Empatas
Jogo decepcionante da nossa equipa esta noite na Figueira da Foz.
Alinharam pelos azuis: Costinha; Cândido Costa, Devic, Rolando e Rodrigo Alvim; Ruben Amorim e Gabriel Goméz (Hugo Leal, aos 63 m); Mendonça (Fernando, aos 55 m), Silas (Rafael Bastos, aos 73 m) e José Pedro; João Paulo Oliveira.
Desde cedo se percebeu que o forte vento que soprava no estádio dificultaria a tarefa da equipa supostamente mais tecnicista. Mas na verdade o que mais prejudicou o Belenenses foi a postura apática, de deixar andar, que deu mostras. Em contrapartida, a Naval jogou com muita atitude e garra, características que nos dois anos que já cumpriu na I Liga têm servido para compensar uma certa mediania técnica de boa parte dos seus jogadores. Sem Fajardo, agora em Guimarães, os navalistas contam com o ex-bracarense Davide, que foi um dos melhores em campo.
Do nosso lado, a combatividade de Mendonça contrastava com o alheamento quase chocante de José Pedro e Silas. Se são estes senhores que Jesus escolhe para sub-capitão e capitão, respectivamente, é um mau sinal que se transmite à restante equipa. De positivo, além de Mendonça, Ruben Amorim, como é hábito. O resto, um deserto. João Paulo luta muito mas joga pouco e não devemos ter sido poucos, durante a partida, a pensar em Dady e Roncatto. Devic é um central muito fraco: sem sentido posicional, péssimo no jogo aéreo, é um petisco para os avançados contrários.
Costinha defendeu três remates de meia distância, um deles imperfeitamente, e saíu muito bem a um remate que levava o selo de golo.
A entrada de Fernando (mas não para o lugar de José Pedro, que inexplicavelmente parece ter lugar cativo na equipa mesmo que nada faça para o merecer) não mexeu no jogo como o fez a de Hugo Leal que, nem sempre com acerto, conseguiu empurrar a equipa para a frente. Foi no entanto aquele que, com um forte pontapé na marcação de um livre, e beneficiando da deficiente colocação da barreira, viria a dar a vantagem no marcador à nossa equipa, aos 80 minutos; de forma bastante injusta, saliente-se. O esforçado Paulão, num lance em que aparece à vontade a cabecear para as redes, retirou-nos no já fatídico minuto 89 (Sporting, Real Madrid...) dois pontos que de todo não merecíamos.
Dois golos em dois lances de bola parada, num jogo de fraco nível, perante escassa assistência: uma imagem que reproduz aquilo que se passa em mais de metade dos encontros que se disputam no nosso campeonato.