terça-feira, 29 de abril de 2008

O "caso Meyong" e os donos da bola

E pronto, confirmou-se a tese que aqui deixei sábado, ao dizer que a derrota na segunda circular nos tinha colocado a jogar para o 7º lugar e consequente apuramento para a final da Taça Intertoto, numa luta onde muito provavelmente apenas duas vitórias em dois jogos nos safam (na medida em que temos desvantagem directa com o Sp. Braga).
Pilhados que foram os 6 pontos e independentemente da justiça ou injustiça da decisão - confesso, eu próprio, um monte de dúvidas -, resta agora olhar em frente e, com a dignidade de sempre e que é própria d' "Os Belenenses", responder à decisão dos donos da bola voltando a conquistar em campo o que nos roubaram na secretaria. Pelo caminho, se se entender útil recorrer para o Tribunal Arbitral desportivo, que a SAD o faça e que todos cerremos fileiras remando para o mesmo lado. Pessoalmente e apesar de tudo, creio existir na instância em causa jurisprudência bastante para que não venha a ser por aí que possamos levar a água ao nosso moinho.
Duas notas finais:
1. O Belenenses deveria retirar imediatamente as suas conclusões sobre a gestão do dr. Hermínio (também ele) Loureiro na Liga Portuguesa de Futebol Profissional. A tal que sacode a água do seu capote ao invés de dar apoio aos seus filiados; a mesma que pretende castigar tentativas de corrupção com os mesmos 6 pontos entretanto roubados em Belém; a mesma que hoje castigou Hugo Alcântara com 3 jogos de suspensão por fazer uma festinha num grego que, convém lembrar, foi autor na época passada de uma agressão selvagem que colocou Anderson meia época no estaleiro sem que lhe tenha sido exibido um amarelo que fosse! Sobre a seriedade da novíssima Liga, do seu Hermínio mailo seu Pereira e a digníssima Comissão Disciplinar de ambos, estamos conversados.
2. Mais do que nunca, todos os profissionais que até ao dia de hoje tornaram possível, dentro de campo, um regresso directo à Taça UEFA, merecem que no próximo domingo, na recepção ao Vitória de Guimarães, ninguém fique em casa. Vamos todos ao Restelo mostrar aos muitos bandidos que se pavoneiam no futebol português que o Belenenses não é grande... é enorme!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Homenagem ao voleibol

Foi com grande alegria que senti a conquista do título nacional da A2 por parte das nossas meninas do voleibol. Antigo praticante (até ao último ano de júniores), muito me custou à época (anos 80) não poder evoluir no meu clube do coração, tendo que envergar outros emblemas. Foi por isso com curiosidade que encarei o regresso do Belenenses a uma das modalidades desportivas mais bonitas.
E, tal como sucedeu com o futsal, a aposta foi ganha. Não fruto do acaso mas de um trabalho persistente, paciente e - claro - de qualidade. Quando a tudo isto se junta um colectivo empenhado e com grande espírito de sacrifício, estão reunidos os condimentos do sucesso.
O Belém vai ser, assim, a única equipa a sul do Douro a competir na A1. É uma boa nova e ao mesmo tempo um sinal da época que vivemos. Na minha mocidade tínhamos, só em Lisboa, o Atlético, o Técnico, o Benfica, o Sporting, o CDUL, o ACM e o Pontinha a participar nas competições femininas (e estou de certeza a esquecer-me de mais alguns emblemas). Hoje é o que se vê, de resto a crise e o desinteresse não se verificam só no voleibol: em relação a há vinte anos atrás talvez o andebol seja a única modalidade em Portugal que não perdeu em número de espectadores.
O voleibol do Belém merece ser acarinhado, pelo trabalho já desenvolvido até aqui e, porque não dizê-lo, pelas expectativas que estão criadas para a próxima época. Num clube onde evoluem praticamente só homens, a secção de voleibol feminino é uma lufada de ar fresco e estamos certos que as moças de azul vestido ainda nos vão dar muitas alegrias.
Bem hajam.

