sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fim do blogue

Como já se aperceberam, este blogue não tem conseguido manter uma frequência de actualizações minimamente razoável para cativar o interesse dos leitores. Todos os três (parcos) contribuintes para este espaço têm problemas diversos, de ordem profissional e familiar, que os impedem de construir um espaço de acompanhamento da actualidade desportiva belenense e de reflexão e discussão das questões relevantes para o futuro do nosso querido emblema.
Entre manter um blogue em estado quase vegetativo e encerrá-lo, optámos pela segunda hipótese, conscientes de que:
- não é honrar o clube manter um blogue nas presentes condições;
- mesmo nos momentos de maior actividade do blogue, nunca conseguimos criar uma dinâmica de discussão dos temas candentes da vida do nosso clube;
- não fazia sentido continuar a publicar crónicas dos jogos de futebol e futsal (estas mais frequentes) e, episodicamente, de andebol (de basquetebol, infelizmente, já nem é possível fazê-lo), havendo espaços alimentados por consócios que já o fazem com razoável mérito.
Tendo em conta o que precede, decidiu-se encerrar este espaço, com a frustração de não termos estado à altura das expectativas que nós próprios criámos para o projecto.
Temos também o sentimento de que a blogosfera, que tantas promessas criou e muitas menos (embora algumas importantes) realizou, está numa encruzilhada: entre pessoas de grande dedicação a um ideal e outras que apenas procuram empurrar os outros para a lama em que se comprazem em chafurdar, tem sido difícil fazer sobressair o melhor e restringir o pior. Sem dúvida que a blogosfera é, de certa forma, uma replicação da sociedade que nos rodeia. Como esta última amiúde desmotiva e afasta os mais capazes de posições de destaque e de intervenção, fazemos votos, ao encerrar esta página, de que, para bem do nosso clube, se consiga manter na rede belenense o padrão de qualidade que a gloriosa história e o potencial sempre subaproveitado do Clube de Futebol "Os Belenenses" justificam.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Já não há pachorra para aqueles "centrais"

Eu confesso a minha já absoluta falta de pachorra para o Carciano e para o Arroz. Na zona em que deveriam ser reis e senhores, o FC Porto faz o 1º golo perante a oposição de Mano e o segundo apenas com Cândido Costa a marcar presença. Do terceiro nem vale a pena falar. Por onde andavam os (alegados) "centrais", pode perguntar-se... E hoje - digo-o com o à vontade de quem é adepto e admirador confesso e incondicional de Jaime Pacheco -, o mister andou mal. Tinha Avalos (que entrou e, mesmo mais à frente, marcou logo outra serenidade), tinha Kiko, poderia ter feito recuar Diakité... porquê uma aposta que desde a pré-época se manifesta uma nulidade, que não dá tranquilidade à equipa e nos coloca os nervos em franja?
Isto declarado, registe-se uma das boas exibições que o Belenenses desenvolveu esta época - com boas performances de quase toda a gente e um merecido destaque para o tremendo pulmão de Tininho. Mais do que o resultado, fica a garantia - que já vem dos últimos jogos - de que temos agora todas as condições para fazer uma segunda volta razoável, que rapidamente nos afaste dos lugares mais fundos da tabela. Temos para isso, já na próxima segunda-feira à noite, uma oportunidade soberana de dar um salto importantíssimo na deslocação a Paços de Ferreira. Para este ano, quanto ao campeonato, não é possível pedir muito mais.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Futsal e andebol: a mesma classe, a mesma raça

Em dois jogos extremamente difíceis, as nossa equipas de futsal e andebol deram mostras do seu enorme talento, garra e capacidade de reacção, obtendo magníficas vitórias frente a Ac. Mogadouro (5-2) e Sporting (36-34), respectivamente, dando grande espectáculo às várias centenas de espectadores que presenciaram essas partidas.
No futsal, Marcelinho esteve em grande destaque, embora toda a equipa tenha funcionado como um colectivo sólido, pecando apenas por excessivo nervosismo, talvez face aos acontecimentos da primeira volta. A Jardel, por palavras, e Miguel Almeida, com duas entradas duras e despropositadas, pede-se mais calma, pois nada se ganha com esse comportamento. Destaque ainda para o início da segunda parte, com um Belenenses arrasador e ao seu melhor nível.
No andebol, Spíniola, com incríveis 15 golos, e Tiago Silva, em grande forma, contribuíram decisivamente para a segunda vitória da época sobre um Sporting mais forte que em anos anteriores. Tarde de reencontros (Ruben Pacheco, Tiago Silva e Bruno Moreira) e de grande espectáculo, numa partida disputada em grande ritmo.
(Quis a coincidência dos calendários que neste fim de semana o Belenenses defrontasse o Sporting em séniores, júniores e juvenis. E o Belém ganhou as três partidas, respectivamente por 36-34, 27-23 e 35-26. Grande mostra de classe e dos frutos da nossa formação.)

sábado, 24 de janeiro de 2009

O futuro está ganho?

