domingo, 26 de outubro de 2008

Outra equipa

Chegado do Restelo, gostei do que vi. Na verdade, descontada a significativa dose de infelicidade que nos acompanhou ao longo dos 90 minutos, observámos uma equipa como que transfigurada em relação à "era Mior", a mostrar que em cerca de 15 dias de trabalho, se não é possível fazer milagres, é pelo menos possível alterar os quadros psicológicos, injectar confiança e determinação q.b., reconquistar empatia entre adeptos e grupo de trabalho e instituir alguma organização colectiva. Ora, quero acreditar que é com base nestes (aparentemente) pequenos aspectos que poderemos começar a encarar o resto da época com alguma confiança sem, naturalmente, deixar de ter os pés na terra - porque este plantel tem lacunas graves e Jaime Pacheco terá muito trabalho pela frente.
De qualquer modo e como deixei expresso no lançamento da partida, não creio que este ponto seja negativo. Obviamente que, visto o jogo, ficou claro que teria sido possível algo mais mas, de igual modo e após o 0-1, também se tornou evidente que o mais importante - atendendo aos factores anímicos e à tremideira classificativa - era mesmo não perder.
Olhando a parte técnica, a qualidade de Jaime Pacheco não me surpreendeu como imaginarão aqueles que se dão à maçada de ler regularmente este espaço: não distribuímos fruta durante 90 minutos (Pacheco tem muito mais fama do que proveito), as substituições foram feitas com lógica e a tempo e horas - esqueçam aqueles números de mexer na equipa a 10 minutos do fim - mostrando capacidade de, como diria mister Jesus, "ler o jogo", e não menos relevante, o novo técnico mostrou ser capaz de surpreender e adaptar o modelo às disponibilidades, ao optar de início por algo próximo de um 4-2-3-1 com Sérgio Organista numa posição próxima de Gomez.
Recapitulando, no conjunto gostei do que me foi dado ver e volto do Restelo mais animado quanto àquilo que podemos fazer nos tempos mais próximos. E como um bem nunca vem só, saúda-se a (re)disponibilização de dois bares de apoio à nossa bancada, facto aparentemente simples mas que facilita muito a vida a quem quer comer ou beber qualquer coisa antes ou no intervalo do jogo. Ainda para mais, no "renovado" Bar do Rugby, foi ontem possível parabenizar os nossos craques da bola oval pela espectacular vitória obtida, em condições tremendas, na Tapada da Ajuda.
Nota negativa, apenas, a do pouco público presente - embora o que picou o ponto se tenha mostrado sempre fiel no apoio à equipa (e parabéns aos adeptos do Guimarães que mais uma vez mostraram no Restelo estar, em qualidade, a anos-luz de avanço de tantos outros). Mas dizia eu: andou bem a Comissão de Gestão com uma série de iniciativas que mereciam outra resposta por parte da nossa gente. Esteve mais público no Restelo, é certo, mas mesmo assim muito aquém daquilo que se justificava num sábado à tarde, a horas decentes, com tempo convidativo. Como que a fazer lembrar o que já todos sabemos: embora sejam evidentemente de manter estas medidas conjunturais, o defeito é estrutural e é nesse quadro que deve ser atacado. De qualquer modo, também aqui, é importante encerrar a prosa com ventos de alguma esperança: para início, não está mal.

sábado, 25 de outubro de 2008

Vitória heróica!

O quinze do Belenenses venceu esta tarde a equipa de Agronomia na Tapada da Ajuda por 24-25, mantendo assim o comando da classificação à passagem da 4ª jornada. Importante referir que o jogo terminou com o Belenenses a actuar com 12 jogadores - três expulsões!!! - desde metade da segunda parte, segundo período que entretanto os azuis já haviam começado reduzidos a 13 unidades.
Uma vitória heróica - da qualidade, da garra e do querer! Mais informações em breve no sítio do costume.