Apelo de Diogo Pinheiro

Diogo Pinheiro, atleta da equipa sénior do Belenenses que sábado vai disputar a final do Campeonato Nacional e, também ele, campeão nacional na época 2002/2003, deixou ali mais para baixo, numa caixinha de comentários, a mensagem que de seguida transcrevo. Dia 3 de Maio, pelas 17h00, vamos todos pintar de azul o Jamor!

Este mail é para agradecer o apoio. Todos vimos na bancada a bandeira da Furia, com a do Belem ao lado, e se tiverem a curiosidade de espreitar na internet os blogs do mundo do rugby, todos dao os parabens á grandeza do Belenenses por ter conseguido mobilizar gente do Clube a ir ao rugby nesta fase! Obrigado a todos.
Agora... Estamos na Final do Campeonato! Faltam 80 minutos para o Nosso sonho e aquilo que mais queriamos era que, no proximo sábado, fosse o sonho de todos os Belenenses. Que a familia azul se juntasse toda por este objectivo, que também voces estivessem conosco. Sei que há outros jogos de outras modalidades, como o playoff do futsal etc... mas para nós... é 1 dia que pedimos, ou melhor 80 minutos, para TODOS sermos CAMPEOES!
Queremos mostrar a força que realmente tem o BELEM, no país de norte a sul seja em que modalidade for! Já começamos a impressionar na passada 6ª feira e queremos o Céu no proximo sabado!
Venham estar conosco e ver o Orgulho de ser Belenenses dentro do campo. Venham apoiar! TODOS! Venham ser CAMPEOES conosco!
Diogo Silva Pinheiro

Entretanto, na "secretaria"...

Anuncia-se para esta semana a decisão sobre o chamado "caso Meyong", bem como uma decisão sobre o "Apito Final", novela esta que diz respeito às tentativas de corrupção e demais actos dados como provados junto da justiça civil... que por si só estão sujeitos a penas pesadas à luz da regulamentação desportiva. Mas a este, já lá vamos.

Quanto ao caso Meyong, tenho uma "quase-certeza" e uma certeza. As boas notícias primeiro: a certeza que tenho é que o Belenenses tem razão em rejeitar ser punido com a subtracção de quaisquer pontos. É o próprio acordão da Comissão Disciplinar (CD) da Liga, curiosamente, que não deixa margem para dúvidas. Mais curioso é que a mesma CD tenha elaborado esse acordão vertendo decisão contrária (o que não deixa dúvidas quanto à inclinação do seu "colégio").
A má notícia é que, embora a Naval já não precise dos três pontos - novidade deste fim de semana - e embora nos assista razão, como referi acima, a decisão deste Conselho de Justiça da Federação pode muito bem ser-nos desfavorável. O Braga já pressionou, o Marítimo já pressionou, e agora já só falta o Vitória de Setúbal juntar-se ao peditório. Mais, um dos objectivos a conseguir pelo CJ é a isenção total de culpas da própria Federação, aliás decretada antecipadamente pelo próprio Presidente do organismo (!). Isto por si só não é um ponto necessariamente em nosso desfavor, mas será mais fácil "descarregar" tudo para cima do Belenenses.
Se assim fôr, aí está uma primeira oportunidade para a nova Direcção mostrar as "garras", isto embora o responsável pelas questões jurídicas se tenha mantido (Dr. Nélson Soares). É que, se aquele receio se confirmar, o Belenenses deve fazer seguir imediatamente um recurso para a FIFA. Será a única resposta admissível e já deverá estar preparada, presumo eu...

Quanto ao "Apito Final", vamos directamente ao que nos interessa, um Belenenses-Boavista disputado em 2004 - o tal que, salvo erro, João Loureiro chamou "de vida ou de morte". Curiosamente, nem terá sido a maior das roubalheiras executadas às ordens daqueles senhores no Restelo (mas enfim, foi o que se investigou, não já é mau).
E o que me leva a trazer este assunto foram uma declarações do Juiz Pedro Mourão sobre o caso, em que refere a possibilidade legítima de os clubes lesados virem a reclamar indemnização, forçosamente de natureza pecuniária (desportivamente já nada há a fazer).

