domingo, 20 de janeiro de 2008

O futsal azul (e português) na encruzilhada

Pois é, meus amigos, a ofensiva anti-desportiva contra o futsal do Belenenses prossegue. Após a lamentável prestação do setubalense Paulo Macau no jogo da semana passada, coroada com esta sacanice (não há termo mais meigo), tivemos ontem mais uma dupla que fez o que pôde para nos impedir de vencer a valorosa equipa do Instituto D. João V (que na época passada competia sob o nome Sporting de Pombal).
Um penalty inexistente, seis faltas no primeiro período - quando pelo menos duas não existiram - e um livre indirecto a poucos minutos do fim, quando vencíamos por 3-2, foram o contributo dos senhores de negro para aumentar ainda mais a descredibilização da arbitragem nesta modalidade.
Quanto ao jogo, começámos bem, com uma bola ao poste por Marcelimho e um golo de Jardel após brilhante jogada daquele, a que se seguiu o já habitual controlo de jogo, que na verdade não é controlo, pois defender uma vantagem de um golo não é boa táctica. Por isso temos sofrido desnecessariamente em muitos dos jogos contra equipas que nos são inferiores. Felizmente a garra da equipa azul parece inesgotável e mais uma vez conseguiu arrancar uma vitória nos últimos minutos. O coração dos adeptos do Restelo tem sido posto perante duras provas...
Após a saída de Cautela do plantel, por motivos profissionais, após o empréstimo dos ex-júniores Ricardinho e Magina, e com a suspensão de Maté por dois jogos, aos jogadores tem sido exigido um esforço acrescido, que se espera se reduza com a entrada em cena de dois reforços brasileiros que prometem.
A batalha do título está ao rubro. E após um começo hesitante a equipa da Fundação mostra que está na luta, tornando este o campeonato mais empolgante e incerto de sempre. Cabe à FPF fazer o que não tem cumprido: zelar pelo rigor das arbitragens e pela correcta aplicação das leis. Se esta época, por factores alheios ao aspecto desportivo, a luta voltar a ficar restringida à Segunda Circular, a modalidade sofrerá um rude golpe, na sua credibilidade e no investimento que clubes emergentes têm feito.