Mal menor na Figueira
Nada de novo na frente futebolística: ontem, frente ao Naval, o Belenenses tentou a vitória, jogou um futebol deficiente, com poucas jogadas bem gizadas, sofreu um golo que apesar de tudo não merecia - mas desta vez, tal como frente ao Paços, minimizou os estragos com um golo de Porta em recarga a uma bomba de José Pedro.
Foi um jogo com escassos motivos de interesse, muito (mal) jogado no meio campo, com alguma supremacia territorial do Belenenses. O Naval, pese o discurso do seu treinador, não pareceu uma equipa muito esclarecida, não tirando sequer partido da maior ansiedade azul.
Casemiro Mior, a meu ver, demonstrou que não pode ter futuro no nosso clube: os jogadores têm vontade mas nota-se a olho nu que não existe timoneiro, são escassas as jogadas que se pressente serem resultado de trabalho nos treinos e é a inspiração individual de alguns jogadores que vai evitando o desastre total. Neste particular há que realçar o labor de Wender e José Pedro, que se entendem bem pela esquerda e levaram o perigo à grande área figueirense. Em contrapartida, é aflitivo ver Silas a desmarcar-se regra geral bem e a não conseguir o passe final em condições para golo.
O Belenenses tem um plantel que é inferior ao do ano passado mas que tem matéria prima para um campeonato mais que sossegado. Falta um líder à altura e, não sendo adepto de chicotadas, parece-me que cada semana que passa é tempo perdido e angústia ganha para as jornadas finais.