Ou seja, fazendo um resumo do que temos "em secretaria", temos lutas pela frente, mas muito a ganhar e, sobretudo, muito que defender no que à imagem do Clube diz respeito. Com o "caso Mateus" acabou-se o clubezinho "bem comportado" e "simpático", há que prosseguir com a defesa intransigente e absolutamente prioritária dos interesses do Belenenses.

domingo, 27 de abril de 2008

Fim de semana contrastante

Fim de semana com sentimentos opostos. Alegria pela brilhante vitória em voleibol frente à briosa equipa do Praiense - e perspectiva de título nacional logo à tarde, em difícil confronto com o Arcozelo. Tristeza profunda pela derrota em andebol, quando tivémos o pássaro na mão e, em dois lances infelizes, entregámos a vitória a um ABC mais inseguro que o habitual. Alegria por mais uma brilhante vitória em futsal, onde não faltaram as boas jogadas, os golos bonitos e total entrega dos jogadores; e também pelo alcançar da final no nacional de rugby, num campeonato com um formato competitivo estapafúrdio. E mais uma decepção em futebol, onde, como bem diz o Pedro mais abaixo, não soubemos ganhar um jogo que estava perfeitamente ao nosso alcance.
Que hoje todos apoiem as nossa moças do voleibol, que elas bem merecem. Foi já bastante apreciável o apoio na sexta-feira, mostrando que a modalidade ganha adeptos no clube. O título seria o coroar de uma época brilhante.

sábado, 26 de abril de 2008

Um filme já visto

Estas coisas parecem estar escritas nas estrelas: no jogo mais fácil que nos esperava até ao final da época, entregamos o ouro ao bandido quando em nada ficamos a dever ao adversário...
À semelhança do que se passou na época passado, não faltaram oportunidades evidentes de golo para que o Belenenses tivesse saído da segunda circular com uma vitória de antologia... e ainda para mais sem espinhas. Mas como também por inúmeras vezes se foi verificando na história do futebol, é frequente as equipas não marcarem no jogo que se segue a uma goleada. Algo que vários adeptos temiam e que mais uma vez se veio a verificar. No conjunto, uma derrota com sabor muito amargo, por várias ordens de razões:
1. Porque é manifestamente injusta;
2. Porque a expulsão de Hugo Alcântara é perfeitamente estúpida e deverá ser objecto de uma multa, ao nível interno;
3. Porque - sabe Deus! - pode contribuir para agravar, a quinze dias do final da época, o mau ambiente que se vive dentro do futebol do clube, com os inerentes reflexos na temporada que aí vem;
4. Porque terá contribuído, de forma muito relevante, para o abandono do objectivo de chegar novamente à UEFA. Com efeito, olhando objectivamente para a classificação e para o calendário, penso ser sensato considerar como única meta plausível a conquista do 7º lugar que, como é sabido, dará acesso directo à final da Taça Intertoto - e à Taça UEFA em consequência. É para aí que teremos que, a partir de agora, apontar baterias.
5. Porque hoje, tentando surpreender os desesperados técnicos vermelhos, Jorge Jesus inventou um nadinha não colhendo daí benefício consistente que se visse. Acresce que entrando com Ruben Amorim e Gomez - quando apenas o Gavião deveria ter alinhado -, demonstrámos um receio perfeitamente absurdo face a um adversário que é de momento incapaz de meter medo a qualquer equipa do fundo da tabela da terceira divisão.
Enfim, como nem tudo é mau, parece claro - de olhos postos na próxima época - que há um aspecto muito positivo que este jogo terá confirmado: temos guarda-redes, e este é dos bons!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Rumo ao título nacional!



