domingo, 30 de novembro de 2008

Perspectivas negras

Pior do que perder jogos em série é não se verem perspectivas de melhoria; e quando um treinador, ao fim de um mês de trabalho, continua a fazer experiências, mal vamos.
Desde o início que se percebeu que dificilmente o Marítimo não sairia do Restelo com os 3 pontos; não foi só o remate de Djalma - um verdadeiro terror para a nossa defesa - ao poste, aos 40 segundos (!), mas também:
- a opção por Rodrigo Arroz, após dois meses de inactividade;
- a colocação de Vinicius no banco, após alguns bons jogos que faziam prenunciar o regresso à boa forma que agradou aos sócios na pré-época;
- e, claro, a disposição atacante dos maritimistas e a sua notória excelente organização, a par de uma grande confiança no seu valor, em contraste com o que se passa(va) do lado azul.
Por isso, a partida mostrou um Belenenses esforçado e até construindo algumas boas jogadas - com destaque para o inconformado Roncatto, cujo défice de finalização contrasta em absoluto com a sua vontade em fazer balançar as redes adversárias - e um Marítimo confiante de que iria para casa com mais uma vitória, explorando o contra-ataque com classe e ameaçando amiúde a nossa defesa, que não mostrou mais uma vez categoria para um primeiro escalão. E, com a escola Pacheco a começar a mostrar as suas garras, vai alegremente somando cartões a um ritmo de uma equipa de caceteiros. É trágico quando se confunde vontade e determinação com agressividade em excesso; o resultado está à vista: não é por aí que deixamos de sofrer golos (dois em cada uma das últimas partidas - como nas três primeiras jornadas, onde, no entanto, nos deslocámos ao Dragão e a Alvalade) e os cartões ameaçam várias supensões nos próximos tempos.
Em conclusão, resultado exagerado pelas ocasiões de que o Beleneses desfrutou na segunda parte - mas as magistrais exibições de Marcos no Restelo continuam a ser uma constante - mas vitória certa da melhor equipa. Neste momento está à vista que o factor chicotada já se esvaíu e que as lacunas do plantel, a par de erradas decisões tácticas e de escalonamento de jogadores, sobressaem novamente - e cruelmente.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

De bestiais a bestas

São muito tipicamente portuguesas boa parte das reacções que se observam no rescaldo do desafio do Bonfim, um pouco na linha da célebre passagem "de bestiais a bestas". Permitam-me que não vá por aí: nem a equipa era fantástica após a vitória frente à Académica, nem passou a ser a absoluta miséria que se pretende fazer crer após a derrota de Setúbal. Como aqui tenho referido com regularidade - não levem a mal que puxe os galões quando me parece ser caso disso -, o Belenenses em versão 2008/09 dispõe de um plantel desequilibrado, com lacunas várias e espantosamente mal reforçado (mesmo quando a propaganda só via vedetas onde o bom senso observava cepos). Espera-nos por isso uma época difícil, que será muito provavelmente de sofrimento e em que o apoio dos adeptos pode desempenhar papel importantíssimo - conforme ocorreu na recepção à Briosa.
Isto dito, ocorre-me considerar que o flash-interview de Jaime Pacheco diz tudo sobre o jogo: oferecemos 45 minutos ao adversário, o que é de todo inadmissível, e quando quisemos correr atrás do prejuízo - metendo a carne toda no assador como diria o Quinito -, já o prestimoso trio de arbitragem havia visto uma batalha campal que terá motivado a amostragem do amarelo a todo o nosso bloco defensivo, condicionando-lhe claramente a actuação.
Em resumo, parece-me que se a primeira parte é pouco mais do que miserável já na segunda o Belém mostrou que poderia sem grande dificuldade (mas com 90 minutos de luta), ter saído com pontos da cidade do Sado. Pontos que, espera-se - tanto mais que este ano todos eles são imprescindíceis -, poderão ser conquistados em casa já no próximo sábado, numa recepção ao Marítimo que será muito mais complicada do que pode parecer à primeira vista mas em cujo êxito eu acredito piamente - e com Pacheco até acredito a dobrar.
Termino tocando "no ponto", o tal da falta de atitude mencionada (e bem) pelo técnico e que de imediato encontrou forte eco na cada vez mais na moda crucificação de Silas e Zé Pedro - mal comparando, um pouco na linha do que sucedia no ano passado em Barcelona com Samuel Eto'o (com os resultados que aliás se conhecem), passando ao lado das críticas alguns endeusados recentes que, a bem dizer, até já nos devem alguns pontos. Não espanta que seja assim num emblema habituado a dar tiros nos pés; mas já espanta, apesar de tudo, que boa parte dos adeptos pareça não querer entender que há jogadores que, bons ou maus (e no caso até são bons), são de momento símbolos do clube - aqueles que apesar de tudo são capazes de captar a atenção dos nossos adeptos mais pequenos, sem os quais o clube morrerá um desses dias por falta de quórum. Nesse dia, a que esperamos não assistir, podem crer que vamos ter muitas saudades do Silas e do Zé Pedro.
E agora adiante, que no sábado há três pontos para conquistar.