Um sábado muito importante

O Belenenses tem hoje um sábado de grande importância, com sócios e adeptos a perspectivarem a inversão de marcha e o arranque para um novo ciclo positivo. Para já, Jaime Pacheco conta por vitórias os três jogos disputados que, embora aparentemente simples, permitem capitalizar uma boa dose de confiança - elemento muito importante que aliás era um bem muito escasso ao tempo da anterior equipa técnica.
Ora, a ver apenas duas equipas pelo "espelho retrovisor" na classificação, é imperioso que o Belenenses pontue frente ao Vitória de Guimarães. É desejável que ganhe, evidentemente, mas como de todo não há milagres importa sobretudo não perder. Ciclos cada vez maiores a pontuar acabarão por possibilitar ao Belém uma época tranquila que, tenho-o para mim embora deseje estar enganado, é o máximo a que podemos de momento aspirar. Apesar disso e como a história e os "borregos" também contam para estas matemáticas, já há quem não se lembre de ver o Vitória ganhar no Restelo, mesmo em épocas em que apresentou equipas manifestamente superiores. Não há portanto razão alguma para que se esqueça o notável poder da Tradição.


Entretanto, uma acertada iniciativa propõe uma recepção de nível aos nossos atletas por ocasião da sua chegada ao Restelo. Justifica-se inteiramente a acção mobilizadora, pelo que daqui se reforça o apelo a uma adesão em grande número. É esta a melhor forma de dizermos todos: "Força rapazes, anda Pacheco, 'bora Belém!" - pelo que já sabem (e se não sabem ficam a saber): 16h40 junto ao portão de estacionamento e acesso dos jogadores aos balneários.

(note-se em todo o caso que a presença no cordão humano não dispensa os participantes de um apoio constante e ruidoso a partir das 18h30...)

Noutro plano, também este sábado mas desta vez pelas 15h00, o quinze do Belenenses visita a equipa de Agronomia em jogo agendado para o relvado da Tapada e que ditará a separação dos dois emblemas do grupo que de momento lidera a classificação. E isto dito, justifica-se uma presença em bom número de adeptos azuis - rumo à desejada revalidação do título nacional. Força Campeões!

domingo, 19 de outubro de 2008

Com o pássaro na mão

Ainda não foi esta manhã que o Belenenses se estreou a vencer na Liga de Basquetebol. Num encontro muito equilibrado, os azuis chegaram a estar a vencer por 7 pontos (72-65) com menos de três minutos para jogar mas um parcial de 3-13 a favor do Queluz trouxe-nos a 4ª derrota na competição.
Mais uma vez a falta de banco condenou os azuis que, quando podem contar com Ailton, Justin, David e Sami simultaneamente em campo batem-se quase de igual para igual mesmo com adversários mais cotados. Os problemas surgem quando o experiente Paulo Simão faz passes despropositados ou falha triplos sobre triplos ou quando Justin Taylor ou David Paris têm que descansar.
Com ambas as equipas a falhar muitos lançamentos, foi na maior eficácia nos triplos que o Queluz fez a diferença. Justin foi incansável, Ailton inexcedível debaixo das tabelas e David Paris muito certinho nos lançamentos perto do cesto.
Acaba por ser cruel uma equipa tão esforçada perder jogos atrás de jogos; mesmo com um maior entrosamento que o tempo trará a falta de banco vai tornar a luta pela manutenção muito complicada. Suor não falta, empenho idem, falta o golpe de asa de que falava o poeta. Vamos acreditar e apoiar, que eles bem merecem.
Nota final: que os sócios não paguem a um domingo de manhã, num jogo televisionado, aceita-se; mas porque é que os não sócios também entraram à borla? E que apoio deram à sua equipa, os que viajaram de Queluz.

