Fora da Taça mas com boas indicações
Entre as muitas frases feitas que se utilizam na análise de um jogo de futebol, existe aquela, já célebre, que menciona a possibilidade de um treinador "perder um jogo mas ganhar uma equipa". De algum modo, qualquer coisa parecida poderá ter ocorrido hoje na Figueira da Foz ditando a saída do Belenenses da Taça de Portugal. Não quero com isto dizer que Jaime Pacheco tenha encontrado hoje a solução miraculosa para os muitos problemas que afectam o nosso futebol profissional mas, bem vistas as coisas e se dúvidas ainda existissem, a segunda parte do desafio de hoje mostrou à exaustão uma entrega, uma garra, uma vontade e uma capacidade de sofrimento absolutamente notáveis - o que, como é sabido, é meio caminho andado para a obtenção de resultados positivos. Por outro lado, se considerarmos apenas os 90 minutos regulamentares, Pacheco continua sem perder ao cabo de 6 jogos e, de momento, a equipa já começou a marcar golos. Não é muito, é certo, mas todos estamos certamente recordados daquela coisa que ainda há um mês se arrastava em campo na era pré-Pacheco e a que alguns chamavam equipa. Mas adiante: a nova equipa técnica chegou e o onze, ainda que sem grandes soluções alternativas, começou a carburar minimamente. Menos mal, até porque como é sabido nestas coisas não há milagres - e o plantel construído por dois ou três irresponsáveis (para ser meigo na adjectivação) que entretanto deram à sola é o que é (e pelo menos até Janeiro será este).
Quanto ao desafio, diga-se que a Naval teve claramente a sorte do jogo: não é frequente uma equipa marcar três golos, dividindo-os entre o último minuto da 1ª parte, o primeiro minuto da segunda e os momentos derradeiros de um prolongamento. Mas para sermos sérios convirá referir que, se não é frequente marcá-los, também não será frequente que a outra equipa consinta três golos nesses mesmos momentos. São falhas de concentração impensáveis em alta competição, aspecto que Pacheco terá que trabalhar daqui em diante. De resto e apesar do Belenenses se ver mais uma vez forçado a correr atrás do prejuízo, creio que se retiraram hoje muito boas indicações para o futuro. A equipa técnica não tem medo de mexer a tempo e horas e a entrega, como já foi dito, justifica amplamente os vencimentos. A dado passo do prolongamento terá ficado a ideia de que a aposta era nas grandes penalidades e na categoria de Júlio César perante as ditas. Estratégia legítima, evidentemente, mas que comportou riscos que penso terem sido desnecessários sabendo-se ainda para mais que a Naval tinha jogado há poucos dias.
Na próxima segunda-feira, frente à Académica (também ela hoje eliminada), julgo ser pacífico dizer que se trata de um jogo em que apenas um resultado é possível rumo a uma época tranquila: a vitória. E é por ela que o Belenenses terá que lutar, deixando tudo em campo. Naturalmente e apesar de estarmos a falar de mais uma segunda-feira à noite, os sócios e adeptos também não estão dispensados de fazer o mesmo - o que equivale a dizer: comparecer, apoiar durante 90 minutos e a plenos pulmões. Que assim seja e verão que os três pontos não escapam.
Uma nota final: gostei de ver, ao lado da incansável Fúria Azul, a faixa da Alma Salgueirista. Já não é a primeira vez, bem sei, mas nunca será excessivo registá-lo, pelo que siga daqui um abraço amigo e votos de rápidos sucessos para a rapaziada do velho Salgueiral.
Quanto ao desafio, diga-se que a Naval teve claramente a sorte do jogo: não é frequente uma equipa marcar três golos, dividindo-os entre o último minuto da 1ª parte, o primeiro minuto da segunda e os momentos derradeiros de um prolongamento. Mas para sermos sérios convirá referir que, se não é frequente marcá-los, também não será frequente que a outra equipa consinta três golos nesses mesmos momentos. São falhas de concentração impensáveis em alta competição, aspecto que Pacheco terá que trabalhar daqui em diante. De resto e apesar do Belenenses se ver mais uma vez forçado a correr atrás do prejuízo, creio que se retiraram hoje muito boas indicações para o futuro. A equipa técnica não tem medo de mexer a tempo e horas e a entrega, como já foi dito, justifica amplamente os vencimentos. A dado passo do prolongamento terá ficado a ideia de que a aposta era nas grandes penalidades e na categoria de Júlio César perante as ditas. Estratégia legítima, evidentemente, mas que comportou riscos que penso terem sido desnecessários sabendo-se ainda para mais que a Naval tinha jogado há poucos dias.
Na próxima segunda-feira, frente à Académica (também ela hoje eliminada), julgo ser pacífico dizer que se trata de um jogo em que apenas um resultado é possível rumo a uma época tranquila: a vitória. E é por ela que o Belenenses terá que lutar, deixando tudo em campo. Naturalmente e apesar de estarmos a falar de mais uma segunda-feira à noite, os sócios e adeptos também não estão dispensados de fazer o mesmo - o que equivale a dizer: comparecer, apoiar durante 90 minutos e a plenos pulmões. Que assim seja e verão que os três pontos não escapam.
Uma nota final: gostei de ver, ao lado da incansável Fúria Azul, a faixa da Alma Salgueirista. Já não é a primeira vez, bem sei, mas nunca será excessivo registá-lo, pelo que siga daqui um abraço amigo e votos de rápidos sucessos para a rapaziada do velho Salgueiral.