O Belenenses apresentou-se na 2ª mão da final four de râguebi com 22 pontos de vantagem conquistados há uma semana, uma folga muito razoável e que permitiu aos azuis manterem o jogo controlado. E apesar de uma primeira metade em que o CDUL, com alguma benevolência do árbitro, logrou uma vantagem de 9-0, o Belém entrou a sério após o intervalo reduzindo para 9-3. Com a tranquilidade decorrente da vantagem pontual conquistada no conjunto dos dois jogos - e com o CDUL a não se mostrar capaz de marcar um ensaio, limitando-se a pontuar chutando aos postes -, o quinze do Restelo foi crescendo e com naturalidade chegou aos 12-17, tornando assim incontestável a passagem à final do Campeonato Nacional.
Agora, resta aguardar pelo adversário que sairá do despique entre Benfica e Agronomia, com vantagem teórica dos segundos. No essencial, diga-se que o Belenenses tem evidentemente hipóteses de chegar ao título nacional, em especial se daqui por oito dias estiver em dia sim no que respeita aos chutadores, que parecem ser o elo menos forte desta bravíssima equipa do Belém.
No próximo sábado, que ninguém falte, que todos digam presente ajudando a engrossar a já significativa falange de apoio que hoje se fez sentir no Estádio Universitário. O Belenenses, com o apoio de todos, está a 80 minutos de se sagrar campeão nacional!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Uma noite próxima da perfeição... ou talvez não...

Um vitória clarinha como água carimbada com cinco golos sem resposta e (mais) uma grande penalidade por assinalar, eis numa pequena pincelada o que se passou neste início de noite no Restelo. Pelo caminho, terceira vitória consecutiva, Weldon a colocar-se no segundo lugar dos melhores marcadores onde só é ultrapassado por um (este ano) fabuloso Lisandro, João Paulo com muita vontade de mostrar serviço e Rafael Bastos - na linha do que havia feito na Reboleira - a deixar antever que pode fazer uma grande época em 2008/09. Ou seja: um conjunto assinalável de factores positivos, em vésperas de deslocação à Luz, num jogo em que a conquista dos 3 pontos representará a chegada ao 4º lugar.
Como é evidente, esta aproximação às pontuações da segunda circular diminuem consideravelmente as hipóteses de que não nos sejam pilhados os tais 6 pontos em disputa nas secretarias dos donos da bola - mas, enquanto os pontos estiverem deste lado, sempre vamos pensando nisso.
Para que a noite não fosse perfeita, apenas o assumir público, por parte de Jorge Jesus, daquilo que qualquer observador minimamente atento já percebia há muito (e por muito que as culpas sejam atiradas para os jornalistas): incompreensivelmente, quero crer que incompreensivelmente, não existe interesse dos responsáveis do clube em manter o melhor técnico do Belenenses dos últimos anos (largos), excelente profissional com provas dadas e que é garantia manifesta de boas campanhas e de... resultados conquistados. E assim, a modos que para me estragar a noite, se pode começar a deitar por terra um projecto desportivo ambicioso com resultados mais ou menos constantes que há muito não se viam no Restelo. Ora bolas...

Havendo Intertoto, o adversário vem de longe

Na eventualidade de terminar o campeonato em sétimo lugar, é conhecida a intenção do Belenenses de chegar à Taça UEFA via Intertoto. Ora bem, teve hoje lugar, na Suiça, o sorteio da referida prova, que ditou que o adversário do representante português encontre o seu adversário nas distantes ligas da Bósnia-Herzegovina, Montenegro ou... Turquia.
Por enquanto, a ambição é naturalmente o acesso directo à UEFA. Mas, et pour cause, sempre aqui fica o devido registo.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O arranque da hora da verdade

Depois de muito justamente ter logrado atingir a final-four de disputa do título nacional, a equipa de rugby do Belenenses recebe este sábado no Restelo, pelas 17h00, o CDUL, no jogo que assinala a primeira mão da meia-final.
No que corre de época, Belenenses e CDUL já se defrontaram por 3 vezes - duas para o campeonato e uma para a Taça de Portugal -, sempre com vantagem dos universitários apesar do equilíbrio quanto aos ensaios registados. Amanhã começa a decidir-se o acesso à desejada final, num jogo em que os nossos atletas por certo quererão repetir as lições de garra demonstradas há não muito tempo, por exemplo, nas deslocações ao Benfica e a Agronomia. É a hora da verdade, todos ao Restelo!

Leitura complementar: regras de desempate das meias-finais.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Notícias sobre o "caso" Meyong

O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol irá celebrar uma reunião no próximo dia 28 de Abril (em "breve", portanto), supostamente para dizer de sua justiça sobre o "caso" Meyong. Assim se diz na Rádio Renascença...