O jogo de ontem contra o Benfica foi o exemplo típico da partida em que o adepto sai frustrado com o resultado mas satisfeito com a exibição da sua equipa. E há quantos meses é que o Belém não fazia um jogo tão bom?
Frente a um adversário que não tem futebol para liderar a Liga, o Belém jogou com inteligência, ora dando a iniciativa ao Benfica, respondendo em contra-ataque, ora pegando no jogo e levando a bola para a frente com perigo, obrigando o visitante a não fazer subir no terreno tantos jogadores como pretenderia, de tal forma que os seus lances de maior perigo foram em bolas lançadas para Suazo, um jogador rápido e com forte propensão para os saltos de piscina. Mas, com tanta polémica sobre a arbitragem, ontem o senhor que veio da Madeira não estava para brincadeiras e rubricou uma actuação que é raro ver em Portugal. O que reforça a ideia de que temos bons árbitros (teoricamente) mas que raramente dão mostras dessa qualidade.
Mas agora falemos do Belenenses: equipa compacta, com futebol alegre, jogadores sabendo o que se espera deles, jogando descontraídos mas com rigor táctico. O dedo de Jaime Pacheco a comprovar que mesmo jogadores aparentemente medianos como Baiano, Carciano ou Rodrigo Arroz têm um potencial que só os verdadeiros treinadores sabem explorar.
Depois, temos dois reforços que deram consistência à área recuda da equipa: Tininho e Diakité têm inteligência, sentido de colocação e agressividade q.b.
O regressado José Pedro não aproveitou algumas boas oportunidades para marcar e fisicamente deu o estouro na segunda metade. Silas continua a pautar o nosso jogo mas também continua a falhar passes em demasia e a rematar sem acerto. Mano e Marcelo, cada um na sua função, deram o que tinham e o que não tinham: são o típico exemplo do jogador que, não sendo genial, cai no goto dos adeptos pela entrega de que dá mostra. Wender quase marcou um golo de classe, classe que continua a revelar nas suas intervenções.
Cândido, Maikon (que falhou uma oportunidade flagrante) e Porta também entraram bem no jogo, confiantes, determinados, disciplinados.
Embora o Belém esteja ainda em zona perigosa, os adeptos têm neste momento a convicção de que, a continuar nesta senda, a nossa equipa vai fazer uma segunda parte tranquila, com bons jogos e boas vitórias e a natural ascensão na tabela.
Jogadores, equipa técnica, CG - e adeptos: todos merecem!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Os "casos" e a Taça da Liga

Estive ontem à conversa com um amigo lá de cima, que visita habitualmente este espaço, vive para os lados de Viana e torce pelo Guimarães. O tema... era mesmo esse. E se trago aqui o episódio, isso deve-se ao facto de, (não) estranhamente, concordarmos no essencial: o futebol português é uma tremenda mentira, desenhada com a complacência da LPFP à medida de 3 clubes. Os restantes, sem excepção, são como é sabido meros figurantes deste circo - embora o sejam por vontade e culpa próprias e que não podem ser imputadas a mais ninguém (se quiserem eu depois explico). Isto para dizer o seguinte: a mim, tal como ao meu amigo vitoriano, a Taça da Liga tanto se me dá como se me deu. Trata-se de uma prova miserável, toda ela pensada para dar uma final Benfica-Sporting; e qualquer árbitro nomeado para a Luz se encarregará de dar seguimento aos desejos do dr. Hermínio Loureiro e do patrocinador da competição. Pelo que se conclui: entre Belenenses e Guimarães, que um fique de fora e que o outro, se não quiser fazer falta de comparência (que era o que a LPFP merecia), faça então de figurante - desde que lhes paguem. E aqui é que bate o ponto: como é dito em voz corrente, a tal que substitui o que está realmente escrito na douta opinião dos Loureiros, "sem dinheiro, não há palhaços"! Paguem a um, tratem de ressarcir o outro pela porcaria de regulamentos que produzem em "inglês técnico" e siga a festa (deles). Estou convencido que pela maioria dos adeptos dos dois (grandes) clubes o assunto ficava imediatamente resolvido.

