domingo, 26 de agosto de 2007

Uma noite para esquecer

Não há muito a dizer do jogo de ontem no Restelo. O Sporting de Braga mostrou uma equipa com bons jogadores, tecnicistas e com capacidade de ir à luta, de antecipação, com leitura de jogo e sentido de oportunidade.
O Belenenses mostrou:
- um guarda-redes inseguro, sem se entender com os centrais; ainda assim fez boas defesas e só não evitou o segundo golo porque não teve o devido apoio dos defesas;
- dois laterais em má forma, em especial Alvim;
- dois centrais que não deram segurança: Rolando, a anos-luz da estupenda segunda volta da época passada, ofereceu o segundo golo, e Devic com os defeitos já aqui apontados em outras ocasiões: mau posicionamento, lentidão e, ontem, muita falta de inteligência no lance do penalti;
- três médios mais que macios, Silas, J. Pedro e Hugo Leal; a sua falta de agressividade - e de empenho no caso dos dois primeiros - facilitou a vida aos bracarenses;
- Ruben menos inspirado que o normal mas sempre com grande entrega;
- um Fernando perfeitamente anódino;
- João Paulo, como sempre, mais lutador que bom jogador.
- Mendonça e Roncatto fizeram renascer a esperança, pelo empenho, velocidade e qualidade (em especial do brasileiro) que denotaram;
- Jorge Jesus armou mal a equipa, não leu bem o jogo e, incompreensivelmente, continua a obrigar os adeptos a ver 90 minutos de Silas e José Pedro, actualmente duas completas nulidades. A assobiadela que ouviu quando mandou sair Ruben diz bem do estado de espírito dos adeptos e do fim do estado de graça do treinador amadorense.
Com o mau planamento que evocámos no texto anterior preparamo-nos para incorporar quatro brasileiros na equipa com a terceira jornada à porta e a UEFA não muito longe.
Ou me engano muito ou um campeonato tranquilo é o máximo que poderemos esperar este ano.
Referência ainda para a deplorável arbitragem de Bruno Paixão e auxiliares, com n maus julgamentos de lances, a maior parte em nosso desfavor. Bastante mal esteve, também, a Fúria Azul, insultando o clube Sporting de Braga e os seus adeptos, além de ter um menino mal educado ao megafone; ir a todos os jogos e incentivar a equipa não basta, há que perceber que o clube que apoiam é diferente e tem uma tradição de fair-play e uma maneira de estar no desporto que se não coadunam com o que ontem mostraram.