quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

No fechar do ano


1. Encerra 2008 com uma boa notícia: o Belenenses vai regressar a Angola onde, no fim de Janeiro, disputará um jogo de futebol no célebre Estádio dos Coqueiros - antigo Estádio Municipal de Luanda. A par do desafio, será assinado um protocolo de cooperação com o Clube Desportivo Kabuscorp do Palanca, cujas potenciais vantagens para o futebol do Belém, por evidentes, nem sequer precisam de ser elencadas. Tudo isto num país onde por certo há portas abertas na medida em que Paulo Kassoma, o primeiro-ministro, é - refira-se a título de curiosidade - adepto confesso do Belenenses.


2. Noutro plano, refira-se (com um dia de atraso) a passagem dos 80 anos de história do Rugby azul. Oitenta anos de uma história gloriosa de uma secção que luta pela desejável autonomia e que se comemoram com o quinze do Restelo na posse do título de Campeão Nacional. Uma boa prenda será uma vitória no próximo jogo da Divisão de Honra no qual - atenção belenenses do norte do país! - os azuis se deslocam a Lousada (sábado, pelas 15h00) para defrontar o CDUP, num jogo em que, após a turbulenta saída de Bryce Bevin, a equipa será orientada por Pedro Gonçalves, técnico dos Sub-20. Muitos parabéns à malta do melão!

3. Refira-se ainda, pela manifesta importância, que está online e disponível para consulta de todos os associados, o projecto de revisão dos Estatutos do Belenenses. Uma discussão muito importante e que merecerá, nos próximos dias, que aqui deixe algumas ideias soltas em forma de análise.

4. Por fim, nas vesperas do regresso do Belém à I Liga - é segunda-feira, em Braga, pelas 19h45 -, fica apenas o desejo: que o início de 2009 nos traga dois centrais de inegável categoria. Sendo assim, estou certo de que o que resta de época, que será difícil e de muito sofrimento, acabará por confirmar um Belenenses de primeira. A todos os que por aqui passam desejo um ano de 2009 cheio de sucessos e bem azul!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Votos de um Natal muito azul

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Vitória sofrida - à Belém!

Há muito que se não via um jogo tão emocionante no Restelo! Num confronto entre os dois últimos, era ao Belenenses que cabia a maior responsabilidade, para fugir à lanterna e para criar confiança no plantel, equipa técnica e nos sofridos adeptos. Adeptos que responderam presente, cerca de sete mil nas bancadas.
Jaime Pacheco, para desespero de muitos, incluindo eu próprio, voltou a insistir em Organista, mais uma vez uma aposta errada, que nos custou o primeiro golo sofrido e meia hora deitada à rua. O homem é mau de mais para ser verdade. E num plantel como o nosso como é que Wender pode ficar no banco? Ele é dos poucos com noção de jogo e com técnica apurada!
O Trofense veio na retranca e saíu beneficiado com dois golos, em boas jogadas, mas com falhas gravíssimas da nossa defesa, inadmissíveis numa equipa profissional.
Esperava-se o pior ao intervalo. A segunda parte começou em tom de velório, com as bancadas completamente em silêncio e com a Fúria a colocar do avesso o seu maior pano.
Mas Wender é Wender e, ao seu melhor estilo, assistiu Silas que cruzou para a esquerda, onde o batalhador Marcelo rematou em grande estilo. O jogo estava relançado e começou aí o espectáculo vergonhoso do anti-jogo trofense, com a total complacência de um árbitro do qual me recuso a escrever o nome.
Mas os azuis, empurrados pelo público, mostraram fibra e chegam ao empate num lance em que curiosamente intervêm os dois centrais, Arroz e Carciano, que tão mal estiveram em termos defensivos mas que ironicamente foram os maiores responsáveis pelo empate!
Nesta altura já nada parecia deter o Belém e foi com naturalidade e enorme euforia que o terceiro golo chegou, num remate de Gomez que atravessou toda a defensiva nortenha.
Até ao fim foi sofrer e o Trofense, conhecendo as deficiências do jogo aéreo dos nossos centrais, usou e abusou dos centros para a área - felizmente sem sucesso.
Vitória justíssima de uma equipa que continua sob brasas, que tem deficiências flagrantes no plantel mas que mostra garra e algum bom futebol que justificam um lugar a meio da tabela.

