quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O último adeus a Cabral Ferreira

Eram largas centenas os presentes na última homenagem a Cabral Ferreira. Ex-dirigentes, atletas (a equipa sénior de futebol em peso), treinadores actuais (Alípio Matos) ou antigos (Cascais). Blogueiros também não faltaram. E sobretudo adeptos anónimos. Todos imbuídos de uma profunda mágoa pelo passamento de um homem que deu tudo em prol do clube do seu e nosso coração. Um exemplo de dedicação, ética e princípios firmes que cada vez mais parecem coisas de outros tempos.
Muitos gostariam que o seu exemplo perdurasse e que não víssemos o nosso clube a brevíssimo trecho voltar às tricas e lutas intestinas que só o prejudicam e amarguram quem por este emblema tem um amor profundo.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Até sempre Presidente!

Armando Cabral Ferreira
(03/09/1951 - 26/02/2008)

Belenenses-Marítimo na imprensa local

Vale a pena escutar, no blogue do nosso consócio Luis Silva do Ó, um excerto do programa Bola ao Centro, da Rádio Miróbriga, onde os comentadores Sérgio Valadares e Jacinto do Ó trataram esta segunda-feira de analisar o Belenenses-Marítimo do passado sábado. Ouve-se seguindo por aqui. Ainda há Jornalismo com letra grande!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Jorge Jesus: um justo prémio


Jorge Jesus foi considerado pela empresa Soccerex - uma multinacional inglesa com actividade no marketing futebolístico - o treinador do ano 2007, sucedendo assim a Paul le Guen, o técnico do Paris Saint Germain que conheceu a glória ao serviço do Ol. Lyon.
Jesus receberá o prémio a 9 de Abril na capital inglesa, em pleno London Forum, que habitualmente recebe nomes sonantes do futebol dos cinco cantos do planeta. O evento do ano passado foi assim.
Lá por fora, é irrelevante a parola ditadura dos três clubes do regime que por estes dias ainda mandam intra-muros. Parabéns, Mister!

Aleluia!

SAD queixa-se do juiz Rui Silva:

Miguel Ferreira, administrador da SAD, veio ontem demonstrar o desagrado da instituição pela actuação do juiz de Vila Real, Rui Silva, na sua partida frente ao Marítimo, nomeadamente quanto às decisões de expulsar Costinha e de ter assinalado nesse lance uma grande penalidade. O responsável da SAD diz que "o Belenenses foi objectivamente prejudicado pela má actuação do trio de arbitragem".
"Houve dois lances preponderantes. O primeiro foi a agressão ao nosso jogador Marco Ferreira que, na nossa opinião, justificaria uma punição ao atleta do Marítimo (Bruno) mas que, afinal, resultou na marcação de uma falta contra o Belenenses. O outro, é o lance da grande penalidade que entendemos não ter existido. Errar é humano e pensamos que o árbitro terá sido ludibriado mas temos sido prejudicados ao longo de toda a Liga", afirma Miguel Ferreira. O dirigente acrescenta, realçando mais uma vez que erros acontecem, mas que o Belenenses "está atento e há que pôr um ponto final nestas situações".
Para já, certo é que o lance da grande penalidade teve forte influência no desfecho da partida - o Belenenses estava a ganhar por 1-0 e, daí em diante, o resultado ficou em 1-1, com os azuis reduzidos a dez unidades - facto que fará a SAD pedir à Liga a argumentação do árbitro Rui Silva para as decisões tomadas no Restelo. "Vamos solicitar à Liga o relatório do árbitro, ver quais os fundamentos da sua tomada de posição e, depois, agiremos de acordo com os direitos do Belenenses", promete Miguel Ferreira.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Quem não se sente não é filho de boa gente