Outro ponto da actualidade é o dos "casos". Eu bem sei que a memória é curta, mas tornou-se moda dizer agora que, onde no futebol tuga há confusão, lá está o Belenenses. Referem-se desde logo ao "Caso Mateus". Certo. Mas... e que mais? Estarão acaso a falar dos affaires Meyong ou Vinicius? Então mas nesses o Belenenses não faz a figura de réu... não foi a concorrência que se queixou?! Enfim, já dizia o outro que uma mentira repetida muitas vezes acaba por ser verdade mas eu, ainda assim, permito-me resistir. De qualquer modo, ainda que isso fosse assim - e não é! -, eu poderia aceitar o reparo se vindo de duas mãos cheias de clubes. Mas do Vitória de Guimarães (contra o qual obviamente nada me move, antes pelo contrário)... tenham dó.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A razão do Belenenses (actualizado)

Um bom artigo de opinião no jornal Record, por Sandra Lucas Simões:
A Carlsberg Cup é uma competição com pouco significado, mal estruturada, que tem sido marginalizada desde o início pelos adeptos (são vergonhosos os números relativos às assistências) e por quem discutiu os regulamentos (o exemplo do FC Porto de faltar ao sorteio das meias-finais é bem elucidativo).

Agora está instalada a confusão. Mais uma no futebol português. É "normal". O que não é normal é a justificação da Liga ao confirmar o V. Guimarães nas meias-finais. Aludir ao "espírito do regulamento" é de bradar aos céus.

Se há um erro no regulamento avance-se para a sua correcção mas agora cumpra-se o que está escrito. O que é isso de interpretação popular do “goal-average" (expressão que foi perdendo crédito mas fica bem utilizar um estrangeirismo)? Average é a média de golos, dividem-se os tentos marcados pelos sofridos. Não outra coisa diferente desta.

Não pode haver duas interpretações da lei. A justiça prevalece aos interesses individuais. O Belenenses tem a razão do seu lado.

Alguma vez num Estado de direito se pode recorrer ao comummente aceite para justificar um erro?
Leitura complementar - não menos importante: O «goal-average» da Liga, por Joaquim Rita. Leiam que vale bem a pena.

A falta de vergonha de Vítor Pereira

Em declarações ontem prestadas aos jornalistas na sequência de mais uma série de inacreditáveis decisões das equipas de arbitragem, o impagável Vítor Pereira - uma das caras da Liga, note-se! -, parece ter dito esta coisa espantosa: «Se não acreditam não vão ao futebol».
Eu não tenho nem nunca tive - diga-se -, qualquer fé na ideia peregrina de que Hermínio Loureiro, Ricardo Costa e este artista (que validava golos que não chegavam sequer a entrar na baliza), viessem para moralizar o que quer que fosse, e muito menos o futebol português. Mas já me parece que se exagera um pouco quando as criaturas se sentem de mãos livres para tratar desta forma os adeptos dos vários clubes, os clientes do negócio que os alimenta. Se após estas declarações ninguém o meter no olho da rua... é caso para considerar que a falta de vergonha dos mandantes do futebol tuga atingiu hoje níveis nunca antes vistos. Será que Hermínio Loureiro não percebe que se os adeptos do futebol fizessem a vontade ao sr. Pereira os estádios portugueses não teriam lá, sequer, os árbitros, os observadores e toda aquela malta que o sr. Pereira controla?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Recurso - Taça da Liga

Comunicação da SAD:
A SAD de Os Belenenses vem por este meio informar o seguinte:

1) A SAD entregou na Liga de Futebol, antes do início do sorteio de hoje das meias-finais da Taça da Liga, um recurso contencioso e de anulação da decisão relativa à classificação da 3.ª fase da Taça da Liga e consequente exclusão do Belenenses do sorteio das meias-finais.

2) O recurso requer efeito suspensivo da decisão.

Lisboa, 20 de Janeiro 2009
a Administração da SAD

Não vai ser fácil ao Loureiro arranjar um Bruno Paixão que o salve desta

Comunicado da SAD:
O Belenenses conta participar nas meias-finais da Taça da Liga e vai estar presente no sorteio de amanhã, face ao teor da regulamentação da própria competição.

