Da grandeza dos Homens
Quinta-feira à noite, na 13ª Gala da Confederação do Desporto de Portugal realizada no Casino Estoril, Regina Cabral Ferreira recebeu o Prémio "Personalidade do Ano", entregue a título póstumo ao falecido presidente Cabral Ferreira por justíssima indicação da Federação Portuguesa de Futebol.
De certo modo, diria que o Luciano Rodrigues já deixou nestas linhas o essencial de quanto deve ser dito: o tempo, mais cedo do que muitos pensavam, se encarregará de fazer justiça a um grande presidente do Belenenses. Mas eu assinalo ainda o seguinte: enquanto presidente do Belenenses, Cabral Ferreira foi atacado inúmeras vezes - algumas delas sem dó nem piedade -, e não obstante, apesar de tudo isso, não fugiu. Ao invés, como manda a noção de responsabilidade e assim enobrecendo o sentido de Ser Belenenses, Cabral Ferreira ficou no seu posto - literalmente - até ao fim. Já os que se lhe seguiram, atingindo-o indecentemente mesmo quando ele já não estava cá para se defender (e ainda o faziam há bem pouco tempo, no final do Verão), não poderão jamais dizer o mesmo: à primeira oportunidade e sem que se entenda qualquer razão válida, optaram pelo "ala que se faz tarde". Não estranha por isso que a primeira Homenagem significativa a Cabral Ferreira não tenha partido de dentro do Belém. Os homens não tinham nível para tanto. Foi pena.
De certo modo, diria que o Luciano Rodrigues já deixou nestas linhas o essencial de quanto deve ser dito: o tempo, mais cedo do que muitos pensavam, se encarregará de fazer justiça a um grande presidente do Belenenses. Mas eu assinalo ainda o seguinte: enquanto presidente do Belenenses, Cabral Ferreira foi atacado inúmeras vezes - algumas delas sem dó nem piedade -, e não obstante, apesar de tudo isso, não fugiu. Ao invés, como manda a noção de responsabilidade e assim enobrecendo o sentido de Ser Belenenses, Cabral Ferreira ficou no seu posto - literalmente - até ao fim. Já os que se lhe seguiram, atingindo-o indecentemente mesmo quando ele já não estava cá para se defender (e ainda o faziam há bem pouco tempo, no final do Verão), não poderão jamais dizer o mesmo: à primeira oportunidade e sem que se entenda qualquer razão válida, optaram pelo "ala que se faz tarde". Não estranha por isso que a primeira Homenagem significativa a Cabral Ferreira não tenha partido de dentro do Belém. Os homens não tinham nível para tanto. Foi pena.