sábado, 18 de outubro de 2008

Grande jornada europeia

Pavilhão Acácio Rosa com uma boa assistência (cerca de mil espectadores) para o regresso do Belenenses às competições europeias em andebol (recorde-se aqui as anteriores participações). Perante os montenegrinos do HC Berane, havia que recuperar 4 golos de desvantagem da primeira mão.
Primeiros minutos equilibrados, golo cá, golo lá e 5-6 aos 10 minutos. Os azuis estavam nervosos, falhavam passes e precipitavam-se no ataque. Já os eslavos jogavam com agressividade mas sem especial talento. Lentamente o Belém foi arrumando as peças (o sete inicial era composto pelos jogadores mais experientes), trocando melhor a bola e defendendo com mais acerto. Aos 18 minutos já estávamos em vantagem por 10-8, chegando à vantagem na eliminatória com 14-9. Infelizmente os últimos cinco minutos da primeira metade foram desastrosos e o Berane reduziu para 14-13. Erros a mais num jogo desta natureza. Chegou a jogar-se contra apenas 4 jogadores de campo e nem assim se conseguiu dilatar a vantagem. Destaque para um golo de Hugo Figueira, com um remate de baliza a baliza perfeito.
A segunda parte foi completamente diferente: o Belém comandou quase como quis, foi facturando (com destaque para Pedro Matias e Tiago Fonseca; Spínola e Pina estiveram desastrados) e a 13 minutos do final a vantagem era de seis golos: 24-18. O adversário não conseguiu reagir e praticamente resignou-se à evidência da superioridade azul. Realce-se os 3 golos de António Areia (que falhou outros tantos mas nunca teve receio de atirar à baliza) e a entrada do jovem guarda-redes André Vilhena nos últimos 2 minutos.
Esta partida foi bem típica desta equipa: instável, com momentos maus e outros brilhantes e sobretudo com uma vontade inquebrantável de vencer contra todas as adversidades. Uma atitude irrepreensível.
Uma nota ainda para a dupla de arbitragem: de grande rigor na análise dos lances, severa a nível disciplinar e com uma uniformidade de critérios impressionante; e para a presença do seleccionador Mats Olsson (mesmo atrás de mim), que no final aplaudiu de pé a nossa equipa.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Andebol e basquetebol no Acácio Rosa




























domingo, 12 de outubro de 2008

Belenenses, 61 - CAB Madeira, 93

Esta tarde a equipa de basquetebol do Belenenses sofreu uma derrota pesada frente ao CAB Madeira. Tal como ontem, a nossa jovem equipa bateu-se muito bem no 1º período, que chegou ao fim com 19-19 no marcador. E, também tal como ontem, quando Artur Cruz começou a fazer substituições, o adversário adianta-se no marcador. Pese o esforço de João Vicente e Rui Biscaia, trata-se de jogadores (ainda) sem andamento para uma Liga; João defende com agressividade mas falha muitos lançamentos, ao passo que Biscaia é determinado a iniciar jogadas de ataque mas nem sempre executa passes com acerto ou toma a melhor opção de passe.
Ainda em reprise de ontem, David Paris cedo chegou a 3 faltas, o que condicionou a estratégia azul. Hoje o norte-americano (14 pontos) até esteve melhor, conseguindo bons cestos debaixo da tabela, alguns deles em excelentes combinações com Ailton Medeiros (13 pontos), que voltou a estar muito bem, só entrando em algum desacerto no último período.
O intervalo chegou já com algum desnível no marcador: 34-43.
A segunda metade trouxe um Belenenses sem soluções face a um adversário que jogou sempre muito concentrado e que revelou grande eficácia nos lançamentos de 3, o que provocou um rápido avolumar da desvantagem azul. Com o jogo perdido, Artur Cruz dá a oportunidade aos jovens Francisco Barbosa e Tiago Carvalho para jogarem, tendo ambos tentado a sua sorte em lançamentos - mas sem sucesso.
Individualmente, além dos já citados, nota para uma exibição menos conseguida de Justin Taylor e para uma boa prestação de Anastacio Sami.
Tornamos a lembrar que esta equipa, além de jovem, foi constituída à pressa e carece de rodagem para uma I Liga. Com o tempo podemos vir a esperar melhores resultados. O campeonato é longo e equipas com outras condições já sofreram este ano derrotas estrondosas (hoje, o detentor daTaça de Portugal, Vitória de Guimarães, perdeu em casa com o Barreirense por 57-88 e o Ginásio Figueirense foi derrotado naLuz por 105-56!).
Coragem, rapazes!

Rugby mantém o hábito de ganhar

Segunda jornada da Divisão de Honra, segunda vitória. Depois de há uma semana ter cilindrado o quinze benfiquista por 50-0, já esta tarde - no Restelo -, o Belenenses derrotou o CDUP por 48-12, assegurando assim frente à equipa que viajou da Cidade Invicta os pontos necessários para continuar na liderança da classificação.
Informação complementar no sítio do costume.

