Outra equipa
De qualquer modo e como deixei expresso no lançamento da partida, não creio que este ponto seja negativo. Obviamente que, visto o jogo, ficou claro que teria sido possível algo mais mas, de igual modo e após o 0-1, também se tornou evidente que o mais importante - atendendo aos factores anímicos e à tremideira classificativa - era mesmo não perder.
Olhando a parte técnica, a qualidade de Jaime Pacheco não me surpreendeu como imaginarão aqueles que se dão à maçada de ler regularmente este espaço: não distribuímos fruta durante 90 minutos (Pacheco tem muito mais fama do que proveito), as substituições foram feitas com lógica e a tempo e horas - esqueçam aqueles números de mexer na equipa a 10 minutos do fim - mostrando capacidade de, como diria mister Jesus, "ler o jogo", e não menos relevante, o novo técnico mostrou ser capaz de surpreender e adaptar o modelo às disponibilidades, ao optar de início por algo próximo de um 4-2-3-1 com Sérgio Organista numa posição próxima de Gomez.
Recapitulando, no conjunto gostei do que me foi dado ver e volto do Restelo mais animado quanto àquilo que podemos fazer nos tempos mais próximos. E como um bem nunca vem só, saúda-se a (re)disponibilização de dois bares de apoio à nossa bancada, facto aparentemente simples mas que facilita muito a vida a quem quer comer ou beber qualquer coisa antes ou no intervalo do jogo. Ainda para mais, no "renovado" Bar do Rugby, foi ontem possível parabenizar os nossos craques da bola oval pela espectacular vitória obtida, em condições tremendas, na Tapada da Ajuda.
Nota negativa, apenas, a do pouco público presente - embora o que picou o ponto se tenha mostrado sempre fiel no apoio à equipa (e parabéns aos adeptos do Guimarães que mais uma vez mostraram no Restelo estar, em qualidade, a anos-luz de avanço de tantos outros). Mas dizia eu: andou bem a Comissão de Gestão com uma série de iniciativas que mereciam outra resposta por parte da nossa gente. Esteve mais público no Restelo, é certo, mas mesmo assim muito aquém daquilo que se justificava num sábado à tarde, a horas decentes, com tempo convidativo. Como que a fazer lembrar o que já todos sabemos: embora sejam evidentemente de manter estas medidas conjunturais, o defeito é estrutural e é nesse quadro que deve ser atacado. De qualquer modo, também aqui, é importante encerrar a prosa com ventos de alguma esperança: para início, não está mal.