Depois de ter estudado bem o assunto e pedido pareceres a vários técnicos e especialistas, o Belenenses considera não existirem dúvidas. Assim, de acordo
com o ponto sete do anexo III do regulamento, o critério de desempate estabelece que «na 2.ª fase e 3.ª fase da competição, caso se venha a verificar um empate de pontuação entre os clubes, o apuramento para a fase seguinte é efectuado por aplicação dos seguintes critérios:
1.º Melhor goal average;
2.º Maior número de golos marcados; (etc.)»

O goal average do Belenenses (2, fruto de dois golos marcados a dividir por um sofrido) é superior ao do V. Guimarães (1,5, fruto de três golos marcados a dividir por dois sofridos.

Neste contexto, o Belenenses estranha e lamenta o esclarecimento publicado ao fim da noite no site da Liga, segundo o qual a «expressão goal-average reporta-se à diferença entre golos marcados e sofridos; tal corresponde ao entendimento comum na linguagem corrente do futebol».
Ora bem, todos o sabemos, a expressão goal-average diz respeito a quociente entre golos marcados e sofridos... e de linguagem corrente também todos sabemos que as interpretações não podem ser feitas à revelia da letra da lei.

Lisboa, 20 de Janeiro 2009
A Administração da SAD

domingo, 18 de janeiro de 2009

Sábado aziago

O dia de ontem prometia em termos desportivos, pela perspectiva de bons resultados em várias modalidades e pela realização de encontros ditos clássicos.
Perante a coincidência horária tornou-se-me difícil optar pelo espectáculo a que assistiria. Optei pelo encontro de júniores com o Benfica, em pleno Estádio do Restelo, campo número 1. E a que bela partida cerca de 500 pessoas puderam assistir! Sem obsessões defensivas, mas com rigor na zona recuada do terreno, ambas as equipas apostaram na vitória, mostraram bom futebol, excelente ligação entre os sectores e não tão forte capacidade concretizadora. A melhor ocasião da partida foi um forte remate encarnado ao poste direito da nossa baliza.
Do lado azul, e perdoem-me os leitores pois conheço mal o plantel, apreciei a consistência do quarteto defensivo, com excelente leitura de jogo e dobras sempre oportunas, bem como a capacidade ofensiva do defesa esquerdo. Mais para a frente agradou-me a exibição de Freddy (que só entrou na segunda metade), desiludindo-me um pouco André Almeida, algo complicativo.
Num encontro com forte empenho dos jogadores mas muito correcto, destoou a lamentável arbitragem, que teve o condão de enervar a tal ponto Rui Jorge que o nosso treinador acabou expulso (de resto não tinha nada que entrar no terreno de jogo e demorar mais de três minutos a acatar a expulsão). Foi, pode-se dizer, um "aperitivo" para o que se preparava no jogo dos séniores.
No intervalo do jogo dos miúdos, e quando me dispunha a ver a segunda metade do confronto da bola oval com o vice-campeão Agronomia, forte desilusão: os azuis perdiam copiosamente por 3-21; um pontapé de penalidade dos verdes no reatamento decidiu-me a retomar o meu lugar na bancada poente do estádio.
Só pude ver a segunda metade do jogo de futebol dos séniores e agradou-me a saudável postura das nossa cores: jogadores não intimidados pelo adversário (na verdade, fracote) ou pelo ambiente. Pelo que vi (e pela habilidade do árbitro almadense) nunca merecíamos ter perdido e estaríamos agora em boas condições para ser o melhor 2º classificado e rumar às meias-finais da competição que tarda em cativar o luso adepto.
Chegavam entretanto novas tristes de Sassoeiros, onde a nossa equipa de futsal tombou 3-4 frente a um adversário aguerrido, no qual o nosso ex-guarda redes Carlo esteve a grande altura. Ainda por cima, Marcão e Drula foram expulsos e o jogo terminou com os jogadores envolvidos em zaragata.
E, para terminar o dia em nota melancólica, o nosso andebol, com meio pássaro na mão (bastava um empate frente a um Porto muito inconstante), não conseguiu o apuramento para a final da Taça da Liga. Muitas faltas técnicas e precipitações várias impediram - pese boas defesas de Hugo Figueira e uma excelente exibição de Nelson Pina - o sucesso que estava ao nosso alcance.