Análise individual:
Júlio César: sem culpas nos golos.
Cândido: lutador como sempre, cai em picardias desnecessárias; ontem beneficou da benevolência do árbitro em dois lances.
Carciano e Arroz: muito fraquinhos e complicativos, estes centrais. Têm empenho mas pouco futebol.
China: deu o litro e empurrou muitas vezes a equipa para o ataque, mormente num lance espectacular em que furou a defesa trofense e centrou para Vinicius, que acertou na trave.
Gomez: complicativo. Sabe fazer melhor. Valeu o golo.
Organista: total nulidade. Não sabe estar em campo, é indolente, parece arrastar-se e ainda perdeu bola a meio campo, não conseguiu dobrar Cândido e, na prática, ofereceu de mão beijada o primeiro golo do Ttrofense. Devia estar no topo da lista das dispensas este jogador que andou anos e anos na IIB de Espanha.
José Pedro: falta de empenho em alguns lances, técnica e visão de jogo noutros - a eterna contradição deste jogador que podia ter sido um dos melhores da sua geração.
Vinicius: sempre muito perigoso e empenhado. Nota bem positiva.
Silas: empenho não lhe falta mas falha passes em demasia. Noutros lances mostra inteligência e consegue empurrar a equipa para o ataque. Papel decisivo no primeiro golo.
Marcelo: com este jogador não há bolas perdidas, foi um mouro de trabalho e marcou um estupendo golo. O melhor dos azuis.
Wender: um grande jogador que sabe segurar a bola e fazer assistências excelentes. Fundamental na reviravolta.
Mano: passou despercebido.
Roncatto: no pouco tempo que esteve em campo ainda teve oportunidade de criar duas jogadas de ataque que mereciam melhor sorte. É um jogador com um enorme potencial, à espera de explodir.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Empate amargo em casa

Foi um Belenenses desinspirado que pudemos ver em acção na primeira parte do jogo desta tarde com o Alpendurada. Perante uma equipa muito arrumada na defesa e que pouco arriscou, os azuis suaram até à obtenção de um golão de Diego, para logo de seguida Jardel não libertar a bola na própria área, permitindo uma recuperação de bola em zona proibida. 1-1 ao intervalo e jogo algo incaracterístico.
Segunda parte muito diferente, com o Belenenses a entrar em força e Cary a facturar dois golos de grande categoria e de raiva. Seguiu-se um período em que os azuis falharam algumas oportunidades flagrantes para arrumar o jogo, esbarrando quase sempre em Alex, o talentoso guardião que jogava no Boavista na época passada.
É então que a equipa de arbitragem transforma um corte espectacular de Marcelinho em falta, não desperdiçando os marcoenses a ocasião para reduzir. Num momento o jogo virou completamente e o Alpendurada, ciente do seu valor, com paciência - nem se deu ao risco de jogar com volante - parecia convencido de que chegaria ao empate mais cedo ou mais tarde. Os azuis porfiaram mas ou a falta de pontaria ou a classe de Alex (ou o poste, num remate espectacular do inevitável Cary) foram mantendo a incerteza no marcador. Até que surge o empate, a dois minutos do final. Golpe cruel para os azuis, ainda mais porque um jogo que parecia controlado ficou de golpe aberto com a errada intervenção do árbitro Leandro Pinto da Costa (!).
Nos azuis, Miguel Ameida esteve desinspirado e Cary foi o grande homem da tarde, a par do habitual Marcão. O Alpendurada mostrou ter uma bela equipa (já há uma semana empatara 4-4 com o Benfica), estando a um ponto do último lugar de acesso ao playoff, ocupado pelo... Sporting. Alex (ex-Boavista), Côco (ex-Fundação) e o incansável Camarão foram os esteios de um adversário muito incómodo e que mostra como o futsal tem neste momento o campeonato sénior mais emocionante e equilibrado do desporto português. Pena que amiúde os juízes estejam bem abaixo desse nível.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Vamos dizer presente!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A brincar se vão dizendo algumas verdades



Créditos ao nosso amigo Miguel Amaral.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Excelente jogo de futsal