Há silêncios estranhos. Permito-me acompanhar vários consócios com quem tenho trocado impressões e que reclamam por esta altura, 24 horas depois do roubo do Restelo, uma posição firme dos nossos dirigentes - admitindo que os há...
Desculpem os meus amigos mas custa-me verificar que pela segunda vez esta época somos escandalosamente espoliados e, curiosamente, sempre em benefício do(s) mesmo(s). A maioria dos adeptos apontam um apito verde na génese do problema, agora que de forma cada vez mais evidente lhes apertamos a margem de erro. Eu até concordo mas não isento de culpas o berço da nacionalidade. Enfim, palpites. O certo é que a encomenda não foi para o adversário de ontem - algo me diz aliás que o Marítimo vai pagar estes pontos a muito curto prazo -, mas seja quem seja o beneficiado o que se passou no Restelo é demasiado grave para se compadecer com o silêncio que se faz notar em Belém.
Bem sei que, para infelicidade nossa (e desde logo, como é evidente, do próprio), não podemos contar desta vez com Cabral Ferreira. Mas a SAD ainda tem quórum, caramba! E o clube, ao que se publicou, tem uma Comissão de Gestão ou coisa que o valha. Estranha-se por isso que nem a SAD se manifeste, nem a tal Comissão ou lá o que é diga de sua justiça. Não querem convocar uma conferência de imprensa e "partir a loiça"? Pois bem, não é preciso: solicitem uma reunião com carácter de urgência à Liga, ao dr. Hermínio e ao sr. Pereira, onde de caminho possam perguntar se a resolução do "caso Meyong" está guardada para o final da época consoante as "necessidades" do "sistema". Não querem reunir? Anunciem o veto ao pseudo-árbitro de Vila Real ainda que se saiba que a figura do veto não tem efeitos práticos. Há um sem fim de opções no cardápio, basta querer levantar o dito da cadeira!
Perante o silêncio, mais grave é constatar que, ao invés, uma das figuras de maior relevo no status quo, Jorge Coroado, se insurgiu isso sim contra os de dentro, ao mesmo tempo que anda entretido a comentar as arbitragens de terceiros na imprensa escrita e falada, num exercício que, para o próprio, deveria suscitar uma leve noção de incompatibilidades; mas isso é lá com ele. Que sejam os adeptos do Belenenses a ter que lhe aturar os resultados (ou ausência deles) dos caprichos mediáticos é que já não me parece bem.
É triste dizê-lo, mas no demissionismo que por estes dias reina no Restelo, salvou-se o speaker. Que venha a multa. Estas até dão gosto a pagar.

Boa noite, sou o sistema

O meu filho mais velho acaba de fazer um desenho do sr. Rui Silva, em plena estrada de regresso a Vila Real, com um furo num pneu... Ontem, à saída do Restelo, ele mesmo citava de cor um desabafo do presidente do Vitória de Guimarães, curiosamente pronunciado após um jogo contra outra equipa madeirense: "Isto não não é futebol, isto não é desporto, isto é uma palhaçada". Até às crianças não escapa a vergonha do futebol português, traduzida em arbitragens cirúrgicas, ou a favor de clubes que mexem bem os cordelinhos do sistema, ou para prejudicar clubes em alta, eventualmente capazes de se introduzirem nos "lugares cativos" dos três clubes do costume.
É impossível abordar o jogo de ontem sem focar a agressão de Bruno a Marco Ferreira, passada impune (e foi o baixote que concretizou o penalty e fez os passes para os dois restantes golos madeirenses); o penalty-fantasma, que só por má fé pode ser assinalado, tal a forma como Kanú se "desequilibrou" ainda antes do contacto com Costinha, contacto de resto forçado por aquele; e sem focar um sem número de lances mal assinalados e uma exasperante condescendência para com o anti-jogo dos visitantes.
Tal como não se pode deixar de realçar mais um golo de Weldon, pleno de oportunidade e inteligência; uma noite desastrada de Hugo Alcântara, que precipitou o desastre; uma má leitura de Jesus, que queimou uma substituição ao fazer entrar Devic quando devia ter apostado em João Paulo face à necessidade que se antevia de ter de vir a render um esgotado Roncatto; em vez disso apostou no pesadão Jankauskas, um jogador bom no jogo aéreo mas demasiado lento e complicativo para ir buscar jogo atrás e seguir com a bola nos pés.
O estreante Júlio César mostrou óptimos reflexos e, infelizmente, má leitura nas saídas, que ajudaram aos segundo e terceiro golos do Marítimo (e fazendo lembrar situação semelhante ao serviço do Botafogo). O maior destaque do lado azul pertence a Rúben, que fez um jogo de entrega e sacrifício digno de um grande profissional.
Pelas 20 horas de ontem tinha-se cumprido mais uma etapa na degradação contínua do futebol português. Quando se aborda a questão das fracas assistências aos jogos fala-se no preço dos bilhetes, da qualidade das partidas (que até tem melhorado com os anos, ao contrário do se que diz) e de outros factores, reais ou imaginários; mas os adeptos portugueses não são parvos e percebem perfeitamente que a credibilidade do desporto-rei está nas últimas. Tudo o resto é conversa.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Novas do futsal