sábado, 11 de outubro de 2008

Belenenses, 64 - Benfica, 80

250 espectadores presenciaram a estreia caseira do Belenenses na Liga de Basquetebol 2008/2009. Poucos estariam à espera de um primeiro período de domínio dos da casa e completo desnorte dos benfiquistas: com o novo base Justin Taylor completamente endiabrado e Anastacio Sami certeiro nos 3 pontos o Belém chega aos 10 minutos a vencer 22-12.
O segundo período mostrou que o jogo iria mudar, por três motivos: maior acerto nos lançamentos encarnados, ausência de soluções no banco belenense e uma arbitragem que beneficiou os visitantes de forma descarada (onde não podia deixar de pontificar Sérgio Silva, um artista já bem conhecido dos espectadores do Acácio Rosa) - a dualidade de critérios na marcação das faltas foi escandalosa. Ainda assim os azuis ainda chegaram em vantagem ao intervalo: 34-32.
A segunda metade foi um prolongamento destes três factores, acompanhado por um crescente cansaço dos nossos jogadores. As falhas nos lançamentos e a perda de muitos ressaltos ajudaram ao ampliar do marcador, que os azuis não mais conseguiram evitar.
Ainda assim, exibição muito positiva para uma equipa que foi construída à pressa. Ficaram boas indicações para o futuro. Justin Taylor foi o melhor belenense, com uma exibição coroada com um magnífico cesto de costas para o cesto, além de uma movimentação constante- um jogador com sangue na guelra.
Esperava-se mais de David Paris mas ainda assim contribuiu com 11 pontos, menos 2 que Ailton Medeiros, que teve exibição muito meritória. Anastacio Sami esteve fantástico no primeiro período, tendo decaído muito após a 3ª falta.
Amanhã, em jogo que não vai ser fácil, espera-se que os briosos atletas da Cruz de Cristo alcancem a primeira vitória na prova, frente ao CAB Madeira (18 horas).

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Anda, Pacheco!



Apesar dos esforços em sentido contrário de muito jornalista-empresário, Jaime Pacheco foi hoje apresentado no Restelo como treinador do Belenenses, com contrato válido até ao final desta temporada. Com Pacheco viajam para o Restelo os seus habituais colaboradores: o adjunto Vitor Nóvoa e o preparador físico António Natal.
Jaime Pacheco arrancou nas suas novas funções com um discurso agradável, próprio de um profissional experiente e muito trabalhador, um Homem sério e humilde a quem as adversidades não metem medo. Esperemos que tenha o engenho e a arte suficientes para que possa permanecer por muito tempo no Restelo, posto que está à vista a possibilidade de se tratar de um casamento altamente vantajoso para as duas partes. Como sempre aqui afirmei, trata-se de uma excelente solução.
Força Jaime, 'bora Belém!





Declarações de Jaime Pacheco (e que vale a pena ler):
-> «Belenenses é o clube ideal para mim!»
-> «Tenho a convicção de que vou ganhar»

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

As primeiras escolhas de "A Bola"

Rogério Gonçalves é primeira escolha:
A comissão de gestão do Belenenses não perdeu tempo e já começou a procurar sucessor para Casemiro Mior, mesmo antes de a rescisão estar oficializada. No topo das preferências está Rogério Gonçalves, ex-treinador do Beira-Mar.
Jorge Costa pretendido no Restelo:
O antigo internacional português Jorge Costa, actualmente a treinar o Olhanense, é o treinador cujo nome está no topo da lista do Belenenses para suceder a Casemiro Mior.
É caso para dizer que se o Vítor Serpa não mete rapidamente ordem na casa lá se vai o "título de referência". Quanto a mim, sou de ideias fixas: anda, Pacheco!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Com uma semana de atraso

Casemiro Mior já não dirige o treino:

A Administração da SAD do Belenenses já chegou a acordo para rescisão de contratos com o treinador adjunto António Dominguez e o preparador físico Márcio Corrêa mas ainda decorrem negociações para "ser possível atingir um entendimento em termos semelhantes" com Casemiro Mior. O treinador já não dirige o treino da equipa.
A sessão de trabalho vai ser orientada por Diamantino Figueiredo, treinador de guarda-redes na equipa técnica de Mior, e Romeu Almeida, ex-jogador que transita dos juniores.