Quem não chora, não mama


Conforme havia previsto na entrada anterior, o Belenenses foi gamado na segunda circular, derrotado por 1-0 num jogo em que deveria ter vencido por 2-1: golo mal anulado numa clamorosa capoeira do patético Moretto; e grande penalidade por assinalar num atropelamento a Marcelo que o aldrabão de serviço converteu em... falta atacante! Como diz Pacheco, na tugolândia "quem não chora, não mama". Aliás, já dizia Jorge Jesus - e bem - que contra estes artistas só na playstation...
Já quanto ao golo dos da casa, nada de invulgar a assinalar: centro para a nossa área e... cá vai disto. Não se comprem dois centrais que não é preciso... Despachada mais esta roubalheira habitual, venha a próxima - já na sexta-feira que aí vem, pelas 20h45, no Restelo: o adversário é o mesmo e, enquanto algum douto magistrado não abrir o "apito encarnado", o resultado também é certo. Querem saber mais? Não me espantava nada que nomeassem o Pedro Henriques, assim matando três maçadas de uma assentada: o Benfica chorava em voz alta logo desde o início da semana; o nosso destino, esse, estava traçado dentro da normalidade; e, não menos importante, seis milhões de desportistas teriam a possibilidade de se reconciliar com um dos mais miseráveis árbitros tugas.

Única boa notícia do dia: Avança candidatura para a Intertoto.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Uma linda hora para jogar à bola numa quarta-feira

Apostada em matar de vez o futebol por falta de clientes, a Liga de Clubes entendeu por bem marcar um desafio da (irrelevante) Taça da Liga para as 18h30 de uma quarta-feira. E para nosso galo, calhou a fava ao Belenenses-Guimarães. Ora, ao contrário de boa parte dos meus consócios e apesar de tudo, o número de assistentes indicado no sítio oficial da LPFP impressiona-me pela positiva: com efeito, terão sido 1107(!) aqueles que se deslocaram ao Restelo à hora em que a maior parte das pessoas está a trabalhar. Não há dúvida que o Belenenses é muito grande...
Lavrado o protesto e uma vez que não vi o jogo - um grande saravá para a Sesimbra FM que fui acompanhando minuto a minuto desde o posto de labuta! -, resta assinalar que o Belém empatou a zero, ficando assim obrigado a vencer na segunda circular o desafio final do grupo, o que constitui tarefa hercúlea não tanto pela qualidade do opositor (que não é nada de especial), mas sobretudo pelas prestimosas ajudas que vai recebendo dos homens do apito semana sim, semana sim. Ainda assim, é de acreditar. 'bora Belém!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Vila do Conde: um relato credível

Descontando o velho debate sobre a eficácia do Silas - um must na minha discussão (amiga) com o nosso (amigo) Miguel Amaral! -, tenho para mim de há muito tempo, e ele sabe que é verdade, que me revejo habitualmente na análise que o Miguel faz aos jogos do Belenenses. De modo que não haveria razão alguma para que não copiasse para aqui - com a devida autorização - o rescaldo à preciosa vitória de Vila do Conde assinada por aí pelo nosso mais activo militante tripeiro. Aqui fica:

"Este jogo com o Rio-Ave, foi duro,de grande sofrimento, pois a equipa tinha muitas alterações no seu onze.
O Belenenses durante a primeira parte foi sempre melhor equipa, com boas triangulações entre Wender, Maycon e Silas. Marcelo mostrou estar sempre no lugar certo e deu sempre boa sequência aos lances.
O Rio Ave em bolas paradas, feitas as contas foi só assim perigoso, aí Júlio César esteve imperial, mesmo alatamente castigado pela dureza dos adversários e a benevolência da arbitragem.
Mas hoje existia um homem diferente também na nossa área, Diakité, é enorme, muito alto, comandou o jogo áereo e uniu a equipa, disfarçando bem as nossas dificuldades defensivas dos últimos jogos.
Ao intervalo, o resultado era justo, pois ambas equipas tiveram oportunidades, embora o Belenenses tenha mais construção das mesmas, ao invés, o Rio Ave, ia aproveitando alguns delizes nossos e bolas paradas.
2ª tempo, Rio Ave inconsequente, sem fio de jogo, e o Belenenses sempre melhor, com destaque ao contrário da primeira parte para o sector direito, com Baiano e Mano, a combinarem muito bem e a criarem situações perigosas, fomos assim mais equipa até chegarmos ao golo, num lance aéreo, onde apareceu Diakité a fazer a diferença antecipando-se ao guarda-redes, como vai ser importante, Gavilan e Diakité, no nosso meio-campo!!!
Após o golo comandamos sempre o jogo, perante um Rio Ave fraco, sem ideias, falhamos mais golos feitos, um por Organista, outra flagrante de Mano (gritei golo... até), e Marcelo em jogada de ponta de lança.
Os últimos minutos, o Rio Ave... atacou pelo ar, cantos, bolas paradas, desespero total, sem nexo, mas criando muita confusão, Júlio César e restantes parceiros, estiveram muito bem!