domingo, 23 de novembro de 2008

Da grandeza dos Homens



Quinta-feira à noite, na 13ª Gala da Confederação do Desporto de Portugal realizada no Casino Estoril, Regina Cabral Ferreira recebeu o Prémio "Personalidade do Ano", entregue a título póstumo ao falecido presidente Cabral Ferreira por justíssima indicação da Federação Portuguesa de Futebol.
De certo modo, diria que o Luciano Rodrigues já deixou nestas linhas o essencial de quanto deve ser dito: o tempo, mais cedo do que muitos pensavam, se encarregará de fazer justiça a um grande presidente do Belenenses. Mas eu assinalo ainda o seguinte: enquanto presidente do Belenenses, Cabral Ferreira foi atacado inúmeras vezes - algumas delas sem dó nem piedade -, e não obstante, apesar de tudo isso, não fugiu. Ao invés, como manda a noção de responsabilidade e assim enobrecendo o sentido de Ser Belenenses, Cabral Ferreira ficou no seu posto - literalmente - até ao fim. Já os que se lhe seguiram, atingindo-o indecentemente mesmo quando ele já não estava cá para se defender (e ainda o faziam há bem pouco tempo, no final do Verão), não poderão jamais dizer o mesmo: à primeira oportunidade e sem que se entenda qualquer razão válida, optaram pelo "ala que se faz tarde". Não estranha por isso que a primeira Homenagem significativa a Cabral Ferreira não tenha partido de dentro do Belém. Os homens não tinham nível para tanto. Foi pena.

sábado, 22 de novembro de 2008

Má tarde no Choradinho

Em dois fins de semana seguidos em que teve direito a transmissão em directo na SIC, a equipa de futsal do Belenenses não impressionou os adeptos da modalidade que seguiram os jogos contra SL Olivais e Freixieiro. Se há uma semana, pela proximidade, foram cerca de duzentos os que foram apoiar a equipa, já hoje os apaniguados azuis não excederam a dezena.
Contra o Olivais a equipa não esteve ao nível habitual mas ainda assim criou oportunidades suficientes para uma vitória tranquila - que não chegou a sê-lo. Mas hoje, em Perafita, os azuis foram presa fácil para um Freixieiro em crescendo, que foi o que o Belém não foi: uma equipa, em que todos desempenharam com concentração o seu papel, e que teve em Cardinal o jogador que fez a diferença nos períodos de aparente equilíbrio.
Custa escrevê-lo mas é impossível fazer uma referência positiva na nossa equipa, tal foi a forma atabalhoada, desispirada e desconcentrada com que actuou; e com 66% de posse de bola! Se referirmos que o Freixo ainda atirou 4 bolas ao ferro fica-se com uma ideia da catástrofe que podia ter sido este jogo. Foram errros em demasia, displicências inaceitáveis numa equipa que se assume como candidata ao título. Vamos crer que tudo não passou de um mau dia, tal como há um ano quando perdemos 6-1 em Vizela; e que este jogo desastroso sirva de motivo de reflexão para todos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Apontamentos breves de (mais) uma segunda à noite

