E a UEFA aí à porta
A fechar um fim de semana nada antipático - 3 meias-finais conquistadas em rugby, futsal e andebol -, a segunda-feira trouxe mais uma boa notícia para os nossos lados com o Belenenses a ultrapassar Sp. Braga e Marítimo, isolando-se no sexto lugar, o último que dará acesso à Taça UEFA (descontando um eventual bilhete, menos agradável, via Intertoto).
De Matosinhos, além dos três pontos, chegou um jogo atípico, em que o Belenenses deixou bem clara a quem a quisesse ver a razão da diferença pontual que separa as duas equipas na tabela. É, na verdade, uma diferença de categoria que tem que se lhe diga e que os primeiros 30 minutos fizeram por demonstrar à exaustão, culminando num golo de Weldon após "assistência" de um atleta da equipa da casa. O mesmo Weldon que, fazendo o segundo golo, embeleza a lista dos melhores marcadores da prova, agora na 4ª posição (a propósito: parece que é preciso exercer para breve o direito de opção, vamos a isso!). Ora, quando todos pensavam que o Belenenses tinha morto o jogo, Jesus comete um erro de leitura do jogo - coisa rara no nosso "mister"...! - que, associado à nossa tendência por vezes algo suicida de entregar totalmente o jogo ao adversário, nos veio a causar problemas provocando um desnecessário sofrimento. O Leixões nunca baixou os braços e veio por aí a cima, logrando nos momentos finais duas grandes penalidades - a segunda das quais absolutamente extraordinária, na linha daquela outra assinalada há oito dias no Restelo e que os árbitros tugas insistem em ver tratando-se do Belenenses. Menos dado a colaborar com os falsários (hoje foi Cosme Machado), Júlio César entendeu por bem defender os dois pontapés - e que defesa... aquela segunda! -, tornando-se assim num dos homens do jogo e começando a cimentar esperanças num futuro bem azul. Nome de Imperador já tem. Única vantagem da invenção da tal penalidade máxima: não permitir ao adversário argumentação consistente no que respeita a uma mão na bola dentro da grande área, coisa absolutamente despropositada de Hugo Alcântara, ainda na 1ª metade.
Partimos agora para a recta final da prova - faltam 5 jogos - com 2 pontos de vantagem sobre Braga e Marítimo, considerando que a justiça desportiva se envergonhará de secundar a tese do grande "regenerador" Hermínio Loureiro, que se permite lavar as mãos como Pilatos pilhando 6 pontos ao Belém, mais do que aqueles que evetualmente poderão vir a ser aplicados a outros em processos de corrupção e demais abordagens edificantes da prática desportiva. Se, como é admissível, imperar a falta de vergonha, o Belenenses está a 4 pontos apenas do tal 6º lugar, pelo que a meta continuaria a ser viável posto que ainda se encontram em disputa 15 pontos que a equipa, aliás, tem capacidade para conquistar. Assim os nossos jogadores disso se mentalizem e assim os trios de arbitragem deixem de inventar panalidades máximas nos minutos de descontos.
(Momento de fair-play habitualmente ausente dos nossos estádios: ao contrário da claque da equipa da casa, que, acompanhando um estúpido hábito que ultimamente dá cartas nos campos lusitanos se entretinha a insultar o nosso guarda-redes por cada vez que apontava um pontapé de baliza, eu respondo em moeda diferente; não tanto pelo que fez hoje mas pelo que vem mostrando desde o início do campeonato, é profundamente injusto que Beto - o keeper leixonense - não tenha ainda merecido da parte de Scolari uma oportunidade nos jogos de preparação da equipa nacional. Vestisse ele de verde e era titular indiscutível...)