Soube a pouco
Soube a muito pouco o ponto conquistado na recepção ao Vitória de Guimarães, com empate a um golo, sobretudo depois de uma entrada muito forte do Belenenses que, após o golo de Weldon, mais um, poderia ter resolvido o jogo sem grandes complicações. Deste modo, igualando o resultado obtido pelo Sp. Braga no Bessa, estamos obrigados a vencer no Estádio da Madeira e aguardar por uma escorregadela dos minhotos por forma a atingir a agora desejada Taça Intertoto.
Com sabor a pouco e sem pachorra para grandes crónicas, três ou quatro notas mais ou menos dispersas:
1. Os muitos problemas que os nossos profissionais tiveram que enfrentar ao longo da época, e que nem será necessário enumerar, mereciam que os belenenses, todos nós, lhes tivessemos prestado um merecido tributo no desafio de domingo. Foi o que aconteceu, e logo contra uma das equipas que mais gente arrasta nas respectivas deslocações. Pois mais uma vez tivemos uma boa assistência (e entusiasta) no Restelo - talvez dez mil pessoas? -, quando optando pela política de portas abertas. A política a seguir - quer parecer-me - não deverá ser a de abrir os portões mas lá que a coisa dá que pensar...
2. Mesmo na fila atrás de mim, bem perto da Fúria Azul, calhava estar um bando de quatro lagartos. Bem sei que são riscos inerentes à política dos convites oferecidos mas caramba, não haverá maneira de chutar estes convidados indesejáveis para a bancada do outro lado? É que só não deu chatice por muito pouco...
3. Ao intervalo, momento alto com justíssima homenagem aos nossos brilhantes campeões de rugby e às congéneres de voleibol. Que orgulho naqueles homens e mulheres, exemplos de amadorismo puro, de amor ao desporto e à Camisola Azul de Cruz de Cristo ao peito. CAMPEÕES, enfim!
4. Campeões que, na sua volta à pista, foram aplaudidos pelos muitos adeptos vitorianos que no topo norte abrilhantaram o espectáculo. Parabéns à rapaziada que viajou desde o berço da nacionalidade e que soube ser bem diferente daquelas massas adeptas dos três clubes do sistema, sempre prontas para estragar festas além de bens materiais. Parabéns aos vitorianos, desta tribuna vos desejo com franqueza a maior das sortes para as contas que se farão daqui por oito dias.