  • O adversário (Louletano) era da III Divisão mas não poderíamos deixar de registar com agrado e apreço pelos atletas em questão os golos apontados pelos nossos Pedro Cary e Jardel ao serviço da selecção nacional.
  • Apreço também por Manuel Jorge, o primeiro técnico do futsal azul, campeão nacional da III e II Divisões em anos consecutivos, timoneiro igualmente do primeiro ano no escalão maior, com acesso ao play-off logo na época de estreia, além da presença na final-four da Taça de Portugal. Manuel Jorge que vai agora orientar o Vitória de Setúbal, equipa que tão boa impressão causou na sua ida ao Restelo em jogo para a Taça de Portugal. Para Manuel Jorge votos de muito sucesso ao serviço dos sadinos.

Fernando Sequeira é candidato

Nota da Agência Lusa:

Fernando Sequeira, que reunia a preferência de vários sectores do clube, ponderava há várias semanas a possibilidade de liderar uma lista candidata ao executivo do Belenenses e reuniu-se com diferentes figuras proeminentes do clube, que o incentivaram a concorrer para um mandato de um ano. No entanto, não está colocada de todo de parte a possibilidade de Fernando Sequeira se recandidatar no próximo ano para mais um mandato de dois anos, que poderá ser de três se for realizada a alteração estatutária que alguns sócios propõem.
Em comunicado, o candidato refere que quer «empreender um projecto coerente de gestão desportiva» no Belenenses, sublinhando-se que «a sua experiência enquanto administrador e gestor de duas das maiores instituições bancárias portuguesas permite-lhe olhar para este desafio de forma confiante e motivadora».
Fernando Sequeira, que apresentará em breve o projecto, o programa de campanha e os restantes seis vice-presidentes do elenco directivo candidatos, definiu a prioridade da sua acção no «alcance da estabilidade financeira» do Belenenses.
O único sócio do Belenenses a apresentar até agora a intenção de submeter-se ao sufrágio pretende «criar bases sólidas para um desenvolvimento e crescimento desportivo sustentável».
Engenheiro agrónomo, Fernando Sequeira, sócio nº 3893 do Belenenses, tem 58 anos e aposentou-se recentemente, depois de ter integrado as administrações da Caixa Geral de Aposentações e da Caixa Geral de Depósitos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Belenenses isolado no 5º lugar



Não foi tão complicada como Jorge Jesus havia previsto, esta vitória do Belenenses em Leiria. Tratava-se, evidentemente, de um jogo difícil, sendo igualmente certo que neste tipo de partidas - de vida ou de morte para o adversário - não é fácil antever que tipo de rival teremos pela frente: se uma equipa super-motivada pela convicção de quem vê uma última luz ao fundo do túnel, se uma equipa assustada, que quer mas não pode. Foi esta última versão do U. Leiria a que nos tocou em sorte, propensa a tremideiras e com o seu maior desequilibrador no banco, pelo que não estranhou que Weldon cedo tenha colocado o Belém em vantagem - avanço que não mais perdeu. Conseguido o primeiro golo, observámos uma primeira parte chata e sem história, com o Belenenses a gerir sem dificulade nem especial entusiasmo.
Já no início do segundo tempo, transformou-se o nosso onze para melhor, com a equipa a querer trocar a bola a toda a largura do terreno, muitas vezes com êxito. O Belenenses foi sempre superior e não espantou ninguém o segundo golo de Weldon, oportuno a cabecear por entre o (potencialmente) forte jogo aéreo da defesa leiriense. Contra a corrente do jogo, o União ainda logrou reduzir para 1-2, num golo de belo efeito mas que ajudou a convencer o Belenenses da sua manifesta superioridade. Tirando partido das entradas de Devic e Jankauskas, Jorge Jesus matou de vez as últimas esperanças da equipa da casa, não mais voltando o Belém a perder o absoluto controlo do jogo. Mais uma vez, a equipa esteve tacticamente muito perto do brilhantismo.
Notas especialmente positivas para Weldon, pois claro, com os seus dois tentos; mas também para Costinha - a querer convencer o treinador perante a chegada de nova opção para a baliza - e Rolando: hoje quase não se deu por ele ao mesmo tempo que se mostrava intransponível, o que, no fundo, é o que se pede a um grande central. Cândido Costa e Rodrigo Alvim souberam criar perigo sempre que isso lhes competia, ao mesmo tempo que Silas e Zé Pedro mostraram mais uma vez, a espaços e em especial na segunda parte, a razão de serem uma dupla temível quando o querer é muito. Destaque ainda para a estreia de Jankauskas, a querer mostrar serviço e a demonstrar desde já que pode bem vir a ser muito útil no que resta de época.
Com tudo isto, o Belenenses ultrapassa o Vitória de Setúbal na tabela contabilizando agora 29 pontos e a quinta melhor defesa da prova - três pontos de vantagem sobre o difícil adversário que se avizinha.
Uma nota final para o eventual cenário de nos pilharem seis pontos: estaria então o Belém com 23 pontos, apenas a 3 do 6º lugar que provavelmente dará acesso à Taça UEFA. Curiosamente, esse sexto lugar pertence ao Marítimo, pelo que uma vitória no próximo sábado nos recolocava de imediato nos lugares lá de cima, mesmo considerando a eventualidade de Liga e FPF entenderem sacudir para cima de outrém as responsabilidades que já toda a gente percebeu que (também) lhes assistem. Mas, enfim, apenas um cenário que, pelo menos de momento, não tem reflexo no mundo real.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Rugby do Belém em alta


