa do concelho de Cascais frente ao Sporting sabia que o golo madrugador de Jardel (aos 25 segundos!), num remate de meia distância que apanhou o nosso ex-guarda-redes Carlo de surpresa, não significaria uma tarde tranquila para as nossas cores. E foi o que se verificou.
Entrou-se numa fase de parada e resposta, com as equipas a defenderem com determinação, sendo a nossa penalizada pela dupla de arbitragem com faltas nem sempre evidentes, para o que também contribuíu a fita de alguns jogadores da Linha, a quererem ludibriar os árbitros. Destaque, nesta fase, para um remate espectacular do nosso ex-jogador Vilar ao poste esquerdo da baliza de Nuno, que se lançou num belo vôo. Um lance magnífico!
A seis minutos do intervalo a nossa sexta falta, inexistente, permitiu ao Sassoeiros tentar a sua sorte da linha de dez metros, felizmente sem sucesso. Logo de seguida, num lance que não nos pareceu para falta (mas a pressão dos nossos adeptos fez-se sentir sobre os árbitros), o Belenenses beneficia de uma grande penalidade, que Maté não desperdiçou.
Pouco mudou na segunda parte, com ataques de parte a parte, bons pormenores técnicos, velocidade e, mais uma vez, faltas só para um lado (quando atingimos a quinta falta o Sassoeiros ainda não tinha nenhuma!). O citado Vilar consegue reduzir, aumentando a pressão do visitante, que chegou a ser sufocante, com duas bolas nos postes. Na fase do desespero do adversário o nosso ex-capitão Pedro Caetano entra mal em jogo como guarda-redes avançado e Jardel, com muita calma, remata para a baliza deserta. Era o alívio para as nossas hostes. No último segundo o mesmo Jardel faz um lance idêntico, de mais longe, mas o apito final soou antes que a bola entrasse na baliza.
Foi uma vitória do querer, da determinação e da muita classe dos nossos jogadores. Ainda alinharam Paulinho (um bom reforço), o ex-júnior Ricardinho e Drula. Na retina ficou ainda um lance mágico de Cautela que, de costas para a baliza, faz uma rotação com a perna no ar e só não marca por muito pouco.
No final os quatro brasileiros (Marcão, Vinicius, Marcelinho e Diego Sol) impedidos de jogar por motivos burocráticos confraternizaram com os colegas. Para a semana são já uma opção para Alípio Matos. E logo numa deslocação bem difícil, ao terreno do SL Olivais. É pena que o encontro seja às 17h00, uma hora antes do encontro de futebol frente ao Paços, o que afastará muitos dos que ontem foram ao Restelo e incentivaram entusiasticamente a equipa, como há muito se não via. Mas nós lá estaremos no Casal Vistoso a apoiar os nossos bravos rapazes!

Não é de Braga!!!

É já conhecido o árbitro para o Portimonense-Belenenses que marca o arranque do Belém na Taça da Liga: Hugo Miguel, filiado na Associação de Futebol de... Lisboa. Recorde-se que o jogo se disputa quarta-feira, pelas 18h00, em Portimão e sem transmissão televisiva, tendo o clube organizado uma excursão para quem deseje acompanhar a equipa ao Algarve.

domingo, 23 de setembro de 2007

Derrota na Madeira

Todos os amantes do andebol azul tinham esperanças numa vitória (que seria a repetição do sucesso da época passada) no reduto do Madeira SAD. Infelizmente tal não sucedeu, tendo as nossas cores sido derrotadas pelo vice-campeão, por 33-32.
Embora o equilíbrio tenha sido a nota dominante, o clube da casa esteve quase sempre na frente. Destaque para a estreia de Hugo Figueira na baliza, resolvidas que estão as burocracias com a sua inscrição, para os seis golos de Bruno Moreira e Tiago Fonseca e para o relativamente fraco pecúlio de Nicola Miricki no seu regresso à Madeira (4 golos).
Todos não seremos demais com o nosso apoio aos nossos bravos andebolistas no próximo dia 29, pelas 18h00, no confronto frente ao Benfica.
(Consulte aqui a ficha completa da partida.)

Parabéns Belenenses!

Foi a 23 de Setembro de 1919 que, num velho banco de jardim da Praça Afonso de Albuquerque, nascia o Belenenses para desde então escrever uma história muito rica de 88 anos ao serviço do Desporto e de Portugal.


Para a posteridade, assim escreveu a dado passo Acácio Rosa:

Numa noite de fins de Agosto de 1919, num banco de jardim da Praça Afonso de Albuquerque, Artur José Pereira, o seu irmão Francisco Pereira, Henrique Costa, Carlos Sobral, Joaquim Dias, Júlio Teixeira Gomes, Manuel Veloso e Romualdo Bogalho, encetaram as primeiras démarches para a formação do "Belenenses". O Dr. Virgílio Paula e o Eng.º Reis Gonçalves foram as primeiras individualidades a serem consultadas a tal respeito e a darem o seu caloroso e valioso apoio à iniciativa. Outras reuniões de fizeram, mais adeptos surgiram, a ideia tomou corpo, e, em 23 de Setembro de 1919, sob o "apadrinhamento" de Afonso de Albuquerque, se resolveu em definitivo a fundação de um clube que agrupasse sob uma só bandeira todos os rapazes do bairro de Belém, amantes e praticantes de futebol e de outras modalidades, ao qual foi dado um nome que não deixa dúvidas quanto à razão da sua existência: Clube de Futebol "Os Belenenses".

Clique aqui para ver o programa completo das comemorações... e que toque o Hino! 'bora Belém!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Tudo em aberto!


