segunda-feira, 31 de março de 2008

O gamanço habitual

O Belenenses, que já havia sido prejudicado no Dragão onde teria vencido por 1-0 não se desse o caso do bandeirinha - um qualquer aldrabão cujo nome não recordo - não ter visto um fora de jogo do Postiga do tamanho de um Airbus destes mais recentes, voltou a ser roubado em jogos contra o campeão em título, com uma grande penalidade inexistente extraordinariamente assinalada já para além do tempo de descontos por um interveniente cuja presença no Restelo se dispensava. Com efeito, e para além dos atributos naturais de Lucílio Baptista que passa por ser um dos mais habilidosos árbitros tugas (e um dos mais "admirados" por essa virgem tão séria quanto intocável que responde pela graça de Vítor Pereira), havia outro factor que hoje desaconselharia a sua nomeação: a proveniência. É que o cavalheiro é de Setúbal e ao Vitória desaproveitava naturalmente que o Belenenses pontuasse, mas enfim, neste luso futebol tudo se engole sem grandes considerandos.
Ora, com pontos arrancados desta maneira já cansa dizer o que quer que seja sobre os nossos jogos. Não há táctica, técnica nem profissionalismo que resistam a aldrabices. Aplausos para Júlio César - agrada-me dizê-lo, a mim que já aqui o critiquei. Esteve bem e transmitiu segurança, restando apurar o "golpe de vista" que já não é a primeira vez que quase o trai. Aplausos também para um excelente pontapé de Zé Pedro a merecer golo e para a oportunidade que, na sequência de uma óptima jogada, Weldon não deixou passar em claro. Não era má ideia exercer o direito de opção...
E pronto, a Europa ficou mais longe mas não é impossível. Três pontos no Estádio do Mar são bem capazes de inverter o meu cepticismo.