Forte delegação deste "Torres de Belém" esteve esta tarde presente na saborosa vitória d' Os Lobos frente à República Checa por 42-6 - e podiam ter sido mais... -, em jogo a contar para o Torneio Europeu das Nações e cuja crónica pode ser lida aqui, assinada por quem sabe mais disto. Neste espaço, destaque apenas para as notas mais azuis: no quinze que alinhou de início actuaram três atletas do Belenenses - Diogo Mateus, David Mateus e João Uva -, sendo que na segunda parte se verificou nova experiência internacional para Sebastião da Cunha - que no final do jogo tinha razões para sorrir, conforme documenta a fotografia de telemóvel da inexperiente equipa de reportagem. O jovem jogador do Belenenses por muito pouco não contabilizou um ensaio, que assim se somaria aos três conseguidos por João Uva (que bisou) e David Mateus. Destaque ainda para a enorme paciência e simpatia dos nossos "craques", que no final do jogo, em pleno relvado do Estádio Universitário, nunca negavam um autógrafo aos adeptos mais pequenos. Palmas para eles.
Por outro lado, coincidência agradável, a equipa do Torres viu o jogo a meia dúzia de cadeiras do técnico Bryce Bevin, que concede ao site do rugby azul uma muito interessante entrevista onde, a dado passo, questionado sobre a presença da nossa equipa na final-four que ditará o título nacional, começa por responder como segue: "Eu acredito que temos a capacidade para vencer o Campeonato Nacional". Nem mais, é este o espírito!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Erros (ou omissões) demasiado graves