64.000 espectadores in loco - e mais uns quantos milhões um pouco por todo o mundo - ficaram a conhecer o Belenenses e a saber que não estava o Emblema dos Rapazes da Praia na disposição de ir a Munique em passeio. Num jogo decidido com um único golo do matador italiano Luca Toni, aos 34 minutos, Jorge Jesus voltou a mostrar superiores conhecimentos e montou uma estratégia que por certo não constava dos muitos DVD's visionados pela equipa bávara, desenho assente em três centrais (com entrada de Devic para o onze) e muita segurança. À frente, os dois Evandros esperavam o apoio dos laterais ou do trio Ruben Amorim, Zé Pedro (quanto defendeu ele hoje!) e Silas. O sistema funcionou muito bem, embora com Paulista algo perdido em campo, com as estatísticas ao intervalo a darem ao Belenenses mais remates e 46% de posse de bola. Não estava mal. E se já não estava na segunda parte melhor ficou: o Belenenses deixou a ideia de que acreditava em algo mais e, a espaços, registaram-se momentos de boa posse de bola no meio-campo ofensivo, com tentativas de lançamento para as costas dos centrais e um remate em jeito de Roncatto superiormente defendido por Oliver Kahn - num lance que a ser golo teria calado de espanto os optimistas adeptos do Bayern.
Terminado o jogo, o site dos alemães mostra-se agora mais dado ao respeito. Embora procurando a carta da equipa ultra-defensiva, a crónica menciona uma equipa disciplinada e que é caracterizada como sendo "italiana" a defender e com toques sul-americanos a sair para o ataque. Não está mal visto. Muita curiosa é a completa alteração de postura, nomeadamente quando o cronista Chris Hamley regista com especial ênfase que na 2ª mão de Lisboa "um empate dá"...
Notas finais: Jorge Jesus e os craques azuis presentes na conferência de imprensa deviam dedicar o resultado - e sobretudo a exibição - aos muitos jornalistas portugueses que há quase um mês juravam a pés juntos que a goleada era o resultado mais certo. E de entre estes, sugiro que se guarde já a dedicatória da passagem à fase de grupos a esse vulto do jornalismo que, provavelmente ainda não refeito da triste figura da sua equipa em Milão, responde pela graça de Joaquim Rita.
Estão de parabéns os muitos azulões que se deslocaram ao Arena. Com efeito, foi perfeitamente perceptível na televisão a força do apoio que levaram de Lisboa.
E para terminar, não esquecendo que no domingo temos um jogo importantíssimo frente ao Marítimo, lembrar que é muitíssimo importante que no próximo dia 4 no Restelo, ao bater das 19h45, todos somos poucos para apoiar o Belenenses. É preciso que o Restelo seja de facto o 12º jogador capaz de empurrar a equipa para a frente tanto mais que, ao contrário da expectativa do comum dos mortais, não há vencedores antecipados, está tudo em aberto e o Belém pode perfeitamente passar esta eliminatória. Não é fácil, longe disso - mas assim se acredite. Já mostrámos ao mundo que não é impossível.

Pequeno apontamento

Breve nota, só para registar que Portugal "caiu para o nono lugar no ranking da UEFA depois do mau arranque na Liga dos Campeões, com duas derrotas e um empate". Fica dito, antes que os três clubes do regime se lembrem de chutar as culpas para a Taça UEFA...

"Little-known opponents"

Em vésperas da disputa, a imprensa alemã já teve oportunidade de irritar os nossos craques (o que de algum modo se agradece), e até mesmo Jorge Jesus que promete agora não haver lugar a tantas poupanças para domingo como aquelas que tinha inicialmente previsto. Associando-se assim à convicção dos adeptos vermelhos, os media alemães são apenas contrariados pelo técnico Ottmar Hitzfeld (e por alguns jogadores como por exemplo Schweinsteiger), que por saber como são as coisas é menos propenso a acreditar em grandes facilidades antecipadas. Apesar de assumir o natural favoritismo - "We're definitely favourites" -, acrescenta que "We mustn't take anything for granted. We can't expect to win UEFA Cup ties if we only give it 80 percent".
Desta última notícia publicada no site do Bayern - onde aliás é dito que o Belenenses - "little-known opponents" - "have no real European pedigree", trabalho de casa mal feito...! -, salta à vista uma curiosidade: além da "espionagem" realizada em Portugal pelo especialista Wolfgang Dremmler, o treinador do Bayern, com o intuito de saber mais sobre o Belenenses, contou com a preciosa ajuda de... José Mourinho. E se Hitzfeld teve a humildade de perguntar ao hoje tão badalado Sir José, a imprensa bávara bem podia ter ido fazer uns inquéritos de rua em... Leverkusen.

Que diferença...

Ao final do dia de ontem já tinham sido vendidos 58.000 bilhetes para o Bayern - Belenenses (ou, como disseram certos repórteres sobre os milaneses, 58.000 bilhetes para ver o Belenenses).
O clube bávaro conta vender hoje os restantes 8.000 bilhetes. A esta hora talvez já sejam muito menos...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A afinar o discurso para Munique

Conquistada a primeira vitória não é tempo de pensar em limitações ou dar largas a receios. Uma oportunidade destas é para mentalidades ganhadoras.
Costinha e Cândido Costa deram o mote para esta importante etapa (a duas mãos, é bom não esquecer).

Afirmou o nosso guarda-redes:

O Bayern é um dos grandes clubes mundiais, mas vamos entrar em campo para dar o nosso melhor. No futebol são 11 contra 11, depois tudo pode acontecer, é muito subjectivo. O espírito da equipa é o melhor, e isso é importante para estes jogos. Vamos descontraídos e preparados. Não podemos estar tensos (...).
Quem pensar que vamos ser goleados, está enganado. Se calhar, às vezes está-se à espera de uma coisa e depois sai outra. Temos a consciência de que vai ser um jogo difícil, mas vamos para lá para dar o nosso máximo. Temos uma excelente equipa e vamos fazer o melhor para o Belenenses (...).
No futebol há sempre quebras, mas eu não acredito que por ter empatado duas vezes consecutivas o Bayern esteja em baixo de forma. Quinta-feira, eles vão fazer o trabalho deles e nós vamos tentar fazer o nosso melhor e, acima de tudo, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance.