I
Aí estão os três pontos! De uma assentada, o Belenenses descola de Trofense e Paços, colando-se ao patamar imediatamente seguinte, onde apanha Rio Ave e Vitória de Setúbal. Há dias assim, que dão ampla razão à antevisão da partida feita por Jaime Pacheco: o importante era ganhar ou, em alternativa, vencer - independentemente de praticar ou não bom futebol, feito que na noite de segunda-feira era matéria (quase) irrelevante. Na situação em que Mior e Sequeira colocaram o nosso futebol, os olés podem bem ficar para depois. Por agora, o importante são os pontos e alguma tranquilidade capaz de libertar o talento existente. Prova superada.

II.
Desde que o novo técnico demandou o Restelo - e se considerarmos que os jogos da Taça de Portugal têm também um tempo regulamentar de 90 minutos -, Jaime Pacheco e o Prof. António Natal não conhecem ainda o sabor amargo da derrota. E não bastando, a equipa começou a marcar golos. Pegando no título celebrizado por Acácio Rosa, isto são factos, nomes e números. O resto é conversa fiada.

III
Pedro Henriques, elevado pela imprensa desportiva dos estarolas à categoria de extraordinário árbitro da Pátria, roubou (mais uma vez!) o Belenenses com a prestimosa ajuda de dois auxiliares miseráveis - qual deles o pior...
Da próxima vez que jornalistas e paineleiros televisivos perderem horas a discutir as razões da ausência da criatura dos grandes palcos internacionais, não precisam de se dar ao trabalho. Basta perguntarem no Restelo.
A este respeito, existe leitura complementar recomendada.

IV



Terminemos, por hoje, com o extraordinário fenómeno das assistências no Restelo: cheguei de Belém com a alma cheia, muito por culpa do público presente na "outra bancada". Falamos de uma segunda-feira ao início da noite, com trânsito tramado no centro da cidade e jogo transmitido pela televisão - os factos habitualmente apontados para o pouco público que por norma se desloca ao Restelo. Sucede que apesar de tudo isso, o estádio estava (muito) bem composto e o apoio à equipa foi evidentemente mais eficaz - aqueles "Belém - Belém" de bancada a bancada são, não o duvidem, bem sentidos dentro de campo. Pelo que devemos considerar que andou (mais uma vez) bem a Comissão de Gestão ao levar a cabo política de portas abertas; como andou igualmente bem na promoção do desafio, fosse na imprensa gratuita, fosse no Bingo (actividade que me pareceu ter sido um sucesso). A verdade é que o público correspondeu, até com crianças, apesar da segunda-feira à noite e da transmissão televisiva. Sobra o quê para justificar a (diferença de) adesão? O (habitual) preço dos bilhetes? Fica a pergunta, num assunto a merecer desenvolvimento em próximas reflexões - e, sobretudo, a merecer análise detalhadíssima por parte dos responsáveis do clube.
Para já, fica uma pergunta: o que é feito in loco naquela bancada para garantir que aqueles belenenses regressem ao Restelo daqui por quinze dias? E que o façam, de preferência, como associados?

