domingo, 11 de janeiro de 2009

Duas mãos cheias de golos e espectáculo no Acácio Rosa

Já por aqui temos comentado que muitas vezes a nossa equipa de futsal não expressa no resultado final a sua superioridade. E, em alguns casos, acaba mesmo por sofrer e ganhar pela vantagem mínima ou por dois golos jogos que dominou quase totalmente.
A primeira metade do encontro de ontem frente ao NS de Tires parecia configurar mais uma dessas situações. Com excelentes primeiros dez minutos, circulando a bola com fluidez, quase não dando posse de bola ao adversário, os azuis deram espectáculo mas apenas marcaram por uma vez. Seguiram-de dez minutos mais lentos e algo aborrecidos, surgindo o segundo golo azul quase no final da primeira metade.
Não sabemos o que Alípio Matos terá dito aos seus pupilos ao intervalo. O que é certo é que os nossos heróis voltaram com outra disposição e, juntando uma bela exibição a uma invulgar capacidade concretizadora, deram espectáculo e empolgaram o público. Frente a um contendor muito débil, que se desuniu com o avolumar do marcador, os azuis chegaram à dezena de golos pela primeira vez desde que estão no primeiro escalão do futsal luso.
Numa partida em que nenhum dos nossos jogadores marcou mais de dois golos, há que realçar o colectivo, mas não podia deixar de destacar Marcão, que nas poucas ocasiões em que teve de intervir o fez a preceito e com categoria; Cary, que veio mais confiante para a segunda parte e logo marcou no reatamento; Jardel, que compensa alguma lentidão no passe com uma excelente capacidade de estar no lugar certo para facturar (boa sorte para a dupla em mais uma convocatória para a selecção); Marcelinho, excelente a defender e espectacular no ataque; e Miguel Almeida, hoje algo poupado mas que ainda facturou duas vezes.
Quando à dupla que viajou do Algarve, fez aquilo a que já nos habituou: uma arbitragem lamentável; num encontro correcto e facílimo de dirigir, conseguiram descortinar 18 faltas.