Por sua vez Cândido Costa, na véspera, falou com desassombro:
Este jogo não me tira o sono. Se aos 26 anos me tirasse o sono, depois de ter jogado onde já joguei, estaria na profissão errada. (...)
Deixa é o sentimento de que vamos jogar contra uma grande equipa e que podemos fazer história pelo Belenenses. Há muitos jogadores que passaram por aqui e não tiveram essa possibilidade. Neste momento, temos pouco a perder e muito a ganhar (...)
os primeiros minutos são fundamentais para acalmar e serenar os ânimos. A partir daí, e se sentirmos que somos capazes, que estamos com confiança e que conseguimos criar perigo, poderemos ter algo a dizer.
Quem conhece o nosso treinador sabe que não vamos jogar à defesa, com o autocarro em frente da baliza. Vamos ter cuidados, mas temos os nossos atributos."

Entretanto, o nosso Site Oficial já divulgou a lista dos convocados:
Guarda-Redes: Costinha e Marco Gonçalves .
Defesas: Cândido Costa, Amaral, Rolando, Hugo Alcântara, Devic, Weverson, Gonçalo Brandão e Rodrigo Alvim.
Médios: Rúben Amorim, José Pedro, Silas, Mendonça, Rafael Bastos e Fernando.
Avançados: Weldon, Roncatto, Evandro Paulista e João Paulo.

Em relação ao último jogo, realizado no Restelo, destaque para as chamadas de Costinha, Devic, Weverson e Rafael Bastos, saindo dos convocados, Tiago Schmidt e Gabriel Gomes.

Resta incentivar os nossos bravos que vão entrar no "Arena". Força Belenenses!

Árbitros para Munique

Árbitro - Stefan Johannesson (Suécia)
Árbitros auxiliares - Peter Ekström e Joakim Flink (Suécia)
Quarto Árbitro - Daniel Stalhammar (Suécia)
Observador UEFA - Orhan Erdemir (Turquia)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Empate amargo

(Nelson Pina, sob o olhar de Carlos Martingo, vai encetar um rápido contra-ataque, coroado com a obtenção de um dos seus dois golos.)

Foi com sentimentos contraditórios que ontem abandonei o pavilhão Acácio Rosa após o confronto contra o FC Porto na jornada inaugural da Liga Halcon, em andebol. Por um lado, a satisfação de ver (confirmar) a excelente equipa que temos, mais confiante e com um banco mais forte que na época transacta; mas, por outro lado, a frustração e a raiva por constatar que nunca a dupla que viajou da Madeira nos permitiria averbar uma vitória que seria mais que justa.
Não gosto de bater na tecla da arbitragem mas o encontro de ontem foi, nesse capítulo, mau de mais. A dualidade de critérios, fosse na avaliação do jogo passivo, fosse na marcação de faltas, foi por demais evidente. O cúmulo foi, no último minuto, a não marcação de um livre de sete metros por falta evidente sobre o nosso excelente pivot Bruno Moreira, que muito provavelmente selaria uma vitória nossa por dois golos e, na jogada seguinte, a marcação de sete metros, com o tempo esgotado, a favor dos portistas; Nelson Pina não faz falta mas, como se viu, o FC Porto não podia perder este jogo.
E assim vai o desporto em Portugal: profissionais seríssimos a trabalhar durante a semana, qualidade de jogo excelente, em suma um espectáculo desportivo que envergonharia 90% dos jogos de futebol neste país - mas uns senhores de preto apostados em inclinar o campo a favor de um dos lados.
João Florêncio escolheu assim o sete inicial: Vasco Ribeiro, o veterano que veio do Ginásio do Sul foi - por impedimento administrativo (estranho nesta fase da época) do titular das redes da selecção nacional Hugo Figueira - o nosso guarda-redes; os jogadores de campo eram: José João Rocha, Bruno Moreira, Francisco Seco, Tiago Fonseca, Pedro Spínola e Nikola Miricki. Francisco Seco, um excelente jogador mas que não costuma ser titular, foi a surpresa na equipa inicial. Ele, a exemplo de Pedro Spínola, denota maior confiança que no ano passado. O ex-júnior Rui Varela jogou a espaços e mostrou grande capacidade defensiva. José João Rocha esteve mais discreto, ao passo que Bruno Moreira fez um grande jogo, como é hábito, nunca se intimidando com a agressividade dos defesas portistas. Tiago Fonseca esteve seguro, ao passo que Miricki, em bom nível, desperdiçou ainda assim uns dois golos quase feitos. Nelson Pina fez quase toda a segunda parte mas falhou alguns lances, em dois deles por escorregadelas. Pedro Neto, com a habitual potência de remate, fez balançar a rede portista por cinco vezes e ainda falhou um par de ocasiões propícias. Ivan Dias e Pedro Matias jogaram pouco tempo. Tiago Santos, outro ex-Ginásio do Sul, não saíu do banco. Pedro Gama, inferiorizado por uma cotovelada que sofreu no torneio do Francisco de Holanda e que lhe partiu o nariz, não alinhou mas não faltou com o seu apoio à equipa.
Foi pena que a nossa vantagem, que chegou a ser de cinco golos e só foi desfeita em quase uma hora de jogo aos 24 minutos da segunda parte, não tenha perdurado. Era um prémio para a abnegação da nossa equipa e para os cerca de setecentos adeptos que aqueceram o ambiente durante todo o jogo.
A nossa equipa está aí para ganhar todos os jogos e custa-me a crer que haja outra a jogar melhor. Por isso, todas as esperanças numa excelente campanha coroada com a disputa do título até ao fim são legítimas.
(A ficha completa do encontro pode aqui ser consultada.)