O aumento da descendência, aqui há dias, a que se associa a chegada de uma nova potencial consócia - parabéns ao Luís! -, leva-me a pensar em voz alta sobre a atenção que dedicamos aos nossos belenenses mais pequenos. As conclusões são desoladoras...
Dizia-me há tempos um nosso ex-consócio que teima em não regressar ao activo que não percebia como seria possível, hoje, nascer uma criança do Belenenses. Eu percebo-lhe a ideia mas avanço mais uns anos: o que eu de facto quase não entendo é como é possível a um pai fixar uma criança no Belenenses! E se em casa os danos são limitados, o caso é tanto mais complexo quando se anuncia a chegada à escola e o convívio diário, longe da protecção paterna, com os pequenos adeptos dos três clubes do regime. É que eles têm tudo: desde roupa a complementos de moda, passando por material escolar e não esquecendo o equipamento necessário às festas de anos, incluindo os inerentes convites que, não raro, me chegam a casa em tonalidades ora esverdeadas ora mais vermelhuscas. Não sei se quem não é pai - ou mãe - de crianças em início escolar tem consciência deste drama (e da gravidade dos seus efeitos), mas acreditem que a coisa não é brincadeira. Aos 14 ou 15 anos já nos defendemos muitíssimo bem e, não raras vezes, são os próprios adolescentes belenenses que se lançam a gozar com os colegas; mas com 4, 5, 6 ou 7 anos, os recursos de "estômago" são mais limitados e o efeito de contágio é demasiado apelativo.
Não bastando, acresce que os miúdos têm dois olhos na cara e andam na rua. Aqui pela minha zona, em plenas Avenidas Novas, vou volta e meia com a minha filha a uma loja de roupa de crianças onde não faltam três expositores gigantes dedicados evidentemente aos três emblemas oficiais. Certa vez questionei a proprietária, lavrando o meu protesto, sobre a ausência de material alusivo ao Belém. Respondeu-me o que eu já previa: que nunca lá tinha ido ninguém com um catálogo de produtos; que consignação por consignação, para ela não seria negativo ter material do Belenenses, antes pelo contrário. O problema é que, pura e simplesmente, os produtos não existem. E é assim há anos. E somos cada vez menos. E temos cada vez menos crianças. E continua a ser assim há anos e anos...
Em vésperas de eleições, creio ser este um assunto oportuno. Não haverá ninguém - caramba! - disponível para apresentar um projecto com cabeça, tronco e membros para esta área? Em Inglaterra, por exemplo, é raro o clube que não vende o serviço "festa de anos", onde o dia especial é passado com os amigos no Estádio, com lanche incluído e presença rápida de um ou dois "craques". Custará assim tanto criar uma coisa destas? Em Espanha, aqui mesmo a dois passos e pertinho o suficiente para ir copiar, é raro o emblema que não disponibiliza "clínicas de férias", cobrindo as necessidades dos pais no Natal, Carnaval, Páscoa e Verão, ao mesmo tempo que fideliza a clientela futura e de caminho ainda encaixa umas massas. Bem sei que é simples, mas no Belenenses tudo parece ser um bicho de sete cabeças.
E já nem falo sequer nos produtos disponíveis na Loja Azul - que corners do Belenenses em superfícies comerciais relevantes (ou uma presença, pequena que seja, no catálogo FastGalp) nem vê-los. A minha dúvida aqui é só esta: se não sabemos fazer, se há anos e anos negligenciamos de forma grosseira a dimensão comercial e a fixação dos mais pequenos, porque não se concessiona o negócio? Se não sabemos fazer porque não arranjamos quem faça, ainda por cima recebendo uns cobres por exploração licenciada da imagem...?! Alguém duvida do êxito de uma boa parceria nesta área?
Fica o desejo que quase parece ser um sonho: que quem chegar no próximo dia 29 de Março não descure este aspecto. Lembrem-se que serão eles, os mais pequenos de hoje, a determinar se o Belenenses tem futuro. Não os ignoremos!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Domingo melancólico

Reservou-nos o dia de ontem duas desilusões no que se refere às modalidades.
Em andebol, derrota por três golos frente ao campeão ABC. Após uma boa primeira parte, a nossa equipa acumulou erros em excesso, com vários passes errados (mesmo sem pressão do adversário) e falhas defensivas inacreditáveis, mostrando uma passividade que fez lembrar o triste jogo frente ao Águas Santas. Desta vez até Hugo Figueira esteve alguns furos abaixo do normal; com a lesão de Pedro Matias e a ausência de Miricki João Florêncio deu mais tempo a habituais suplentes, que não fizeram a diferença. Salvou-se Bruno Moreira, com uma excelente exibição, o que já vem sendo hábito.
No basket, mais do mesmo. Após um bom primeiro período (25-28) frente ao campeão nacional Ovarense, a nossa equipa cometeu erros sobre erros, mostrou uma passividade defensiva aflitiva e continua a ser uma das mais fracas da Liga nos lançamentos de três pontos, que muitas vezes fazem a diferença. Foi triste ver a Ovarense a rodar todo o plantel, dando tempo de jogo a jogadores que muitas vezes nem saltam do banco durante uma partida inteira. No final, derrota por treze pontos. O público azul já previa o desastre e primou pela ausência.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Belenenses recebeu acusação

Notícia Sol:

O Belenenses recebeu segunda-feira, ao final da tarde, a acusação da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) que imputa responsabilidades ao clube pela utilização do camaronês Meyong.
A acusação refere-se a factos apurados na instrução do processo, em que prestaram declarações o ex-director desportivo Carlos Janela e Meyong, dispondo agora o Belenenses de cinco dias úteis para contra-argumentar as alegações.
Cabral Ferreira, presidente da SAD, confirmou hoje, depois da reunião do Conselho Geral, que o clube recebeu o documento a «pedir os comentários do Belenenses» e mostrou-se confiante num desfecho favorável.
O processo foi instaurado pela Comissão Disciplinar da LPFP depois de uma queixa apresentada pela Naval 1º de Maio, com o fundamento de que Meyong foi utilizado incorrectamente no Belenenses-Naval 1º Maio (2-1), da 16ª jornada da Liga portuguesa de futebol. (...)