Análise aos jogadores:


Júlio César - Excelente, foi massacrado com faltas violentas dentro da pequena área, com o árbitro cúmplice, não punindo cargas, trás de cargas sobre o nosso Goleiro. Excelente exibição.
Baiano, primeira parte tímida, mas lutadora, segunda parte de bom nível, mais confiante, fez um excelente jogo.
Arroz - suficiente, mas algo inseguro, espera-se muito mais, não comprimeteu, ajudou, fez parte do todo, mas esperamos e precisamos de mais.
Diakité - soberano, imperial, no ar, na terra, foi o homem do jogo, comandou a defesa e ainda teve capacidade de ajudar o meio-campo e marcar o golo da vitória!
Maycon - Bom atacar, boas combinações, grande entrega, fez um jogo bastante razoável!
Pelé - Júnior com 17 anos, alto esguio, a jogar a trinco, que grande responsabilidade, esteve bem, embora nervoso, 2 ou 3 erros normais para quem faz uma estreia por inexperiencia, jogou o tempo todo, ajudou muito, trabalhou imenso! bom no jogo aéreo.
Organista - melhorou com o nadar do jogo, começou com ritmo lento, mas foi crescendo no segundo tempo, arrancado um exibição de entrega e com apontamentos interessantes, quase marcou em jogada individual, deve melhorar!
Silas - Foi um jogador bastante importante, na união da equipa, na dinamica da mesma, fez um jogo de grande entrega, de grande sacrificio físico e mental, desgaste tremendo. Se não tivesse aqueles passes perdidos que habitualemnte acontecem...seria um jogador fabuloso e nós bem precisavamos. No entanto fez um grande jogo. Dele saiu o cruzamento para golo de Diakité!
Wender - Grande entrega, boas combinações, bons remates, fez um jogo ao seu nível.
Marcelo - é um ponta de lança de grande qualidade, sozinho, ganhou lances atrás de lances, segura a bola, remata, faz jogo, luta, saiu exausto, temos aqui o ponta de lança que precisamos!
Mano - está um excelente jogador, um guerreiro, com qualidade, temos um jogador de grande talento, pena o golo de baliza aberta que falhou, mataria o jogo, e não teríamos de ter sofrido tanto...
Vinicius, André Almeida, entraram já no fim para refrescar, não tiveram tempo para mostrar algo diferente, a não ser lutar com a equipa... em união!
João Paulo Oliveira - entrou frio, algo apático, sem o espririto que o jogo obrigava, não é fácil entrar assim, mas esperava mais luta, mais entrega. Esteve no banco, mas não esteve atento ao jogo... foi a impressão que me deu... pois entrou e só fez número. Eu até gosto e vejo qualidades no jogador, mas assim não tem lugar. Quando se entra no fim temnos de lutar e dar tudo, não existe tempo para descansar...

Grande vitória, a melhor resposta para tudo que nos tentam fazer.
Um abraço azul a todos os adeptos presentes, foram magnificos, bonita festa e para os que estiveram longe a sofrer sem ver. Algo terrivel... mas valeu a pena.
Viva o Belenenses! Vitória bem merecida!
Nota - Já me esquecia de algo importante: Se não fosse o juiz auxiliar, bandeirinha do lado da bancada dos sócios do Rio Ave a apontar sucesivamente as faltas, o árbitro... não as tinha marcado. Não sei o nome do senhor, mas finalmente vi um juiz de linha, que apitou sem medo e correctamente, já o amigo do lado contrário... foi um boneco..."

