Parabéns Belenenses! 89 anos com os olhos postos no futuro...
Foi neste simples banco de jardim da Praça Afonso de Albuquerque que, passam hoje 89 anos, um grupo de rapazes da praia - sob o comando dessa enorme figura do futebol que foi Artur José Pereira -, ousou criar grandeza a partir do nada, desafiando ao mesmo tempo os poderes desportivos já então instituídos. Assim nascia o Clube de Futebol "Os Belenenses", que entretanto, com enorme vontade e retirando das adversidades trunfos, se fez Senhor de uma História ímpar no quadro do desporto português. Uma História que bem conhecemos e que tanto nos orgulha, recheada de páginas gloriosas e de outras tantas dificuldades, momentos que supostamente deveremos aproveitar para aprender e corrigir, dando a volta por cima e evitando novo erro. Ora, com mais ou menos problemas que se foram atravessando no nosso percurso, certo é que os que já partiram - e os menos novos que felizmente ainda se encontram entre nós -, nos legaram esta marca distintiva de carácter, de fidelidade e de coragem: o Clube de Futebol "Os Belenenses"!
Pois que é nosso dever - inalienável e sem admissão de desistências! - transmiti-lo aos mais novos, aos nossos filhos; e, não menos relevante, devemos deixar um Belenenses, no mínimo, igual ao que herdámos. Sejamos claros: uma falha neste capítulo deve fazer - a todos nós, os belenenses do séc. XXI - com que coremos de vergonha; porque de outro modo não seremos dignos herdeiros do espírito inquebrantável que caracterizava os nossos fundadores.
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No entretanto, entendeu o destino que celebremos este 89º aniversário em plena "crise directiva" (que não é só directiva, mas antes mais ampla) divididos e com inúmeras feridas por sarar. Somos hoje poucos, é certo, somos pelo menos muitos menos do que mandaria a lógica e uma História gloriosa de praticamente nove décadas. Sucede que apesar de sermos poucos, não creio que nos falte massa crítica - e a quantidade de pessoas que diariamente dá prova de se preocupar com a vida do clube aí está para o demonstrar à exaustão. E se assim é, o que então talvez nos falte - a todos, que nesta matéria ninguém está provavelmente isento de culpas -, é a humildade suficiente para que se reconheça que, se é certo que todos temos as nossas razões (e convicções), há algo muito mais importante que a todos une e que facilmente identificamos: quando entra em campo aquela Camisola Azul de Cruz de Cristo ao peito nós gritamos, nós torcemos, nós vibramos, nós sofremos.
O problema está, então, fora das quatro linhas: notem que não peço unanimidades nem o abandono da legítima opinião de cada um - nem estaria no direito de o fazer, até porque, a meu ver, há feridas fundas que o desaconselhariam. Peço apenas que todos acreditem que o retomar dos caminhos da grandeza é possível, peço algum bom-senso, um nadinha de justiça e uma firme vontade comum de levar o barco a bom porto - mesmo que para isso todos tenhamos que ceder um pouco. Porque se alguma dúvida eu não tenho é a de que quantos mais remarmos para o mesmo lado, mais fortes seremos.
Às vezes pergunto-me o que pensariam aqueles valorosos rapazes da praia se um destes dias aterrassem no Restelo.
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O Programa das Comemorações oficiais está disponível aqui.
Pois que é nosso dever - inalienável e sem admissão de desistências! - transmiti-lo aos mais novos, aos nossos filhos; e, não menos relevante, devemos deixar um Belenenses, no mínimo, igual ao que herdámos. Sejamos claros: uma falha neste capítulo deve fazer - a todos nós, os belenenses do séc. XXI - com que coremos de vergonha; porque de outro modo não seremos dignos herdeiros do espírito inquebrantável que caracterizava os nossos fundadores.
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No entretanto, entendeu o destino que celebremos este 89º aniversário em plena "crise directiva" (que não é só directiva, mas antes mais ampla) divididos e com inúmeras feridas por sarar. Somos hoje poucos, é certo, somos pelo menos muitos menos do que mandaria a lógica e uma História gloriosa de praticamente nove décadas. Sucede que apesar de sermos poucos, não creio que nos falte massa crítica - e a quantidade de pessoas que diariamente dá prova de se preocupar com a vida do clube aí está para o demonstrar à exaustão. E se assim é, o que então talvez nos falte - a todos, que nesta matéria ninguém está provavelmente isento de culpas -, é a humildade suficiente para que se reconheça que, se é certo que todos temos as nossas razões (e convicções), há algo muito mais importante que a todos une e que facilmente identificamos: quando entra em campo aquela Camisola Azul de Cruz de Cristo ao peito nós gritamos, nós torcemos, nós vibramos, nós sofremos.
O problema está, então, fora das quatro linhas: notem que não peço unanimidades nem o abandono da legítima opinião de cada um - nem estaria no direito de o fazer, até porque, a meu ver, há feridas fundas que o desaconselhariam. Peço apenas que todos acreditem que o retomar dos caminhos da grandeza é possível, peço algum bom-senso, um nadinha de justiça e uma firme vontade comum de levar o barco a bom porto - mesmo que para isso todos tenhamos que ceder um pouco. Porque se alguma dúvida eu não tenho é a de que quantos mais remarmos para o mesmo lado, mais fortes seremos.
Às vezes pergunto-me o que pensariam aqueles valorosos rapazes da praia se um destes dias aterrassem no Restelo.
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O Programa das Comemorações oficiais está disponível aqui.