terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Belenenses, 4 - SL Olivais, 0

De todas as quinze vitórias que os azuis já levam nestas 16 jornadas do Nacional de futsal esta foi das mais espectaculares, apesar de ao contrário da maioria não ter havido grande incerteza no marcador nos últimos dez minutos. E isto porque a partida foi jogada quase sempre a um ritmo diabólico, com ataques rapidíssimos em sequência empolgante.
O adversário lisboeta, normalmente muito duro de roer (recorde-se o suado 3-2 da primeira volta), defendeu quase sempre no limite da falta, o que mais espicaçou os nossos rapazes. Se até aos 10 minutos do primeiro período havia apenas uma falta para cada lado (de resto ambas inexistentes) o que se passou nos 10 minutos seguintes foi um crescendo de agressividade dos encarnados, culminando na decisão estupidamente salomónica de expulsão de Diego e de um adversário, após lance confuso entre ambos no chão.
A vantagem de 1-0 (golo de Cary) ao intervalo era justa, pelo maior pendor ofensivo azul. A segunda parte foi dos períodos mais conseguidos dos azuis em toda a época, com um futsal verdadeiramente espectacular. Sucederam-se oportunidades em catadupa, com Marcelinho, Jardel e Caio a terem falhanços incríveis. Seria aquele no entanto a facturar duas vezes, após o 2-0 por Max. Foram ambos as grandes figuras do Belenenses esta noite; Max em particular vem trazer muito mais velocidade ao nosso jogo, contribuindo sobremaneira para o espectáculo; uma verdadeira revelação.
No Olivais notou-se a falta do excelente guarda-redes Piranha (lesionado), pois Vero é-lhe bastante inferior; destaque negativo ainda para Estrela, que parece que ainda está no Benfica, passando mais tempo a discutir e a pressionar os árbitros que a jogar.
Não podia deixar de mencionar o sempre excelente Marcão, impecável em todas as intervenções e que até marcou um espectacular golo no último segundo da primeira parte, que um dos árbitros sancionou e depois arrependeu-se! O Belenenses continua a ter de conviver com estas incongruências arbitrais, que provocam a ira dos adeptos.
No fim da partida, o correctíssimo Diego continuava inconsolável com a sua expulsão e era um dó de alma vê-lo a chorar enquanto dava tapinhas aos adeptos. E por falar em adeptos, hoje tivemos a melhor assistência de sempre esta época, com quase um milhar de espectadores. Foi espectacular mas continua a ser uma pena não ver o pavilhão completamente cheio. Vê-lo-emos no dia 8 de Março, contra o Sporting?