De regresso às vitórias

Evandro Paulista e Hugo Alcântara carimbaram ontem uma vitória justíssima frente ao U. Leiria, três pontos de grande importância para que a equipa possa assegurar a desejável tranquilidade e confiança em vésperas de um ciclo de três semanas de assinalável exigência.
Ao contrário do que hoje é dito por alguma imprensa, o Belenenses não entrou mal no jogo e, mesmo sem jogar bem, teria muito provavelmente resolvido o assunto logo na primeira metade não fosse a habilidade - ou a falta dela...? - do bandeirinha do lado dos sócios que, mesmo à minha frente, conseguiu a extraordinária façanha de não ver um fora de jogo mais do que evidente. O costume, portanto, num trio comandado por Paulo Paraty - um dos "mais prestigiados" árbitros da 1ª categoria nacional o que por si só diz muito sobre o estado do sítio...
Falhadas as oportunidades de golo criadas (o Leiria também as teve), Jorge Jesus fez alterações importantes ao intervalo com a entrada de Evandro Paulista, mudança que veio dar vivacidade ao lado direito do ataque, ala em que é cada vez mais notória a capacidade de Cândido Costa fazer mossa nas defesas contrárias quando lhe é dada liberdade para subir no terreno. Creio que Jesus já se apercebeu disto. Em paralelo, registe-se a evidência de todos conhecida: o Belenenses cresce muito como equipa quando Silas e Zé Pedro metem o pé e entram com garra. A 2ª parte de ontem mostrou-o de uma forma especialmente nítida. Aliás, é interessante (e bom sinal) registar que um dos maiores receios que se sentiam antes do jogo não se verificou: o jogo de Munique, naturalmente presente na mente dos atletas, não foi sinónimo de poupanças evidentes, os jogadores deram mostras de querer virar o resultado mesmo que para isso fosse necessário correr riscos físicos e meter o pé.
No global e depois de uma exibição que havia já sido interessante em Alvalade, eis o bom resultado necessário num jogo que era mesmo para ganhar. Não se pense ainda assim que tudo é bom: a equipa ainda não joga como no ano passado, longe disso, embora possam estar agora reunidas as condições para buscar a sorte com mais confiança. E, não menos relevante, há trabalho defensivo por fazer o que se me afigura tanto mais importante quanto creio como válida a tese de que as equipas se montam de trás para a frente. Mas esta parte o mister resolve com o tempo.
Uma última nota: Jorge Jesus saberá como ninguém a razão das suas escolhas - nas quais tenho aliás inteira confiança - mas sempre avanço que nesta fácil tarefa de treinador de bancada não entendo porque não tem Mendonça lugar no onze titular. E quanto ao jogo jogado por aqui me fico, não sem antes acrescentar que não tenho a mais pequena dúvida de que os escolhidos para Munique vão deixar tudo em campo na quinta-feira, longe de entrar vencidos e dignificando como deve ser a camisola azul de Cruz de Cristo ao peito. Espero, isso sim, que tenham idêntica consciência da importância da deslocação ao Funchal no próximo domingo.
Isto dito, um remate final para fora das quatro linhas. Não estou por dentro da legislação que visa legalizar as claques tornando-as associações de direito privado e sei apenas o pouco que sobre isso vem nos jornais de quando em vez. Mas como acredito piamente que as claques podem ser uma mais-valia para o espectáculo, aquilo que vi ontem no Restelo - a Fúria Azul impedida de colocar na vedação as suas tradicionais faixas - parece-me especialmente absurdo, tanto mais quanto depois merece, como qualquer outra claque, acompanhamento policial. A quem está de fora, parece assim a modos que uma lei para inglês ver...

sábado, 15 de setembro de 2007

Entrada em grande no Nacional de futsal

Mesmo sem o quarteto brasileiro Marcão, Diego Sol, Vinicius e a estrela Marcelinho (o nosso melhor marcador na pré-época), ao que parece por problemas de inscrição, a equipa de futsal do Belenenses estreou-se no campeonato com uma impressionante vitória em Pombal, frente ao Instituto D. João V, por 9-3.
Num dos campos mais complicados da I Divisão (onde, na época passada perderam, por exemplo, Sporting e Freixieiro) a renovadíssima equipa azul deu espectáculo. Ao intervalo já vencíamos por 4-0.
A ficha do jogo pode consultar-se aqui.
Na próxima semana defrontamos o Sassoeiros, equipa recém-promovida que hoje derrotou o Sporting por 3-2 e onde evoluem o nosso ex-guarda-redes Carlo Cardoso e o nosso ex-capitão Pedro Caetano. Prevê-se um espectáculo em cheio!

Começa o nacional de andebol

É já amanhã, pelas 16 horas, que se estreia a nossa equipa sénior de andebol no campeonato maior da modalidade. E logo contra o FC Porto. Os nossos rapazes deram excelente conta de si na pré-época, derrotando Benfica, Sporting, Sp. Horta, Sp. Espinho, entre outros. Aparentemente a equipa não se ressentiu das saídas dos titularíssimos Humberto Gomes e João Pinto (ambos para o Sporting), parecendo até ter mais soluções, para além de um jogo mais rápido e variado, portanto mais imprevisível e difícil de contrariar pelo adversário.
A transmissão pela Sporttv é um reconhecimento de quão cotado é o nosso clube na modalidade mas não pode constituir desculpa para a não comparência em peso de sócios e adeptos. Com uma equipa de grande qualidade e, já agora, com novas e melhores condições no pavilhão, estão reunidas as condições para uma tarde em grande para os amantes da modalidade.