Entretanto a equipa vai amealhando pontos, na esperança que seis deles não venham a fazer falta. Ou, melhor na fé que é a nossa!

Por estes dias recordo-me de um "slogan" que surgiu aqui há uns dois anos (apadrinhado pela Direcção da altura): "Rumo à Europa!".
Muito escárnio sofremos pela ousadia, e o facto é fomos quase rumo à despromoção... mas é também um facto que lutar por uma presença nas competições europeias por duas épocas consecutivas... afinal foi possível!
Eu não me esqueço das saudades que tinha disto...

Belenenses empata playoff

Ao que parece com grandes exibições de Daniel Monteiro e Lance Soderberg, e sob o forte apoio de quatro mosqueteiros da Fúria Azul de Ovar, os nossos basquetebolistas derrotaram ontem em Matosinhos o FC Porto, no segundo jogo do playoff (quartos de final) da Liga LCB. Era fundamental esta vitória para podermos agora discutir a passagem às meias finais no nosso pavilhão. É a seguinte a agenda dos próximos jogos:
Jogo 3: Belenenses-FC Porto, 18-04-2008 – 21:00
Jogo 4: Belenenses-FC Porto, 20-04-2008 – 21:15
Escusado dizer que é fundamental o apoio de todos, agora que a equipa finalmente se parece ter encontrado e deixou para trás as exibições medíocres. De quem já ganhou esta época três vezes ao FCP e uma vez à Ovarense é legítimo esperar a presença na final do playoff.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sortes diferentes...

... tiveram as nossas equipas de futsal, por um lado, e de andebol e basquetebol, por outro. Em todos os casos nenhuma surpresa no resultado final.
Se do basquetebol a expectativa positiva existia, dados já termos derrotado o FC Porto por duas vezes esta época, a derrota em Matosinhos por apenas três pontos, com Paulo Simão a falhar um triplo no último segundo, demonstra que o playoff está em aberto. Fundamental é ganhar o jogo de amanhã para na sexta-feira, já no Restelo, ganharmos vantagem na eliminatória. O equilíbrio na Liga está mais que nunca na ordem do dia, vidé a vitória da Ovarense sobre o Barreirense por apenas um ponto.
Em futsal assistimos a um encontro com bons momentos, em especial os sete golos, todos de belíssimo efeito. A nossa equipa esteve mais complicativa do que o habitual no ataque, alternando hesitação no remate com remates sem conta. Felizmente foi possível facturar por cinco vezes frente a um adversário valoroso como é o Vila Verde, onde pontifica o nosso ex-jogador Majó. Em evidência do nosso lado estiveram Marcão e Caio, um jogador completo, que defende e ataca. Destaque para as quatro centenas de espectadores (meia centena veio da Terrugem) quando à mesma hora se disputava o encontro de futebol na Amadora, prova de que o futsal no Restelo tem já um público próprio e fiel.
Em andebol, perante meia centena de barulhentos adeptos azuis (que praticamente durante toda a partida se sobrepuseram ao milhar e meio de adeptos bracarenses), não houve surpresas. Com um plantel remendado, com soluções precárias, nomedamente na posição de pivot, os azuis tentaram contrariar o campeão ABC, uma equipa que nos momentos decisivos raramente falha (o equivalente ao Sp. Espinho no voleibol), valendo-se da sua experiência e da sua mais-valia técnica. Com Nelson Pina e Pedro Gama em evidência na primeira parte os belenenses conseguiram equilibrar a contenda. A segunda parte viu acumularem-se os erros e a distância no marcador a avolumar-se. Era difícil melhor mas todas as expectativas se concentram no jogo de domingo, onde os azuis podem e devem igualar a eliminatória, valendo-se do apoio do público, que mais do que nunca não pode falhar. Destaque para a extrema correcção e desportivismo com que decorreu a partida, entre jogadores que se respeitam e estimam mutuamente.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