domingo, 11 de janeiro de 2009

Duas mãos cheias de golos e espectáculo no Acácio Rosa

Já por aqui temos comentado que muitas vezes a nossa equipa de futsal não expressa no resultado final a sua superioridade. E, em alguns casos, acaba mesmo por sofrer e ganhar pela vantagem mínima ou por dois golos jogos que dominou quase totalmente.
A primeira metade do encontro de ontem frente ao NS de Tires parecia configurar mais uma dessas situações. Com excelentes primeiros dez minutos, circulando a bola com fluidez, quase não dando posse de bola ao adversário, os azuis deram espectáculo mas apenas marcaram por uma vez. Seguiram-de dez minutos mais lentos e algo aborrecidos, surgindo o segundo golo azul quase no final da primeira metade.
Não sabemos o que Alípio Matos terá dito aos seus pupilos ao intervalo. O que é certo é que os nossos heróis voltaram com outra disposição e, juntando uma bela exibição a uma invulgar capacidade concretizadora, deram espectáculo e empolgaram o público. Frente a um contendor muito débil, que se desuniu com o avolumar do marcador, os azuis chegaram à dezena de golos pela primeira vez desde que estão no primeiro escalão do futsal luso.
Numa partida em que nenhum dos nossos jogadores marcou mais de dois golos, há que realçar o colectivo, mas não podia deixar de destacar Marcão, que nas poucas ocasiões em que teve de intervir o fez a preceito e com categoria; Cary, que veio mais confiante para a segunda parte e logo marcou no reatamento; Jardel, que compensa alguma lentidão no passe com uma excelente capacidade de estar no lugar certo para facturar (boa sorte para a dupla em mais uma convocatória para a selecção); Marcelinho, excelente a defender e espectacular no ataque; e Miguel Almeida, hoje algo poupado mas que ainda facturou duas vezes.
Quando à dupla que viajou do Algarve, fez aquilo a que já nos habituou: uma arbitragem lamentável; num encontro correcto e facílimo de dirigir, conseguiram descortinar 18 faltas.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Programa para domingo

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Visita ao lampionário

Já tem data a próxima visita do Belenenses ao vermelhusco estádio da segunda circular, em desafio a contar para a derradeira jornada desta fase de grupos da Taça da Liga: é dia 17, um sábado, pelas 16h00. Quem não tiver programa para esse dia - o que não é infelizmente o meu caso... -, já sabe onde é a festa!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Em jeito de desabafo

Não consigo dizer muito mais: a não ser em dias de muita sorte, não há nenhuma estratégia do mundo que resista à defesa que o Belenenses apresenta - excepção feita ao incansável Cândido Costa. Se Jaime Pacheco me quiser testar no lugar, estou disponível para tentar. Já vou a passo largo a caminho dos 40 - e nota-se, há quem diga, alguma barriguinha - mas não tenho grandes dúvidas de que jogo (muito) mais e recebo (muito) menos do que qualquer um dos nossos centrais.
De caminho, talvez se tenha também percebido o disparate de vender Gómez em Janeiro por uma miséria. Enfim, desta deslocação a Braga retira-se uma boa notícia: Carciano, Alex e China não podem jogar em Vila do Conde. Ao menos isso...! Havendo dificuldades para escalar o onze sugiro a inclusão de Fernando Sequeira, Ramos Lopes e Nelson Soares. Mal por mal, sempre teriam a possibilidade de provar perante o país desportivo que percebem alguma coisa de bola...

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

No fechar do ano


1. Encerra 2008 com uma boa notícia: o Belenenses vai regressar a Angola onde, no fim de Janeiro, disputará um jogo de futebol no célebre Estádio dos Coqueiros - antigo Estádio Municipal de Luanda. A par do desafio, será assinado um protocolo de cooperação com o Clube Desportivo Kabuscorp do Palanca, cujas potenciais vantagens para o futebol do Belém, por evidentes, nem sequer precisam de ser elencadas. Tudo isto num país onde por certo há portas abertas na medida em que Paulo Kassoma, o primeiro-ministro, é - refira-se a título de curiosidade - adepto confesso do Belenenses.


2. Noutro plano, refira-se (com um dia de atraso) a passagem dos 80 anos de história do Rugby azul. Oitenta anos de uma história gloriosa de uma secção que luta pela desejável autonomia e que se comemoram com o quinze do Restelo na posse do título de Campeão Nacional. Uma boa prenda será uma vitória no próximo jogo da Divisão de Honra no qual - atenção belenenses do norte do país! - os azuis se deslocam a Lousada (sábado, pelas 15h00) para defrontar o CDUP, num jogo em que, após a turbulenta saída de Bryce Bevin, a equipa será orientada por Pedro Gonçalves, técnico dos Sub-20. Muitos parabéns à malta do melão!

3. Refira-se ainda, pela manifesta importância, que está online e disponível para consulta de todos os associados, o projecto de revisão dos Estatutos do Belenenses. Uma discussão muito importante e que merecerá, nos próximos dias, que aqui deixe algumas ideias soltas em forma de análise.