Bravos Lobos!


Em mais uma jornada histórica para o desporto português os nossos Lobos enfrentaram com bravura e brio a poderosíssima Nova Zelândia (a melhor do Mundo)!
Não só não foi batido o record da maior vitória (para os neo-zelandeses), como alguns antecipavam, como Portugal conseguiu um ensaio histórico, conseguido de forma extraordinária, com muita força e jogo de equipa.

Os nossos Diogo Mateus e Spachuk jogaram de início ao fim e foram sem dúvida dos melhores, enquanto João Uva ainda deu o seu contributo na última meia hora do encontro.

Mas reparem como o Site Oficial da competição resumiu o embate:

The All Blacks have defeated Portugal 108-13 after a tough match which saw moments of brilliance from the Lobos.

The Pool C match at Stade Gerland was far from one-way traffic, Portugal scoring a try and launching a series of testing attacks.

Que orgulho! Que bonita e emocionante a ovação final do estádio para a nossa equipa (a maior da tarde) e os gestos de admiração e respeito que nos prestaram os adversários! Eis como a BBC descreveu o momento:

The All Blacks embrace their opponents warmly, recognising a brave performance from Los Lobos that will live long in the memory for their players and fans.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A Arena de Munique

Não bastava ao Belenenses calhar-lhe em sorte o poderoso Bayern na primeira eliminatória da UEFA que, para a festa ser completa, teremos oportunidade de ver o Belém a mostrar o seu futebol naquele que é um dos mais modernos e fantásticos estádios do planeta. E com tantos azulões a caminho é sempre interessante sabermos um pouco mais sobre o palco que nos acolhe.


Uma vez escolhido o país de acolhimento do Mundial de 2006, os habitantes de Munique foram convidados a deliberar sobre o destino a dar ao velho - e já de si notável - Estádio Olímpico. E por uma maioria que rondou os 65%, decidiram não o remodelar antes criando um novo grande palco de raíz com capacidade para 69.901 espectadores. Foi na sequência dessa deliberação que em 2002 Franz Beckenbauer lançou a primeira pedra de um projecto que custou 340 milhões de euros e que viria a ser inaugurado em 2005 com um desafio entre o Bayern e o Munchen 1860, os dois emblemas a quem o recinto aproveita. Perderam os nossos adversários frente aos rivais equipados de azul! Será profecia?

Dispondo de uma zona comercial e de restauração de 6 mil metros quadrados e de uma zona VIP em dobro, a fachada do Arena é composta por 2.760 paineis independentes e ilumináveis (sendo que os de topo são transparentes para que permitam fazer chegar luz natural ao relvado). Este complexo sistema de iluminação idealizado pelos arquitectos Herzog e De Meuron é aliás um dos ex-libris do recinto, permitindo que o estádio se equipe por fora de vermelho, azul ou com as cores da bandeira nacional alemã consoante a equipa que o utilize. Tudo isto integrando oito pisos, dois dos quais destacados como parque automóvel. No interior, as bancadas dividem-se em três níveis cada um das quais a merecer diferente inclinação de cadeiras – que chegam a ter 34º no anel de topo. Lá em cima e atrás de cada baliza, um painel de vídeo 16:9 de cem metros quadrados. Um estádio que é um espectáculo que se integra no próprio espectáculo...


Diga-se por fim que o Allianz Arena – conhecido entre os locais como "Schlauchboot" (mais ou menos um colchão, em português corrente) – deve o seu nome mais conhecido a um acordo com a afamada seguradora, que garantiu o seu “naming” por 30 anos – embora na Taça UEFA ou na Champions League, por força das determinações regulamentares, tenha que assumir a denominação formal de München Arena. E isto apesar da administração do recinto oferecer a possibilidade de contratar a fachada para publicitar campanhas ou frases específicas através da iluminação selectiva das placas translúcidas. Quanto custaria mandar lá escrever no dia 20 um gigantesco “'bora Belém!”...?

Coisas práticas: para os azulões que se desloquem por conta própria e que queiram demandar o recinto de metro não tem nada que saber: é tomar a linha U6 com direcção "Garching-Hochbrück" e sair na estação "Frottmaning". E boa viagem, que até os comemos!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Na Europa dos grandes palcos

Faz hoje anos - foi a 12 de Setembro de 1989 em eliminatória disputada frente ao AS Monaco - que o Belenenses iniciou a sua participação na Taça das Taças, troféu que inicialmente se denominava "Taça das Cidades com Feira". E curiosamente, salvo uma breve passagem pela Intertoto já no mandato de Sequeira Nunes, não mais desde esse ano voltámos a pisar os palcos das grandes competições europeias. Até agora. Até esse já próximo dia 20 de Setembro que nos levará ao Munchen Arena (é assim que se chama em jogos da Taça UEFA) e ao encontro do Bayern. E apesar de acreditar que temos todas as condições para que o feito se volte a tornar um hábito, que sejam muitos os azulões em Munique! Não é todos os dias.
O Clube organizou para o efeito pacotes de viagem a partir de 490 euros e, em paralelo, irá sortear três viagens entre os sócios que venham a adquirir a quota suplementar referente ao desafio do próximo domingo frente ao U. Leiria. Mais um bom motivo para dizer presente... duas vezes!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

A fazer história do desporto português

"Orgulho em ser português", intitula bem o blogue CFBelenenses o seu post sobre a estreia absoluta da Selecção Nacional de Rugby na Taça do Mundo da modalidade.
E devemos estar bem orgulhosos porque é precisamente o orgulho nacional que motiva os nossos rapazes, como ficou bem patente antes e durante o jogo com a Escócia. São amadores, ninguém lhes poderia exigir nada (é como se o Lichtenstein tivesse chegado a um mundial, nessa perspectiva), mas eles dão o melhor de si e a própria imprensa britânica assim reconheceu.