E a UEFA aí à porta

A fechar um fim de semana nada antipático - 3 meias-finais conquistadas em rugby, futsal e andebol -, a segunda-feira trouxe mais uma boa notícia para os nossos lados com o Belenenses a ultrapassar Sp. Braga e Marítimo, isolando-se no sexto lugar, o último que dará acesso à Taça UEFA (descontando um eventual bilhete, menos agradável, via Intertoto).
De Matosinhos, além dos três pontos, chegou um jogo atípico, em que o Belenenses deixou bem clara a quem a quisesse ver a razão da diferença pontual que separa as duas equipas na tabela. É, na verdade, uma diferença de categoria que tem que se lhe diga e que os primeiros 30 minutos fizeram por demonstrar à exaustão, culminando num golo de Weldon após "assistência" de um atleta da equipa da casa. O mesmo Weldon que, fazendo o segundo golo, embeleza a lista dos melhores marcadores da prova, agora na 4ª posição (a propósito: parece que é preciso exercer para breve o direito de opção, vamos a isso!). Ora, quando todos pensavam que o Belenenses tinha morto o jogo, Jesus comete um erro de leitura do jogo - coisa rara no nosso "mister"...! - que, associado à nossa tendência por vezes algo suicida de entregar totalmente o jogo ao adversário, nos veio a causar problemas provocando um desnecessário sofrimento. O Leixões nunca baixou os braços e veio por aí a cima, logrando nos momentos finais duas grandes penalidades - a segunda das quais absolutamente extraordinária, na linha daquela outra assinalada há oito dias no Restelo e que os árbitros tugas insistem em ver tratando-se do Belenenses. Menos dado a colaborar com os falsários (hoje foi Cosme Machado), Júlio César entendeu por bem defender os dois pontapés - e que defesa... aquela segunda! -, tornando-se assim num dos homens do jogo e começando a cimentar esperanças num futuro bem azul. Nome de Imperador já tem. Única vantagem da invenção da tal penalidade máxima: não permitir ao adversário argumentação consistente no que respeita a uma mão na bola dentro da grande área, coisa absolutamente despropositada de Hugo Alcântara, ainda na 1ª metade.
Partimos agora para a recta final da prova - faltam 5 jogos - com 2 pontos de vantagem sobre Braga e Marítimo, considerando que a justiça desportiva se envergonhará de secundar a tese do grande "regenerador" Hermínio Loureiro, que se permite lavar as mãos como Pilatos pilhando 6 pontos ao Belém, mais do que aqueles que evetualmente poderão vir a ser aplicados a outros em processos de corrupção e demais abordagens edificantes da prática desportiva. Se, como é admissível, imperar a falta de vergonha, o Belenenses está a 4 pontos apenas do tal 6º lugar, pelo que a meta continuaria a ser viável posto que ainda se encontram em disputa 15 pontos que a equipa, aliás, tem capacidade para conquistar. Assim os nossos jogadores disso se mentalizem e assim os trios de arbitragem deixem de inventar panalidades máximas nos minutos de descontos.

(Momento de fair-play habitualmente ausente dos nossos estádios: ao contrário da claque da equipa da casa, que, acompanhando um estúpido hábito que ultimamente dá cartas nos campos lusitanos se entretinha a insultar o nosso guarda-redes por cada vez que apontava um pontapé de baliza, eu respondo em moeda diferente; não tanto pelo que fez hoje mas pelo que vem mostrando desde o início do campeonato, é profundamente injusto que Beto - o keeper leixonense - não tenha ainda merecido da parte de Scolari uma oportunidade nos jogos de preparação da equipa nacional. Vestisse ele de verde e era titular indiscutível...)

Só pecam por tardias

Declarações de Fernando Sequeira ao jornal O Jogo:

O presidente do Belenenses, Fernando Sequeira, insurgiu-se ontem contra algumas notícias que, segundo alega, não são verdadeiras e só criam instabilidade. "Há interesse, não sei se de dentro do Belenenses ou de fora, em desestabilizar o clube e a equipa de futebol. Não conheço os motivos para esta desestabilização, mas admiro-me muito que, tendo estado as candidaturas à presidência abertas por dois meses, ninguém tivesse aparecido. Não tiveram coragem para assumir candidaturas e deviam agora ter coragem de se assumir e não usarem a comunicação social para atingirem fins pouco nobres", afirmou o líder belenense.
Em concreto, e sobre a notícia de Daúto Faquirá estar na primeira linha para substituir Jorge Jesus, caso este saia, Sequeira foi taxativo. "Não seria legítimo da minha parte ter um treinador aqui com contrato até 2010 e estar a pensar noutro. Não sei qual a proveniência dessa notícia e de outras que têm vindo a lume, mas estou farto de ver notícias falsas, irrealistas e virtuais", disse. O presidente do Belenenses comentou as informações tornadas públicas quanto ao ordenados de Jorge Jesus, dizendo que "são questões internas que só ao clube dizem respeito". "Nunca falei de números. O treinador tem o vencimento acordado entre ele e o clube", rematou Fernando Sequeira.