4. Por fim, nas vesperas do regresso do Belém à I Liga - é segunda-feira, em Braga, pelas 19h45 -, fica apenas o desejo: que o início de 2009 nos traga dois centrais de inegável categoria. Sendo assim, estou certo de que o que resta de época, que será difícil e de muito sofrimento, acabará por confirmar um Belenenses de primeira. A todos os que por aqui passam desejo um ano de 2009 cheio de sucessos e bem azul!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Votos de um Natal muito azul

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Vitória sofrida - à Belém!

Há muito que se não via um jogo tão emocionante no Restelo! Num confronto entre os dois últimos, era ao Belenenses que cabia a maior responsabilidade, para fugir à lanterna e para criar confiança no plantel, equipa técnica e nos sofridos adeptos. Adeptos que responderam presente, cerca de sete mil nas bancadas.
Jaime Pacheco, para desespero de muitos, incluindo eu próprio, voltou a insistir em Organista, mais uma vez uma aposta errada, que nos custou o primeiro golo sofrido e meia hora deitada à rua. O homem é mau de mais para ser verdade. E num plantel como o nosso como é que Wender pode ficar no banco? Ele é dos poucos com noção de jogo e com técnica apurada!
O Trofense veio na retranca e saíu beneficiado com dois golos, em boas jogadas, mas com falhas gravíssimas da nossa defesa, inadmissíveis numa equipa profissional.
Esperava-se o pior ao intervalo. A segunda parte começou em tom de velório, com as bancadas completamente em silêncio e com a Fúria a colocar do avesso o seu maior pano.
Mas Wender é Wender e, ao seu melhor estilo, assistiu Silas que cruzou para a esquerda, onde o batalhador Marcelo rematou em grande estilo. O jogo estava relançado e começou aí o espectáculo vergonhoso do anti-jogo trofense, com a total complacência de um árbitro do qual me recuso a escrever o nome.
Mas os azuis, empurrados pelo público, mostraram fibra e chegam ao empate num lance em que curiosamente intervêm os dois centrais, Arroz e Carciano, que tão mal estiveram em termos defensivos mas que ironicamente foram os maiores responsáveis pelo empate!
Nesta altura já nada parecia deter o Belém e foi com naturalidade e enorme euforia que o terceiro golo chegou, num remate de Gomez que atravessou toda a defensiva nortenha.
Até ao fim foi sofrer e o Trofense, conhecendo as deficiências do jogo aéreo dos nossos centrais, usou e abusou dos centros para a área - felizmente sem sucesso.
Vitória justíssima de uma equipa que continua sob brasas, que tem deficiências flagrantes no plantel mas que mostra garra e algum bom futebol que justificam um lugar a meio da tabela.

Análise individual:
Júlio César: sem culpas nos golos.
Cândido: lutador como sempre, cai em picardias desnecessárias; ontem beneficou da benevolência do árbitro em dois lances.
Carciano e Arroz: muito fraquinhos e complicativos, estes centrais. Têm empenho mas pouco futebol.
China: deu o litro e empurrou muitas vezes a equipa para o ataque, mormente num lance espectacular em que furou a defesa trofense e centrou para Vinicius, que acertou na trave.
Gomez: complicativo. Sabe fazer melhor. Valeu o golo.
Organista: total nulidade. Não sabe estar em campo, é indolente, parece arrastar-se e ainda perdeu bola a meio campo, não conseguiu dobrar Cândido e, na prática, ofereceu de mão beijada o primeiro golo do Ttrofense. Devia estar no topo da lista das dispensas este jogador que andou anos e anos na IIB de Espanha.
José Pedro: falta de empenho em alguns lances, técnica e visão de jogo noutros - a eterna contradição deste jogador que podia ter sido um dos melhores da sua geração.
Vinicius: sempre muito perigoso e empenhado. Nota bem positiva.
Silas: empenho não lhe falta mas falha passes em demasia. Noutros lances mostra inteligência e consegue empurrar a equipa para o ataque. Papel decisivo no primeiro golo.
Marcelo: com este jogador não há bolas perdidas, foi um mouro de trabalho e marcou um estupendo golo. O melhor dos azuis.
Wender: um grande jogador que sabe segurar a bola e fazer assistências excelentes. Fundamental na reviravolta.
Mano: passou despercebido.
Roncatto: no pouco tempo que esteve em campo ainda teve oportunidade de criar duas jogadas de ataque que mereciam melhor sorte. É um jogador com um enorme potencial, à espera de explodir.