Notas sobre um fim de semana desportivo
Uma gripe violenta tem-me mantido arredio do bloganço, tendo o Pedro que carregar com a criança (na verdade, com duas!) ao colo.
Não queria no entanto deixar de alinhavar alguns apontamentos sobre acontecimentos desportivos recentes no nosso clube.
1) A nossa brilhante equipa de futsal, agora reforçada com dois brasileiros de grande valia e com um potencial craque luso, averbou mais uma vitória, desta vez no habitualmente difícil reduto do Sassoeiros. E pela primeira vez não sofreu golos. Beneficiando da para mim nada surpreendente derrota do Benfica (tirem o Ricardinho e o Pedro Costa àquela equipa e vejam o que é que a diferencia de um SL Olivais ou de um Instituto) frente a uma excelente Fundação, os azuis recuperaram os seis pontos de vantagem que detiveram já semanas a fio. Recorde-se que não é indiferente ficar-se em primeiro ou segundo lugar pois naquela situação disputa-se os jogos decisivos (segundo e eventual terceiro) do playoff em casa.
2) Mais uma derrota do basquetebol. Ao contrário de muitos dos poucos adeptos azuis da modalidade, não creio que a liderança do Prof. Silveira seja incontestável, por dois motivos: a equipa mostra com uma frequência inaceitável uma falta de concentração em pelo menos um dos períodos de jogo, que regra geral compromete a vitória; por outro lado, a insistência em jogadores (Paulo Simão e Artur Cruz) já entradotes e em fim de carreira (portanto, sem grande motivação - o que faz lembrar a nossa equipa de futsal do ano passado) em detrimento dos jovens Nuno Monteiro, Bruno Tomé e outros parece suicida - seja no curto seja no médio / longo prazo. Para lá do problema técnico há a questão da competição: tendo uma valorosa equipa de esperanças no CNB1 e obrigando a Liga a condições financeiras dificilmente sustentáveis, pode-se legitimamente perguntar se não seria desejável fundir os dois planteis, mantendo um ou no máximo dois americandos e competir na Proliga, onde participam equipas de grande tradição como Benfica, Queluz, Seixal, Illiabum, Atlético e o emergente Vitória de Guimarães.
3) Ultimamente muito crítico das prestações dos nossos jogadores de futebol e da liderança técnica, faço questão de deixar aqui o meu apreço pela actuação de ambos na deslocação a Braga, onde quase banalizámos uma equipa normalmente mais consistente que a nossa, mostrando qualidade técnica e uma personalidade elevadas. Quanto ao resultado, continua a faltar o "golpe de asa" que evocava o poeta, no caso o golo que arruma a questão. Jogar bem não basta e este é o quinto empate que o não deveria ter sido: dez pontos desperdiçados, em suma.