domingo, 6 de abril de 2008

Agora, venha o ABC

Foi com categoria que o Belenenses afastou o Sporting dos quartos de final da Liga Halcon, em andebol. Tomando o comando da partida desde o início os azuis nunca deixaram o adversário passar para a frente no marcador, defendendo com garra e atacando com determinação mas quase sempre pela certa, ao contrário do Sporting, que trocava a bola com fluidez mas não encontrava maneira fácil de ultrapassar a nossa barreira defensiva.
Do lado do Belém, Pedro Spínola, com sete golos de excelente efeito, e Hugo Figueira, com n defesas que levaram o pavilhão ao delírio, foram os destaques azuis; já Rui Varela mostrou a sua qualidade a defender, este jovem das nossas escolas faz-se jogador! Do lado do adversário alguma impotência em furar a defesa azul, perdendo imenso tempo nos ataques. O veterano Bolotskih e o ponta Ricardo Dias estiveram em bom nível, bem como o excelente guarda redes Ricardo Correia.
A experiente dupla de arbitragem tentou agarrar o jogo de início, com alguns amarelos exagerados mas que tiveram o condão de manter a luta defesa-ataque num plano aceitável, excepção a uma placagem de Humberto Gomes a Nelson Pina que deveria ter sido sancionada com cartão vermelho para o nosso ex-guarda redes.
Destaque natural para o apoio do público (umas mil pessoas, menos de cem afectas ao Sporting), que saíu rouco, surdo e... feliz do pavilhão. Uma tarde memorável.

Rumo à Guarda

Perante uma assitência decepcionante (não mais de meio milhar de espectadores), entre a qual alguns jogadores de andebol - Hugo Figueira, Nelson Pina - e futebol - Roncatto, Silas, Areias... - o Belenenses venceu ontem a UTAD por 5-2, carimbando o acesso à desejada final four da Taça de Portugal (Guarda, 3 e 4 de Maio).
Perante um adversário que se reforçou na pausa do campeonato (enquanto decorreu o campeonato da Europa), a nossa equipa sentiu dificuldades perante a defesa muito atenta e o contra-ataque rápido que apresentou o adversário. Beneficiando de duas grandes penalidades indiscutíveis, uma em cada metade do jogo, os azuis tiveram também a sorte do jogo, ao verem duas bolas rematadas pelos transmontanos devolvidas pelo poste.
Apesar de algumas falhas defensivas não acho que o Belém tenha facilitado, jogando sempre em bom ritmo e pressionando o valoroso adversário. Marcão (imperial nos lances 1X1), Marcelinho e Caio estiveram em grande plano.
Já no adversário impressionou o excelente jogo de pés do segundo guarda-redes, Bruno, entrado no últimos minutos, na altura do tudo por tudo.
Resumindo: vitória justa dos azuis perante uma equipa que fez tudo para contrariar a maior valia do líder do campeonato.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

E continuam...

Quando ainda estamos numa fase de transição directiva, sucedem-se notícias estranhas, no mínimo curiosas, que à falta de confirmação ou desmentido, confesso que me deixam, no mínimo também, inquieto.
É uma série de jogadores que saem a custo zero. Logo, afinal, não é bem assim, e parece haver negociações, ou nem isso, porque o Belenenses ainda tem palavra e direitos a fazer valer.
Ao mesmo tempo, esvaziando a utilidade de uma auditoria, parece que alguém já chegou à conclusão que o problema está na SAD, no orçamento do futebol que tem de ser reduzido para metade e o treinador que ganha muito (divulgando-se números aos jornais).
Ah, e o treinador, pode ir para Braga a custo zero, ou para o Benfica, depois já não pode, mas o Presidente já tem Daúto Faquirá na mira.