domingo, 9 de novembro de 2008

Fora da Taça mas com boas indicações

Entre as muitas frases feitas que se utilizam na análise de um jogo de futebol, existe aquela, já célebre, que menciona a possibilidade de um treinador "perder um jogo mas ganhar uma equipa". De algum modo, qualquer coisa parecida poderá ter ocorrido hoje na Figueira da Foz ditando a saída do Belenenses da Taça de Portugal. Não quero com isto dizer que Jaime Pacheco tenha encontrado hoje a solução miraculosa para os muitos problemas que afectam o nosso futebol profissional mas, bem vistas as coisas e se dúvidas ainda existissem, a segunda parte do desafio de hoje mostrou à exaustão uma entrega, uma garra, uma vontade e uma capacidade de sofrimento absolutamente notáveis - o que, como é sabido, é meio caminho andado para a obtenção de resultados positivos. Por outro lado, se considerarmos apenas os 90 minutos regulamentares, Pacheco continua sem perder ao cabo de 6 jogos e, de momento, a equipa já começou a marcar golos. Não é muito, é certo, mas todos estamos certamente recordados daquela coisa que ainda há um mês se arrastava em campo na era pré-Pacheco e a que alguns chamavam equipa. Mas adiante: a nova equipa técnica chegou e o onze, ainda que sem grandes soluções alternativas, começou a carburar minimamente. Menos mal, até porque como é sabido nestas coisas não há milagres - e o plantel construído por dois ou três irresponsáveis (para ser meigo na adjectivação) que entretanto deram à sola é o que é (e pelo menos até Janeiro será este).
Quanto ao desafio, diga-se que a Naval teve claramente a sorte do jogo: não é frequente uma equipa marcar três golos, dividindo-os entre o último minuto da 1ª parte, o primeiro minuto da segunda e os momentos derradeiros de um prolongamento. Mas para sermos sérios convirá referir que, se não é frequente marcá-los, também não será frequente que a outra equipa consinta três golos nesses mesmos momentos. São falhas de concentração impensáveis em alta competição, aspecto que Pacheco terá que trabalhar daqui em diante. De resto e apesar do Belenenses se ver mais uma vez forçado a correr atrás do prejuízo, creio que se retiraram hoje muito boas indicações para o futuro. A equipa técnica não tem medo de mexer a tempo e horas e a entrega, como já foi dito, justifica amplamente os vencimentos. A dado passo do prolongamento terá ficado a ideia de que a aposta era nas grandes penalidades e na categoria de Júlio César perante as ditas. Estratégia legítima, evidentemente, mas que comportou riscos que penso terem sido desnecessários sabendo-se ainda para mais que a Naval tinha jogado há poucos dias.
Na próxima segunda-feira, frente à Académica (também ela hoje eliminada), julgo ser pacífico dizer que se trata de um jogo em que apenas um resultado é possível rumo a uma época tranquila: a vitória. E é por ela que o Belenenses terá que lutar, deixando tudo em campo. Naturalmente e apesar de estarmos a falar de mais uma segunda-feira à noite, os sócios e adeptos também não estão dispensados de fazer o mesmo - o que equivale a dizer: comparecer, apoiar durante 90 minutos e a plenos pulmões. Que assim seja e verão que os três pontos não escapam.
Uma nota final: gostei de ver, ao lado da incansável Fúria Azul, a faixa da Alma Salgueirista. Já não é a primeira vez, bem sei, mas nunca será excessivo registá-lo, pelo que siga daqui um abraço amigo e votos de rápidos sucessos para a rapaziada do velho Salgueiral.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Para esquecer

Mau jogo de andebol esta noite no Acácio Rosa, com o ABC a ser a menos má das duas equipas em campo.
Primeira parte desastrosa do Belenenses, jogando sem imaginação, errando passes, rematando à toa e displicentemente. Incrivelmente, João Florêncio não mexeu nos seis jogadores de campo (os dois Tiagos e os dois Pedros, Pina e José Rocha), apesar da má prestação de todos! A 7 minutos do intervalo o Belenenses tinha facturado 9 golos e sofrido 11. O intervalo chega com 13-15.
Aos 5 minutos da 2ª parte a primeira mexida na equipa azul. O jogo continuou mal jogado e aos 10 minutos da 2ª parte o ABC era quase virtual vencedor da partida, com 15-23. É então que Elledy Semedo começa a facturar, mostrando a vontade e a determinação que faltou aos colegas. Aos 45 minutos ainda perdíamos por 19-25 e o ABC parecia senhor da partida. Num último esforço os azuis conseguem reduzir por várias ocasiões para três golos de desvantagem; infelizmente, uma série de más decisões da dupla de arbitragem acaba por prejudicar o Belenenses. O jogo acaba com 28-31, um resultado algo lisonjeiro para a péssima prestação dos da casa. Na nossa equipa destaque positivo apenas para Elledy Semedo, que mostrou que se justificava a sua entrada bem mais cedo; Florêncio insisitiu no seis-base demasiado tempo e na fase decisiva da partida mais de metade da equipa estava sem pernas.
No ABC saliência para os dois excelentes pontas, Dario Andrade e Eduardo Gaifém.
A arbitragem esteve bem na primeira parte mas na segunda borrou a pintura com más decisões em catadupa.

domingo, 2 de novembro de 2008

Quem é que disse que a máfia estava na Sicília?

