sábado, 18 de outubro de 2008

Grande jornada europeia

Pavilhão Acácio Rosa com uma boa assistência (cerca de mil espectadores) para o regresso do Belenenses às competições europeias em andebol (recorde-se aqui as anteriores participações). Perante os montenegrinos do HC Berane, havia que recuperar 4 golos de desvantagem da primeira mão.
Primeiros minutos equilibrados, golo cá, golo lá e 5-6 aos 10 minutos. Os azuis estavam nervosos, falhavam passes e precipitavam-se no ataque. Já os eslavos jogavam com agressividade mas sem especial talento. Lentamente o Belém foi arrumando as peças (o sete inicial era composto pelos jogadores mais experientes), trocando melhor a bola e defendendo com mais acerto. Aos 18 minutos já estávamos em vantagem por 10-8, chegando à vantagem na eliminatória com 14-9. Infelizmente os últimos cinco minutos da primeira metade foram desastrosos e o Berane reduziu para 14-13. Erros a mais num jogo desta natureza. Chegou a jogar-se contra apenas 4 jogadores de campo e nem assim se conseguiu dilatar a vantagem. Destaque para um golo de Hugo Figueira, com um remate de baliza a baliza perfeito.
A segunda parte foi completamente diferente: o Belém comandou quase como quis, foi facturando (com destaque para Pedro Matias e Tiago Fonseca; Spínola e Pina estiveram desastrados) e a 13 minutos do final a vantagem era de seis golos: 24-18. O adversário não conseguiu reagir e praticamente resignou-se à evidência da superioridade azul. Realce-se os 3 golos de António Areia (que falhou outros tantos mas nunca teve receio de atirar à baliza) e a entrada do jovem guarda-redes André Vilhena nos últimos 2 minutos.
Esta partida foi bem típica desta equipa: instável, com momentos maus e outros brilhantes e sobretudo com uma vontade inquebrantável de vencer contra todas as adversidades. Uma atitude irrepreensível.
Uma nota ainda para a dupla de arbitragem: de grande rigor na análise dos lances, severa a nível disciplinar e com uma uniformidade de critérios impressionante; e para a presença do seleccionador Mats Olsson (mesmo atrás de mim), que no final aplaudiu de pé a nossa equipa.