Não me vou demorar com absurdos, não quero crer - muito sinceramente - que seja a Direccção a responsável por alimentar esta boataria. Até porque alguma dela, pelo menos em toda a sua aparência, é mais própria de inimigos e detractores do Belenenses. Ou melhor, saqueadores oportunistas que aproveitam o "interregno" para (re)conquistar proveitos, poder, ou tão só derrear e tombar uma equipa que disputou a Taça de Portugal, foi à UEFA, participou com brio em troféus internacionais (vencendo um), realizou mais valias consideráveis (para o livro dos recordes da história do clube) com a venda de jogadores e, apesar de tudo, apesar da rotação do plantel, está de novo a lutar por um lugar na UEFA.
Quanto às contas da SAD, nem mesmo esta imprensa tem conseguido pegar em nada de concreto (admitindo num caso que o desiquilíbrio estaria no Clube e não na SAD).

Da minha parte, sei bem onde se desperdiçam recursos com poucas ou nenhumas contrapartidas (em termos de conquista de sócios, adeptos e realização de receitas). Velhos vícios, em relação aos quais o único que poderia assacar à anterior Direcção (em relação aos velhos vícios, reitero) seria o não ter actuado mais firme e decisivamente sobre todos eles.
Não quero um Belenenses do século passado, senão terá o mesmo destino que o dito - acabou.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Seis pontos

Ficámos hoje a saber que uma tentativa não consumada de corrupção tem a mesma penalização pontual para o clube prevaricador que a utilização de um jogador que já tinha alinhado em dois clubes na mesma época e cuja inscrição foi aceite e homologada pela FPF e Liga de Clubes.
Palavras para quê?

Que futuro para o nosso andebol?

A nossa equipa de andebol mostrou mais uma vez a sua garra e espírito de luta ao derrotar o Sporting por 26-23, no primeiro jogo dos quartos-de-final do playoff da Liga.
Não foi um jogo brilhante. Na primeira parte as equipas atacaram mal e defenderam com excessiva agressividade, tendo a dupla de arbitragem que distribuir cartões amarelos em profusão. Aliás, o andebol nacional está cada vez mais desleal na forma como se defende: assim que começa um ataque a equipa que defende tem logo um jogador a puxar a camisola do pivot adversário, mal o deixando movimentar-se; depois, sobre quem tem a bola, vale quase tudo: empurrões, puxões, encontrões e às vezes puras agressões. A modalidade torna-se mais feia e quezilenta e o espectáculo perde. Infelizmente, ao ver-se jogos das camadas mais jovens, começa-se a constatar que esta forma de jogar vai criando escola em alguns clubes.
A desvantagem de 10-11 ao intervalo penalizava as precipitações no ataque belenense, uma quase constante nas primeiras partes da nossa equipa. Que, outra constante, surge transfigurada nas segundas metades: diminuiu a precipitação nos contra-ataques (foi sintomático ver, no primeiro período, Tiago Fonseca a gritar com Hugo Figueira, após um mau passe longo), as jogadas eram melhor construídas e Pedro Neto e Pedro Spínola foram facturando com espectacularidade. Depois, quem tem Hugo Figueira, tem fortes condições de limitar o score adversário: mais uma vez o melhor guarda-redes português encheu de desespero os sportinguistas, que até nem jogaram mal, com João Pinto e Hugo Canela em evidência, com belos golos.
Em suma: vitória justa da equipa ainda assim mais consistente, daquela que acreditou e nunca desesperou, empurrada, diga-se, por uma massa adepta entusiástica. Ao Sporting continua a faltar mais convicção nas suas capacidades dado que o plantel tem qualidade para lutar pelo título. Algo que os nossos podem já amanhã afastar dos cenários verde-e-brancos, com uma vitória no Casal Vistoso (jogo às 21.30).
Recorde-se que o vencedor deste confronto defrontará o vencedor de ABC-ISAVE. Os rapazes do Vale do Ave têm subido de nível e neste domingo quase surpreendiam os bracarenses.