Pudemos ontem assistir no Acácio Rosa a um empolgante encontro de futsal entre Belenenses e Fundação Jorge Antunes, as equipas que repartiam a liderança (os vizelenses com um jogo a menos).
Primeira parte com sinal mais da Fundação, com uma excelente circulação de bola e processos mais simples. Os azuis enredavam-se com o esférico, nem sempre o libertando na altura certa e os remates que fizeram foram quase sempre sem força e à figura de Vítor Hugo. Alípio fez rodar o banco mas sem grandes resultados, até à igualdade estabelecida com mestria por Renato, a concluir uma bela jogada.
Segunda parte bem diferente, com o Belenense a entrar determinado e a fazer três golos (o 3-1, um frango de Melão) e a dar verdadeiro espectáculo, fazendo vibrar os 400 espectadores. Reacção da FJA, uma equipa realmente muita boa, que encostou o Belém à defesa e reduziu para 4-3, com culpas para Caio que fez uma desnecessária sexta falta, num lance a meio campo. Felizmente os azuis não se desorientaram, foram controlando a partida e alcançaram o quinto golo pelo inspirado Miguel Almeida, o nosso melhor marcador e sem dúvida também o nosso melhor jogador de campo neste momento. Destaque ainda para Marcão, que com várias defesas de elevado grau de dificuldade assegurou a vitória para as nossas cores.
Arbitragem razoável em termos técnicos mas sem critério a nível disciplinar, em prejuízo da equipa da casa.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

6-2-3-1

Comunicado da SAD do Belenenses:
O Belenenses reitera o repúdio em relação à arbitragem do jogo de sábado, com o Nacional, sentindo-se altamente penalizado com as decisões do árbitro Rui Costa, de resto, como a Comunicação Social em peso fez eco.
Um golo mal anulado, uma falta para livre directo à entrada da área adversária ignorada e, na sequência deste lance, uma mão clara que origina o terceiro golo do Nacional são erros a mais para poderem ser ignorados, até porque têm, obviamente, influência directa no resultado.
O Belenenses vai pedir uma reunião com a Comissão de Arbitragem e espera ser recebido já esta semana por Vítor Pereira, para lhe dar conta do enorme desagrado de como tem vindo a ser tratado e prejudicado em matéria de abitragem.
A presença de vários associados no aeroporo, na madrugada de domingo, serviu inclusive para dar mais força a esta tomada de posição, na sequência das palavras de conforto e estímulo que então foram dirigidas a jogadores, técnicos e dirigentes.
A SAD anda meiga... podia ter acrescentado, pelo menos e para não ir mais longe, um vermelho directo que ficou por mostrar a Mateus por entrada que em qualquer campeonato europeu civilizado significa agressão (como aliás creio que o Record registou e bem).
Registado mais um gamanço despudorado da arbitragem - seria interessante ouvir o aldrabão do Vítor Pereira sobre as acusações de João Barbosa no final da partida da Choupana -, importa registar que Jaime Pacheco tem de momento (e descontando os homens do apito contra os quais a verdade desportiva nada pode nos dias que correm), dois problemas sérios para resolver: o Belenenses tem que deixar de oferecer meio tempo ao adversário - são jogos a mais a sofrer 45 minutos sem necessidade -, e, não menos importante, o mister - resolvido que ameaça estar o problema dos golos marcados - tem que encontrar uma solução para os golos sofridos (admito que apenas em Janeiro), visto que a defesa é tudo menos sólida e já são jogos a mais a actuar apenas com lateral-direito (e adaptado). Amaral, Devic e Gonçalo Brandão davam jeito? Pois é(ra), sr. Sequeira...
Fica uma palavra de apreço para a maior parte dos nossos profissionais e também para Jaime Pacheco que teve a coragem de herdar um plantel inacreditável mas com o qual já teria dado a volta por cima não fossem as aldrabices que vão matando o futebol português - mais 5 pontos pelo menos, sendo meigo para a quadrilha do sr. Pereira. Eles sim, são homens dignos da sua profissão. É ao seu lado que estaremos face às finais que se aproximam a passo largo. Haja juízo em Janeiro e vamos fazer uma segunda volta muito competente, podem escrever!