Conselho Geral confirma eleições a 29 de Março

Comunicado do Conselho Geral de 6 de Fevereiro:

Reuniu-se o Conselho Geral do Clube de Futebol «Os Belenenses» para analisar e avaliar a actual situação do Clube, perante as notícias que têm vindo a público e criado uma imagem de certa instabilidade.
Ora, de acordo com a manifestação de vontade expressa e incontroversa do Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Sr. Prof. Dr. José Manuel Anes, a este Conselho Geral, não se justificam tais notícias, mantendo-se o mesmo no exercício de suas funções de Presidente da Comissão de Gestão, nos termos do artº 76º - 3 dos Estatutos do Clube de Futebol «Os Belenenses», com a determinação de gerir o mesmo até às próximas eleições, que se realizarão no dia 29 de Março próximo.
Transitória e exporadicamente poderá o senhor Presidente da Comissão de Gestão resguardar-se de certa actividade por razões de saúde.
Tal não envolverá, porém, qualquer alteração da normal gestão, em termos estatutários, normalidade de gestão que ora se verifica, com todos os elementos no exercício das suas funções.
O acto eleitoral do dia 29 de Março terá unicamente em vista a eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes da Direcção para o exercício do mandato até Abril de 2009, mantendo-se até tal termo, no desempenho dos seus cargos, os actuais Presidente e Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral e Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar, tudo nos termos do artigo 64º dos Estatutos.
Incentivam-se todos os belenenses a manterem-se unos e coesos na persecução dos designios do Clube por forma a, honrando o passado, construírmos um «Belém» do século XXI, cada vez maior e mais dinâmico.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Belenenses, 4 - SL Olivais, 0

De todas as quinze vitórias que os azuis já levam nestas 16 jornadas do Nacional de futsal esta foi das mais espectaculares, apesar de ao contrário da maioria não ter havido grande incerteza no marcador nos últimos dez minutos. E isto porque a partida foi jogada quase sempre a um ritmo diabólico, com ataques rapidíssimos em sequência empolgante.
O adversário lisboeta, normalmente muito duro de roer (recorde-se o suado 3-2 da primeira volta), defendeu quase sempre no limite da falta, o que mais espicaçou os nossos rapazes. Se até aos 10 minutos do primeiro período havia apenas uma falta para cada lado (de resto ambas inexistentes) o que se passou nos 10 minutos seguintes foi um crescendo de agressividade dos encarnados, culminando na decisão estupidamente salomónica de expulsão de Diego e de um adversário, após lance confuso entre ambos no chão.
A vantagem de 1-0 (golo de Cary) ao intervalo era justa, pelo maior pendor ofensivo azul. A segunda parte foi dos períodos mais conseguidos dos azuis em toda a época, com um futsal verdadeiramente espectacular. Sucederam-se oportunidades em catadupa, com Marcelinho, Jardel e Caio a terem falhanços incríveis. Seria aquele no entanto a facturar duas vezes, após o 2-0 por Max. Foram ambos as grandes figuras do Belenenses esta noite; Max em particular vem trazer muito mais velocidade ao nosso jogo, contribuindo sobremaneira para o espectáculo; uma verdadeira revelação.
No Olivais notou-se a falta do excelente guarda-redes Piranha (lesionado), pois Vero é-lhe bastante inferior; destaque negativo ainda para Estrela, que parece que ainda está no Benfica, passando mais tempo a discutir e a pressionar os árbitros que a jogar.
Não podia deixar de mencionar o sempre excelente Marcão, impecável em todas as intervenções e que até marcou um espectacular golo no último segundo da primeira parte, que um dos árbitros sancionou e depois arrependeu-se! O Belenenses continua a ter de conviver com estas incongruências arbitrais, que provocam a ira dos adeptos.
No fim da partida, o correctíssimo Diego continuava inconsolável com a sua expulsão e era um dó de alma vê-lo a chorar enquanto dava tapinhas aos adeptos. E por falar em adeptos, hoje tivemos a melhor assistência de sempre esta época, com quase um milhar de espectadores. Foi espectacular mas continua a ser uma pena não ver o pavilhão completamente cheio. Vê-lo-emos no dia 8 de Março, contra o Sporting?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Belenenses salva a honra do convento

Futebol Internacional - Belenenses escapa à queda portuguesa no «ranking» da IFFHS:

O Belenenses foi o único dos seis clubes portugueses contemplados no «ranking» da Federação de História e Estatística do Futebol (IFFHS) a melhorar a sua classificação, saltando do 235.º para o 207.º lugar. (...)

