segunda-feira, 28 de abril de 2008

Entretanto, na "secretaria"...

Anuncia-se para esta semana a decisão sobre o chamado "caso Meyong", bem como uma decisão sobre o "Apito Final", novela esta que diz respeito às tentativas de corrupção e demais actos dados como provados junto da justiça civil... que por si só estão sujeitos a penas pesadas à luz da regulamentação desportiva. Mas a este, já lá vamos.

Quanto ao caso Meyong, tenho uma "quase-certeza" e uma certeza. As boas notícias primeiro: a certeza que tenho é que o Belenenses tem razão em rejeitar ser punido com a subtracção de quaisquer pontos. É o próprio acordão da Comissão Disciplinar (CD) da Liga, curiosamente, que não deixa margem para dúvidas. Mais curioso é que a mesma CD tenha elaborado esse acordão vertendo decisão contrária (o que não deixa dúvidas quanto à inclinação do seu "colégio").
A má notícia é que, embora a Naval já não precise dos três pontos - novidade deste fim de semana - e embora nos assista razão, como referi acima, a decisão deste Conselho de Justiça da Federação pode muito bem ser-nos desfavorável. O Braga já pressionou, o Marítimo já pressionou, e agora já só falta o Vitória de Setúbal juntar-se ao peditório. Mais, um dos objectivos a conseguir pelo CJ é a isenção total de culpas da própria Federação, aliás decretada antecipadamente pelo próprio Presidente do organismo (!). Isto por si só não é um ponto necessariamente em nosso desfavor, mas será mais fácil "descarregar" tudo para cima do Belenenses.
Se assim fôr, aí está uma primeira oportunidade para a nova Direcção mostrar as "garras", isto embora o responsável pelas questões jurídicas se tenha mantido (Dr. Nélson Soares). É que, se aquele receio se confirmar, o Belenenses deve fazer seguir imediatamente um recurso para a FIFA. Será a única resposta admissível e já deverá estar preparada, presumo eu...

Quanto ao "Apito Final", vamos directamente ao que nos interessa, um Belenenses-Boavista disputado em 2004 - o tal que, salvo erro, João Loureiro chamou "de vida ou de morte". Curiosamente, nem terá sido a maior das roubalheiras executadas às ordens daqueles senhores no Restelo (mas enfim, foi o que se investigou, não já é mau).
E o que me leva a trazer este assunto foram uma declarações do Juiz Pedro Mourão sobre o caso, em que refere a possibilidade legítima de os clubes lesados virem a reclamar indemnização, forçosamente de natureza pecuniária (desportivamente já nada há a fazer).

Ou seja, fazendo um resumo do que temos "em secretaria", temos lutas pela frente, mas muito a ganhar e, sobretudo, muito que defender no que à imagem do Clube diz respeito. Com o "caso Mateus" acabou-se o clubezinho "bem comportado" e "simpático", há que prosseguir com a defesa intransigente e absolutamente prioritária dos interesses do Belenenses.