Vale a pena vê-los e ouvi-los cantar o hino, considero que é um dos momentos mais marcantes da história do desporto português.

Felizmente também podemos sentir orgulho adicional em ser Belenenses, porque estão lá os nossos em força, a dignificar o Clube e uma modalidade com tradições douradas na nossa casa, dignificando assim também os que desde há décadas pugnaram pela sua vitalidade. A "escola de virtudes", como um dos nossos dirigentes já lhe chamou, continua a dar frutos e a gravar novas páginas de glória nos anais do Belenenses.

Bem hajam, João Uva, Diogo Mateus, David Mateus, Christian Spachuk e Juan Murré, que estão lá, mas também todos os que no Belenenses fazem desta uma modalidade de topo.

Um especial abraço também para o Rui Vasco, que com paciência e dedicação vai divulgando o nosso Clube e a modalidade. No Belenenses Rugby são dias de emoção, naturalmente!
E aqui fica a mensagem que nos enviou:


Chama-se David Mateus, é três-quartos ponta, e joga no Belenenses há muitos
anos... foi um dos cinco jogadores do nosso clube que alinhou contra a
Escócia, em St.Ettiene (quatro de início, mas o Juan Murré, que foi suplente
utilizado).

Vejam bem a emoção naquelas expressões. De cada um dos lados, adversários do
Direito, que ali são "irmãos" Lobos. Frederico Sousa, à esquerda, Pedro Leal
à direita.

Um abraço a todos
Rui Vasco

PS: Com "cheiro" a Belenenses (menos "intenso" neste caso) está também a Selecção de Basquetebol a desbravar novos caminhos. O próximo embate também é difícil, mas parece que por lá também já os conhecem como "guerreiros"...

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Deslocação ao Algarve

Sorteio da Taça da Liga:

Portimonense - Belenenses, jogo no dia 26.

Faz anos que calhou a fava ao Bayer

Faz hoje 19 anos que uma forte equipa alemã, vencedora da Taça UEFA na edição anterior, recebeu uma "modesta" equipa portuguesa e apanhou uma valente surpresa em casa e, 15 dias depois, saíu de Lisboa de mãos a abanar.
Lembro-me de quase tudo (o que a memória deixa), embora não pudesse ter estado presente em Leverkusen.

Aquela eliminatória na Alemanha, vi-a como muitos, na TV (quando a estação pública era mais pública). Não me recordo agora do nome do comentador, bem conhecido e salvo erro portuense (e muito provavelmente portista), mas quando o Adão centrou com peso e medida para o Mladenov marcar o golo da vitória, nunca mais esquecerei a sua sincera explosão de alegria.
Foi sem dúvida um momento grande... e até há pouco tempo podia constatar que amigos meus alemães - que não são do Leverkusen - ainda se lembravam desse "choque".

Sabemos muito bem que o Bayern de agora é uma equipa fortíssima, mais forte que o Leverkusen de há 19 anos... enquanto o nosso Belenenses tem mais semelhanças com o passado. Na altura Marinho Peres, agora Jorge Jesus, especialistas em fazer omeletes sem ovos.

Nestas circunstâncias costuma dizer-se que a equipa "inferior" tem "tudo a ganhar e nada a perder", significando que uma eliminação às mãos do Bayern deixa tudo na mesma, enquanto um desfecho contrário só trará glória e história.
Infelizmente, não é assim. Temos a perder se efectivamente perdermos mas mais ainda se não estivermos ao máximo nível e não tivermos a certeza que os bávaros precisaram de suar a sério - merecer a sério - uma eventual vitória (longe esteja ela).
Essa coisa de derrotas "más" e derrotas "boas"...

Não pensem as individualidades que lhes bastará umas habilidades para se tornarem famosos e cobiçados. A jogar com o Bayern, ou com muitas outras equipas alemãs, isso será um desastre - um desastre rápido e extremamente humilhante.

Dos alemães também sabemos que lhes é indiferente estarem empatados 0-0 aos 5 minutos ou a perder por 0-2 aos 89. Para eles, as hipóteses de ganhar são iguais e correm atrás delas até ao último segundo.

Por outro lado, comentava no outro dia "El Gavilán" à imprensa do seu país que, ao jogar com o Real Madrid, empolgou-o de sobremaneira a constatação que do outro lado também estavam "apenas" 11 jogadores, com dois braços e duas pernas cada um, etc.
Acrescento eu, tanto no Real como no Bayern há muitos que já jogaram em "Belenenses" dos seus países ou até, com grande probabilidade, em clubes bem mais modestos. De novo, a diferença está no jogo em equipa.

Por isso, esforçem-se, é a oportunidade de uma vida. Imaginam o que será chegar ao fim do dia 4 de Outubro no papel de "David"?
Mas lembrem-se, só a equipa pode ganhar, como um conjunto bem afinado, aguerrido e ambicioso!
Parece que já os estou a ver. Até os comemos!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Vitória do andebol na apresentação aos sócios

