Quando se sente a falta d'Os Lobos
Um Belenenses onde me parece que poderão ter pesado em demasia as ausências dos internacionais Diogo Mateus e João Uva foi surpreendido no Restelo pelo Direito - nosso competidor directo no acesso à Final Four - que logrou vencer a partida por 33-22. Os visitantes entraram bem, muito auxiliados por uma estranha apatia que na primeira parte tomou conta dos nossos atletas, chegando aos 15-0 "sem espinhas" e com o contributo manifesto dos respectivos "Lobos". Na segunda parte, o Belenenses entrou bem e cedo deixou bem clara a vontade de dar a volta ao jogo, mas a distância que o marcador assinalava ao intervalo dificultava a tarefa. Para mais, duas penalidades não convertidas - uma delas de forma escandalosa... -, em nada ajudaram aos propósitos dos azuis. Eis um aspecto do jogo do Belenenses que me parece não andar especialmente famoso, visto que já na recepção ao CDUL as penalidades falhadas ditaram o resultado final.
Enfim, complicámos as contas do apuramento num jogo em que o poderíamos ter assegurado - mas nada está perdido. De resto, justifica-se, isso sim, um maior apoio dos sócios nesta fase decisiva da temporada. Pessoalmente, esperava hoje mais público no relvado nº 2 do Restelo, tanto mais que falamos de um dos poucos espectáculos - talvez mesmo o único! - a que estranhamente se pode assistir sem gastar um tostão que seja.
Duas notas finais: a positiva para Sebastião da Cunha, internacional de grande qualidade e que me pareceu um dos mais dinâmicos e inconformados atletas da casa. A negativa para o bandeirinha do lado da bancada - do árbitro parece-me não valer a pena falar -, cujo nome aliás desconheço: não é preciso ser entendido em rugby para distinguir uma disputa de bola de uma castanhada valente, ainda para mais quando tudo se passa a dois palmos do seu nariz.
Informação adicional: o Belenenses jogou sob protesto.