domingo, 5 de outubro de 2008

Mal menor na Figueira

Nada de novo na frente futebolística: ontem, frente ao Naval, o Belenenses tentou a vitória, jogou um futebol deficiente, com poucas jogadas bem gizadas, sofreu um golo que apesar de tudo não merecia - mas desta vez, tal como frente ao Paços, minimizou os estragos com um golo de Porta em recarga a uma bomba de José Pedro.
Foi um jogo com escassos motivos de interesse, muito (mal) jogado no meio campo, com alguma supremacia territorial do Belenenses. O Naval, pese o discurso do seu treinador, não pareceu uma equipa muito esclarecida, não tirando sequer partido da maior ansiedade azul.
Casemiro Mior, a meu ver, demonstrou que não pode ter futuro no nosso clube: os jogadores têm vontade mas nota-se a olho nu que não existe timoneiro, são escassas as jogadas que se pressente serem resultado de trabalho nos treinos e é a inspiração individual de alguns jogadores que vai evitando o desastre total. Neste particular há que realçar o labor de Wender e José Pedro, que se entendem bem pela esquerda e levaram o perigo à grande área figueirense. Em contrapartida, é aflitivo ver Silas a desmarcar-se regra geral bem e a não conseguir o passe final em condições para golo.
O Belenenses tem um plantel que é inferior ao do ano passado mas que tem matéria prima para um campeonato mais que sossegado. Falta um líder à altura e, não sendo adepto de chicotadas, parece-me que cada semana que passa é tempo perdido e angústia ganha para as jornadas finais.

sábado, 4 de outubro de 2008

Benfica, 0 - Belenenses, 50

Na torreira do campo da Sobreda (onde só há 3 fileiras de bancada, ainda por cima viradas a poente) 150 espectadores assistiram a uma arrasadora vitória do Belenenses frente ao Benfica, na jornada inaugural do Nacional de Rugby.
Após a desastrosa prestação na Supertaça os azuis entraram cheios de força e, com uma penalidade convertida por Francisco Moreira e um ensaio de Sebastião da Cunha (concretizado), chegou a 10-0 logo aos sete minutos de jogo. Foi o início de um jogo em que o Belenenses dominou em toda a linha, com privilégio para a circulação de bola à mão, com que os encarnados nunca se entenderam, demonstrando também fraca capacidade defensiva. Dos sete ensaios do Belém, vários foram obtidos com jogadores em corrida livre, quase sem oposição! De referir que a primeira metade foi praticamente toda jogada no meio campo encarnado.
Os 17-0 ao intervalo prenunciavam a possibilidade de se alcançar um ponto bónus, logrado facilmente, não parando no entanto os azuis ao quarto ensaio, continuando a pressionar o adversário, a roubar bolas e a gizar algumas jogadas bem bonitas. Não podia faltar o ensaio de William Hafu, penetrando como quis na linha de 22 adversária e concretizando debaixo dos postes.
Como nem tudo é perfeito, registo para dois aspectos a melhorar e que podem comprometer a equipa em jogos mais equilibrados: nos pontapés aos postes continuamos muito perdulários, hoje Moreira falhou dois facílimos; e perderam-se demasiadas jogadas de ataque por toques para a frente.
Em resumo: vitória mais que justa e que podia ter atingido números ainda mais expressivos. O Belém começou bem a defesa do título.

Benfica, 0 - Belenenses, 50

Arrancou hoje o Nacional da Divisão de Honra de Rugby, com o Belenenses a entrar com o pé direito no campeonato em que lhe compete defender o título nacional alcançado na época 2007/08.
Esta tarde, o nosso quinze deslocou-se ao terreno do Benfica vencendo por categóricos 50-0, com o Belenenses a marcar mais do que os quatro ensaios que asseguram a conquista do respectivo ponto-bónus. Desenvolvimentos no sítio do costume ou, mais tarde, quando aqui chegar o "repórter do Torres" que apoiou o Belém marcando presença nesta deslocação à Sobreda.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Fazer pela vida