Esta noite a equipa sénior de andebol apresentou-se aos sócios do Beleneneses, cerca de duas centenas, que aliás puderam usufruir de novas condições no Pavilhão Acácio Rosa, dotado de cadeiras novas, algo que urgia dada a degradação e desconforto que o pavilhão tinha atingido.
Algumas caras novas, incluindo vários ex-júniores, e outros jogadores já conhecidos e apreciados pelos nossos aficionados do andebol, evoluíram em campo.
Inicialmente a nossa equipa alinhou com: Hugo Figueira, Pedro Spínola, Nicola Miricki, José João Rocha, Pedro Matias, Ivan Dias e Bruno Moreira. O adversário foi o Sporting de Espinho, equipa que na época passada nos roubou dois preciosos pontos, o que nos "obrigou" a defrontar o futuro campeão ABC no play-off dos quartos de final, em vez de outro adversário teoricamente mais acessível.
Início hesitante dos nossos jogadores, a defender deficientemente e a atacar com alguma precipitação, salientando-se nesta fase o gigante guarda redes dos tigres. O parcial de 3-5 surpreendia mas a nossa equipa não tardou a acertar. Com um Nicola Miricki inspiradíssimo, quase a fazer esquecer o nosso estimado João Pinto, o volte-face no marcador não tardou; o ex-Madeira SAD marcou por 6 vezes na primeira parte (dois golos de 7 metros). As combinações de ataque, por vezes bastante velozes, trocavam as voltas aos voluntariosos espinhenses, que num ápice viram o marcador disparar até ao 20-8 que se registava ao intervalo!
Nota-se o trabalho do nosso treinador João Florêncio, aparecendo a equipa com mais soluções de ataque que na época passada, fazendo jogadas variadas e por vezes imprevistas, incluindo uma belíssima combinação entre o veterano Pedro Gama (ex-Sporting), Tiago Fonseca e Tiago Santos (ex-Ginásio do Sul), estes dois últimos em suspensão! Foi um dos momentos mágicos da noite. Note-se que no último quarto de hora desta primeira parte o nosso opositor não marcou um único golo!
Na segunda parte os jogadores que não tinham saído do banco puderam, sem excepção, mostrar as suas qulidades. Muito naturalmente, o Sporting de Espinho aproximou-se no marcador, acabando a segunda parte por se saldar num parcial de 16-12, espelhando um equilíbrio apenas aparente, pois a rodagem do plantel coincidiu com um abrandamento do ritmo por parte dos azuis, que jogaram largos minutos com um único jogador com condições para ser titular: Nelson Pina, aliás em grande nível a distribuir jogo, marcando também alguns golos mas falhando também alguns golos feitos.
É injusto não referir todos os jogadores mas deixamos aqui umas notas sobre os que mais estiveram em destaque:
- Nicola Miricki: excelente tecnicamente, com grande impulsão, não faltando agressividade defensiva, promete ser o nosso goleador-mor. Uma contratação excelente!
- Hugo Figueira: mau início, deixando entrar alguns golos evitáveis, depressa melhorou; o adversário não deu para ver se fará esquecer Humberto Gomes.
- Pedro Spínola: parece ter crescido como jogador: falha menos remates e participa dinamicamente nas combinações atacantes.
- Bruno Moreira: a classe deste jovem pivot é inequívoca e só a cegueira do sueco que faz por ser seleccionador nacional é que o mantém afastado da equipa das quinas.
- Pedro Neto: tal como Spínola, parece mais confiante, falhando menos remates; não fez economia da sua potência de remate, para desespero do adversário (que até viu um seu jogador expulso por se opor em desespero a mais uma bomba do nosso jogador).
- Pedro Gama: o experiente jogador pode, com Pedro Matias, ser a voz de comando da experiência, que será fundamental em jogos a doer; não jogou muito tempo mas pôde mostrar a sua categoria e serenidade na condução do ataque.
- Ivan Dias e Tiago Fonseca: João Florêncio pode estar sossegado com a ala esquerda do nosso ataque, pois a qualidade de ambos é patente.
A juntar a tudo o que vai dito, nota-se um excelente espírito de grupo entre os jogadores, parecendo os recém contratados muito bem integrados.
A época promete!

Apresentação da equipa de andebol (actualizado)

Depois da vitória no I Torneio César Branco, organizado pelo Ginásio Clube do Sul, chegam-me notícias do Restelo, tratando do jogo de apresentação frente ao Sporting de Espinho: "que grande equipa que temos" é exactamente o que me é comunicado do outro lado, acrescentando um simpático parcial de 20-8 ao intervalo!

Actualização (21h36) - 29-13 a meio da 2ª parte.
Resultado final: Belenenses, 36 - Sp. Espinho, 20

(informações: repórter Flávio Santos no local)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Futsal promete!

36-5 é o saldo dos cinco jogos que a nossa equipa de futsal já disputou nesta pré-época. Quatro deles foram contra equipas de divisões inferiores mas o 5-2 frente à super-equipa do Benfica foi simplesmente espectacular, pelo resultado em si e pela demonstração de classe e garra de que a equipa deu mostras, quase banalizando o campeão nacional.
Com o brasileiro Marcelinho em grande, com 3 golos, a nossa equipa deu espectáculo, tendo arrecadado todos os prémios em disputa neste III Torneio Internacional Luz de Tavira, a saber: Taça de 1º lugar, Taça de melhor guarda redes para Marcão e Taça de melhor marcador e jogador do Torneio para Marcelinho.
De salientar que do cinco inicial constavam apenas jogadores contratados este ano: Marcão, Vinicius, Marcelinho, Maté e Diego, tendo ainda alinhado Pedro Cary, Paulinho, Jardel e Drula.
Hoje, pelas 20h30, os sócios e simpatizantes do Belenenses têm a oportunidade de ver no Acácio Rosa esta equipa que promete altos vôos em confronto com o Fundão.

