Vitória natural... e histórica
O título deste postal parece contraditório mas não é: atendendo ao percurso de Belenenses e Sporting no Nacional de Futsal deste ano a vitória dos azuis nada tem de inesperado; mas o que é certo é que ontem pela primeira vez a equipa da Cruz de Cristo venceu o seu rival em casa. Assim, no seu terceiro ano na I Divisão, o Belenenses finalmente bateu o Sporting no Restelo.
E teve a estrelinha que acompanha os campeões: após o empate relâmpago do SCP, com Deo (a exemplo do que fizera na época passada no nosso pavilhão) a semear o pânico na nossa defesa, o remate deste ao poste livrou os azuis de terem de recuperar de uma desvantagem.
E depois o dedo de Alípio, ao fazer entrar o experiente Drula: desde a saída de Cautela que o Belenenses tinha ficado apenas com o veterano capitão como referencial de maior experiência, algo que se afigura fundamental em momentos críticos de jogo; e Drula não defraudou, desfazendo a igualdade com um belo movimento técnico.
De resto, surpreendente só o primeiro golo consentido por Marcão, desculpável a quem nada se tinha a apontar em 14 jogos (nos três primeiros do campeonato foi Nuno Almeida o titular das redes). Marcelinho e Jardel foram os jogadores mais em destaque, lamentando-se que Paulinho não tenha jogado mais tempo pois a sua rapidez e técnica partem qualquer defesa.
Foi pena que a assistência, embora excelente para um jogo da modalidade, não tenha sido superior à registada no confronto contra o SL Olivais: se os adeptos adversários se representaram por pouco menos de uma centena, ainda assim se esperaria mais que 900 espectadores afectos ao Belém. Esta equipa, o espectáculo que proporciona e a perspectiva de dois possíveis títulos este ano mereciam mais atenção.