Grandes capas

domingo, 3 de fevereiro de 2008

E a equipa não se demitiu!



Muito engraçado o discurso de Paulo Bento, com aquela velha técnica habitual nos clubes do regime de assegurar que o seu onze deu meio tempo ao adversário. Entendo-o na perfeição, posto que é mais fácil ir por aí do que reconhecer a evidência: nos primeiros 45 minutos, salvo 2 ou 3 tentativas desgarradas do visitante, o Belenenses deu um banho de bola ao Sporting, aproveitando os três pontos para chegar ao desejado quinto lugar. Jesus surpreendeu seguramente Paulo Bento ao entrar de início com três centrais - Devic acompanhou Rolando e Hugo Alcântara -, permitindo assim ao longo da primeira metade as subidas de Rodrigo Alvim (felizmente não foi vendido) e Mano em apoio dos sectores mais ofensivos. O resultado foram boas sessões de troca de bola e tranquilidade q.b., com Roncatto a mostrar mais uma vez que pode fazer a diferença se vier buscar jogo a zonas mais recuadas. Já Zé Pedro parece ter recuperado a confiança no remate, o que lhe valeu um golo extraordinário.
A segunda parte trouxe aquilo a que vamos estando habituados: o Belém recua, por regra em excesso, entregando a iniciativa de jogo ao adversário e espreitando o contra-ataque por forma a matar o jogo. O problema desta estratégia, se iniciada demasiado cedo como foi o caso, é que a equipa tem tendência a defender cada vez mais atrás com o passar dos minutos, passando muitas vezes por dificuldades que me parecem desnecessárias. Hoje, a substituição de Roncatto por Areias mais não fez do que assumir um período de cinco minutos de descontos de auto-sufoco, sem ninguém que, na frente, fixasse pelo menos algumas das unidades adversárias e pudesse tentar fazer posse de bola por pouco tempo que fosse. Como o leão anda muito fraquinho, a coisa correu bem - o que também não surpreende. Todos se recordam por certo do jogo da primeira volta...
Por outro lado e num momento conturbado da vida do Belenenses, destaque para o apoio do público e para a excelente coreografia da Fúria Azul: "Nós não nos demitimos"; os profissionais também não, sendo assim possível colocar quem mais interessa a remar para o mesmo lado. Que a onda prossiga em Leiria!
No global, três pontos importantíssimos a somar a um resultado positivo obtido em Braga, num ciclo em que se segue a visita ao desesperado lanterna vermelha. Mesmo considerando a imperiosa necessidade de pontos do adversário, não é admissível em Leiria outro resultado que não seja a vitória, por forma a cimentar a posição europeia na classificação, independentemente da FPF sacudir para cima de nós a totalidade das culpas de terceiros. E ainda para mais, assim o entenda o técnico, já contaremos com a experiência de Jankauskas. Uma coisa tenho como adquirido: se jogarmos até ao final da época com a vontade e a atitude demonstradas nas duas últimas rondas da liga, bem podem os donos da bola palmar-nos os 6 pontos que a UEFA é nossa na mesma.

Leitura complementar:
-> Zé Pedro e o golo: «Foi uma situação trabalhada durante a semana»
-> Silas destaca importância do triunfo devido ao «caso Meyong»
-> Jorge Jesus: «Dificilmente perdemos um jogo quando marcamos primeiro»

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Sem comentários...

Rádio Renascença - Vazio directivo, debandada geral no Restelo:

Vazio directivo no Belenenses. José Manuel Anes, presidente da Assembleia Geral demitiu-se. Anes tinha assumido nos últimos dias a Comissão de Gestão, desde a demissão de Cabral Ferreira. Anes abandona por motivos de saúde. À luz dos estatutos, o vice Jorge Coroado deveria assumir a liderança da Comissão de Gestão, mas Coroado também deve demitir-se, bem como João Neves, o presidente do Conselho Fiscal. O Conselho Geral do Belenenses reúne-se de urgência na próxima semana para tentar encontrar uma solução.