Rumo a Munique

Do site oficial:

A Direcção do Clube está em negociações para disponibilizar os restantes lugares do charter de dia 19, viajando em conjunto com a equipa, com regresso após o jogo. Existe ainda a possibilidade de ser organizado um charter para dia 20 com regresso após o jogo.
Mais informações em breve.

domingo, 2 de setembro de 2007

O Xistrema

Uma das coisas que me merece habitualmente concordância nos escritos de Leonor Pinhão e Miguel Sousa Tavares nas páginas d' A Bola tem a ver com o seguinte: apresentando-se sempre como o bom da fita, vestindo estilo diferente que assente a um paladino da verdade desportiva quase elevado à categoria de anjo na terra, o Sporting é um dos clubes mais beneficiados pelas arbitragens apesar de passar a vida a espernear gritando o contrário. Dito à minha maneira e em português corrente: rouba tanto como os outros dois (ou mais...), pelo que talvez já se justificasse que a douta equipa da magistrada Morgado abrisse um "apito verde" que, estou certo, também teria muito que apitar.
Feito o intróito, deixem-se umas considerações sobre o jogo de Alvalade propriamente dito - isto, é claro, enquanto o senhor Xistra entendeu que poderia haver jogo. O Belenenses apresentou-se bem - até a vestir, com o equipamento com que deveria jogar sempre que possível! -, sabendo desde logo resistir a um dos pontos mais fortes do Sporting: os primeiros dez/quinze minutos de grande consistência com que normalmente tenta resolver rapidamente os jogos em casa. Passado esse período, e com Hugo Alcântara a estrear-se em bom plano apesar de não estar rotinado com os seus companheiros, o Belém - com Costinha seguríssimo - teve à sua disposição a melhor oportunidade de golo da primeira metade, aos 43 minutos, num tiro de Ruben Amorim que embateu na trave. Curiosamente, levava o jogo apenas quarenta segundos volvidos sobre o intervalo e é novamente o Belenenses a estar à beirinha do golo, com Zé Pedro a atirar de cabeça por cima da baliza. Dos 52 minutos em que Xistra permitiu que houvesse futebol, registo igualmente três ou quatro pontos específicos:

1. A inegável capacidade e garra de Gabriel Gavillán permite a Ruben Amorim aventurar-se no terreno, mesmo com a equipa a esboçar um 4x2x3x1; uma aposta de Jesus que me parece muito bem conseguida e que poderá vir a mostrar-se muito útil em momentos decisivos da época - nomeadamente em Munique.
2. A defesa azul voltou a mostrar-se em bom plano e a reafirmar que não haverá muitas equipas capazes de colocar o adversário em off-side com idêntica eficácia. E, sobretudo, parece-me que os laterais recuperaram a capacidade de subir no terreno, nomeadamente Alvim, o que inegavelmente fortalece o nosso jogo colectivo e a sua capacidade ofensiva.
3. Zé Pedro parece ter lugar cativo no onze, apesar de estar manifestamente abaixo das suas capacidades. Bem sei que é sempre útil nas bolas paradas onde poderá fazer a diferença, mas - para este treinador de bancada que assina estas linhas -, teria ficado no balneário ao intervalo.

E pronto. Corriam os 52 minutos quando o inevitável Liedson - um dos maiores vigaristas que já vi nos relvados portugueses -, de braço dado com o Xistra, resolveram terminar um jogo que vinha sendo interessante. Defraudando os 32.266 espectadores, o levezinho resolveu atirar-se para cima de Costinha - que vinha fazendo exibição irrepreensível -, e o árbitro, em consonância com o futebol português no seu melhor, não apenas apontou a marca da grande penalidade (superiormente defendida, duas vezes, por Marco Gonçalves), como resolveu expulsar Costinha quando, como é evidente, não só deveria ter marcado falta contra o Sporting como, em acrescento e conformidade com as leis do jogo, haveria de ter exibido um amarelo ao piscineiro lagarto. Ou seja: uma enorme vigarice que condiciona os restantes minutos sobre os quais nada há a dizer. A partir daí, os nossos rapazes foram uns heróis que quase "matavam o borrego" apesar das circunstâncias.
Dos tais 52 minutos, ficam boas impressões para o futuro numa equipa que está ainda em construção. Naturalmente, estas coisas levam o seu tempo mas creio que, descontando os Xistras deste mundo, há bons motivos para olhar o futuro com confiança.

sábado, 1 de setembro de 2007

Belenenses visto pelo site do Bayern

O site oficial do FC Bayern apresenta o nosso clube com algum detalhe neste artigo. Referindo que o clube se situa em Belém, bairro de Lisboa, anuncia de antemão que está na sombra de Benfica e Sporting. Fundado em 23 de Setembro de 1919, é a primeira vez que defronta o Bayern.
Mérito do articulista o de não resumir os nossos títulos ao campeonato de 1946 e às Taças de 1942, 1960 e 1989, mencionando os Campeonatos de Portugal de 1927, 1929 e 1933.
Fala-se na derrota na final da Taça do ano passado e no facto de o clube não se ter reencontrado nessa ocasião com os títulos do passado.
Não falta menção à despromoção não concretizada há duas épocas pela inscrição irregular de um jogador por parte do Gil Vicente.
«Como quinto classificado na época passada classificou-se o Belenenses, pela primeira vez desde 1989, para uma competição internacional», pode ler-se. «Ao contrário do FC Bayern, o Belenenses não teve esta época um bom começo. Após duas jornadas está em 14º lugar com 1-3 em golos e um ponto. Em casa joga no Estádio do Restelo, o mesmo nome do tradicional porto da capital portuguesa (sic!), com uma capacidade de 30.000 lugares, perto do Rio Tejo.»
Lembra o site que só uma vez o Belenenses fez sensação contra uma equipa germânica, no caso o Bayer Leverkusen (então o detentor da taça UEFA), derrotado nos dois jogos da primeira eliminatória por 1-0. Nessa altura jogava no Leverkusen o actual terceiro guarda-redes da equipa bávara: Bernd Dreher.
«No total dos dez jogos que disputou na Taça UEFA, o Belenenses conta com três vitórias, três empates e quatro derrotas e um saldo de golos de 8-11», conclui o objectivo articulista.
O confronto com os bávaros está longe de ser o ideal para equilibrar o saldo...