Já há uns meses, não muitos, o Nuno Gomes divulgou no Belém Livre um anúncio do Atlético de Madrid - este, em concreto - lembrando a necessidade imperiosa e urgente de recuperarmos sócios, de agarrar a nossa gente procurando alargar as bases sociais de apoio. O post era muito bom, como assinalei na altura, e ontem voltei a lembrar-me dele por ocasião da entrevista ao Correio da Manhã de Jorge Coroado em que o novo presidente da Mesa da AG do Belenenses afirmava categoricamente sermos hoje 7.000 sócios pagantes (estranhamente, dizia-o como se de um número significativo se tratasse). Sete mil, caramba! E desses, talvez fosse necessário contabilizar quantos pagam as quotas em virtude dos serviços de que usufruem ou por via de terem filhos a praticar desporto no Restelo. Feitas essas contas, alguém arrisca quantos sobram...?
Somos hoje poucos; mas quero crer que o primeiro passo para que possamos inverter a marcha é ter disso consciência - no fundo, o inverso da velha conversa da avestruz. Não somos, nem de longe nem de perto, o único clube do mundo que tem que dividir uma cidade com dois colossos comerciais, antes pelo contrário. Mas talvez já sejamos o único que se conforma com esse facto, nada fazendo para contrariar, usando dos meios que a modernidade impõe e facilita, a lógica das coisas. É isso que, de todo, não podemos admitir - sob pena de que, dentro de uns anos - poucos -, já não seja sequer racional abordarmos este tipo de temas. Ora, como que me juntando a essa cruzada pela sobrevivência, aqui fica um outro anúncio do Atlético de Madrid (que tem muitos e bons, fazendo-os frequentemente apesar de não estar nem perto da nossa situação). Estou firmemente convencido de que estes 25 segundos de televisão são profundamente entendidos por todos os belenenses que se preocupam.



O Atlético adapta os anúncios às situações. Tal e qual como nós, sabe o que é o inferno da segunda divisão e por isso, quando subiu, fez isto. Este ano, não esquecendo a necessidade aumentar os "abonados" apesar da Champions League, foi por aqui. É o que se chama não dormir em serviço.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sobre o jogo com o Leixões

Passado o choque da derrota de segunda-feira este blogue não queria deixar de alinhavar umas notas sobre o mesmo. Eis o que se me ocorre dizer:
- derrota injusta: o Belém, pese a ansiedade extrema, foi a melhor equipa e , no meio de muitas trapalhadas, criou ocasiões suficientes para ganhar pelo menos por dois golos; o adversário, mais sereno, arriscou muito pouco, teve um guarda-redes inspirado (o que já é habitual em Beto) e saíu-lhe a sorte grande num momento também inspirado de Braga (leram a entrevista dele ontem ao Record?);
- individualmente, na defesa: desta vez Júlio César não teve momentos em falso, mantendo uma irritante tendência para reter a bola nas mãos mais tempo do que deveria, permitindo ao adversário recompor-se na defesa; Cândido continua em baixo de forma, que compensa com grande entrega; Carciano não esteve seguro, ao contrário de Alex; Matheus foi a boa surpresa, actuando muito bem no lado esquerdo da defesa, só falhando no lance do golo (má sina a nossa!);
- meio-campo: Mano disparatado na primeira meia hora, soltou-se após esse longo período; Gomez não comprometeu mas podia ter "varrido" melhor o meio campo em algumas situações; José Pedro podia ter resolvido a contenda, primeiros remates fora do alvo, seguintes perigosíssimos; Silas empenhado mas menos influente que em outras partidas;
- na frente: Porta muito empenhado, deu o litro, nem sempre com acerto; Wender: vê-se que é um jogador acima da média (e, no nosso plantel, muito acima), luta bastante e ajuda a desenhar jogadas de perigo;
- substituições: Roncatto entrou bastante bem e podia ter-nos dado um ou mais golos; Wanderlei foi melhor que Carciano, com quem fez dupla forçada por lesão de Alex; João Paulo não se viu;
- público: umas duas mil e quinhentas pessoas desejosas de assistir a uma vitória que era merecida para as nossas cores; os belenenses foram mais pacientes que contra o Paços e não deixaram muito justamente de aplaudir a equipa no final, não em sinal de falta de exigência mas como reconhecimento pelo facto de a equipa ter lutado por um resultado melhor;
- Casimiro: é respeitado entre os azuis pela sua honestidade mas não parece capaz de dar a volta ao texto; quem sabe se duas vitórias seguidas ajudariam a sacudir a ansiedade e o Belenenses encetaria uma campanha positiva, sem grandes rasgos mas também sem grandes inquietações?
Nota final: jogamos no sábado numa terra simpática, a duas centenas de quilómetros da capital (ligação directa via A8 e A17). Há aqui um pretexto para um fim de semana bem passado, como não tem ocorrido com muita frequência na era Sport Tv. Confesso que espero uma vitória e nada como festejá-la in loco.

Vai jogar o Belenenses