Quatro dias depois de se observar no estádio do Gil Vicente uma faixa inacreditável que tem merecido absoluto encolher de ombros da Liga e dos seus responsáveis (por certo gente honestíssima, a avaliar pelo estado de prontidão com que actuaram no Caso Meyong), o Belenenses foi hoje à Reboleira defrontar uma equipa que se inscreveu nessa mesma Liga (vá lá saber-se como e com que papelada...), para tomar contacto com uma nova promessa da arbitragem portuguesa: Marco Ferreira, apitador da Pérola do Atlântico - assim se chamava a encomenda, posto que só podia mesmo vir encomendada...
Como é amplamente reconhecido por TODA a imprensa presente na Amadora, o homem (e os bandeirinhas, fruto da mesma colheita), roubou a bom roubar e se mais não roubou foi apenas por já não saber como o fazer: a expulsão de Wender por falta (?) cometida por China nas barbas do fiscal de linha e com o chefe do gangue bem colocado, é apenas a prova provada de que não é de todo possível acreditar na inocência destas quadrilhas.
Quanto ao futebol em si - que qualquer pessoa minimamente bem formada não tem deste modo gosto algum em comentar -, o Belenenses soma mais um ponto e continua sem perder no consulado de Jaime Pacheco. Na próxima jornada, recebendo a Académica, temos uma excelente ocasião de somar a primeira vitória no campeonato invertendo assim de modo decisivo o rumo que marcou o início da época. Assim não nos apareça pela frente, claro está, o Marco Ferreira ou outro bandido que se lhe equivalha.

No entretanto, João Barbosa reagiu ao roubo desta tarde e fê-lo de forma clara, o que se aplaude. Já o dr. Hermínio - também ele Loureiro - tem muito que explicar: é a velha história da mulher de César...

sábado, 1 de novembro de 2008

Vitória para mais tarde recordar

Em mais uma mostra de garra e crença até ao último segundo de jogo, a equipa de futsal do Belenenses alcançou uma tão justa quão sofrida vitória frente ao Sporting. Não vou falar em detalhe do jogo, até porque o Futsal Portugal o faz de forma excelente nesta crónica. Quero antes realçar a forma notável como os azuis conseguiram colmatar as ausências de Caio Japa (castigado) e Fábio Aguiar (que curiosamente assistiu ao jogo ao lado do ex-colega de equipa) e a inevitável tensão resultante das incertezas directivas e financeiras do clube.
Inevitável falar da dupla de arbitragem de má memória (Luz, época passada, 4-5; Freixieiro, no famoso jogo do penalti que deixou de o ser): estou em crer que, não fosse a extraordinária pressão exercida pelos indignados adeptos azuis, revoltados por uma sucessão de más decisões na segunda parte (mão de Deo na área, jogada de golo certo interrompida, critério disciplinar discutível), não teriam marcado o claro penalti que deu o empate e a falta que levou Miguel Almeida para os 10 metros. Não é só para impulsionar a equipa azul que o Acácio Rosa é um inferno sem paralelo!
Os jogadores belenenses mostraram nesta partida que, mesmo com uma equipa menos experiente e que por vezes parece algo desnorteada em campo (muitos passes errados), a vontade indomável e a classe que sabem que têm conseguem vencer as maiores adversidades.
Por fim, um abraço para o Lacerda e o Ulisses, com quem tive o prazer de sofrer em conjunto nesta tarde.
Viva o Belenenses!